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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

alma y fuego !


alma y fuego !

alma ...
o meu ser,
a minha essência,
comando da minha vida !
comigo nascida,
quando o além me chamar,
em luz se transformará,
no céu da noite a brilhar ficará,
a todos e para sempre ...
sempre e sempre ... iluminará !
de uma forma ou outra,
marca permanente,
para a eternidade ... perdurará !
fogo ...
existe em mim,
sou o eu,
activo ... reactivo ...
alimento-o e mantenho-o,
mais ou menos quente,
mais ou menos gás,
não o consigo dominar ...
tentativa fútil,
inútil ideia tonta,
ele que me domina
sabe-o bem,
quando o além me chamar ...
ele sim ... se apagará,
para sempre desaparecerá,
jamais retornará !
tal como eu ...
pó ... cinzas ...
luz ...

Dio

domingo, 30 de dezembro de 2007

desprendimento !


desprendimento !

falta-me tudo, sinto-o muitas vezes ...
um desprendimento ... natural ...
um desprezo por tantas coisas !
nada possuo, tudo quero !
mesmo olhando para o que tenho,
penso sempre no que não tenho,
obceco e entupo o meu pensamento,
noite e dia sonho, olhos aberto ou fechados,
pouco interessa, se existo o que pretendo,
eu quero ... tenho de ter !
olhos ... procuram ... encontram ...
compro ... adquiro ... conquisto ...
meu será, e assim ... para sempre ficará !
pode ser importante,
eventualmente ... insignificante,
pouco importa ... necessidade a satisfazer,
por nada deste mundo dela desistirei,
até conseguir, lutarei, lutarei,
lutarei ...

Dio

desafio, mais um !


desafio, mais um !

do topo do afloramento granítico tudo avistava,
visão real da brutal geografia local,
presente para um esforço despendido,
esforço egoísta, esforço matador,
finalmente o fim de uma fome que estava difícil de saciar,
havia já semanas, não havia forma de acabar !
assim que os avistei ... fui conquistado !
finalmente algo á altura,
um desafio que eu ..
da minha vaidade ... subestimei ...
sub-avaliei a dificuldade,
a sua transponibilidade !
facilitei mais uma vez !
mas são estes os objectos,
a razão desta minha potência,
desta busca incansável,
uma procura sem fim à vista !
este valeu-me mais um nível pessoal,
senti que a exigência foi demais,
nunca até agora tanto,
sei que nos últimos cinquenta metros,
já a ver o marco geodésico a apontar o céu,
eu não me lembro de respirar,
arfava com um cão,
como se estivesse com uma trela preso a um punho de aço,
essa gravidade, não nos deixa voar ...
cada rocha, cada inimigo ...
lançava-me em raiva,
mão a mão, pé a pé,
subindo ... sem parar ... sem respirar ... o topo ...
dois calhaus apenas me separavam do céu,
num ... o marco ... o objectivo primeiro ...
noutro ... mesmo ao lado ... o acesso ...
este será a rampa para tomar o outro ...
o salto final ... depois de a trepar !
sem sequer olhar para baixo,
ouvi o meu pai gritar algo,
não consegui perceber,
a minha respiração não deixou ...
um, dois passos atrás,
observo mais uma vez,
imagino o salto,
programo-o conforme anteriores efectuados,
precisão ... não consigo respirar fundo ...

vou ... estou ... rodopio feito tonto ...
contente ... consegui !
num ataque de tosse,
resultado do esforço e da emoção,
aceno ao meu pai, tento gritar-lhe algo ... impossível !
as gotas de suor nos olhos tudo deformam,
não largo o pilar por nada, é meu ... mereço-o !
cinco quilómetros para subir quinhentos e trinta metros,
eu escolhi o caminho, não foi o fácil, nunca é !
o meu pai sabe,
mas nem por isso deixou de me acompanhar,
sempre comigo até onde lhe foi possível ...
o sangue é o mesmo ... o meu .. é o dele !

Dio Dast

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

seres invisíveis !


seres invisíveis !

seres invisíveis percorrem terrenos sem paragens,
não querem,
não precisam !
navegam em espaços onde o tempo não importa mais,
não tem propósito,
sujeitos estranhos,
disformes,
moldam-se em objectos,
moldam-se em vidas,
moldam-se em correntes unidas preenchidas de sentimento,
eles ... são-os !
elos, ligações,
observam animais estranhos,
animais que lhes metem pena,
que lhes lembram momentos passados ...
momentos vividos em vazio !
sem forças emotivas,
sem objectivos,
eles caracterizam-nos ...
esses animais !
questionam-se como avançaram eles para este estado actual,
estado livre preenchido de conhecimento,
livres ...
como transmitir esse passo evolutivo deixa-os desesperados ...
não sabem como transmitir ...
nem como o alcançaram .
mas é bom ?
não servirão eles estes animais por inveja,
inveja de viver como eles,
apenas como são,
com o que têm,
vidas simples,
preocupações instintivas apenas,
instintivamente básicos ... satisfações básicas,
satisfações imediatas,
fome, sede, prazer ...
para quê mais do que isto ?
para quê escolher viver,
se a isto se pode chamar de viver,
sofrimento constante ...
em auto controlo compulsivo doentio,
obsessivamente carregar o fardo das frustrações,
é pesado,
das desilusões ...
quem é o animal ?
quem é o livre ?
no final quem quer ser quem ?
quem de facto quer ...
ou ...
quem não sabe que quer ?

Dio

( eu quero ser tudo, não quero ser nada ... quero mesmo é ser quem sou ... apenas para quem me quiser aceitar assim ! )

pobres almas !


pobre almas !

nos cafés ... sempre,
pobres almas perdidas,
em fundos profundos de copos e garrafas,
não interessa a cor,
chegam contentes,
ávidos, desejosos,
sabem que ao vê-lo,
segue o seguinte !
gestos repetidos,
levantamentos sucessivos,
veneno engolido ...
corpos secos que grunhem e vomitam,
através de palavras tontas,
vazias e sem sentido,
falam entorpecidos !
vidas propositadamente entornadas,
escondem a falta de coragem de enfrentar a verdade ...
que sentir ?
que fazer ?
nada posso ...
só fugir,
chorar e rogar,
por eles rezar,
perdão pedir,
pois não sabem o que fazem,
não se sabem perdidos !
pelo liquido de um deus antigo são levados,
seguem confiantes um caminho sem fim desconhecido,
e o seu guia ...
sempre seco ...
pede mais,
muito mais !


Dio

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

escuridão libertadora !


escuridão libertadora !

a escuridão no meu quarto abraça-me suavemente assim que apago a luz ...
vai-se a luz,
vens tu ...
esperado silencio noctívago,
por ti aguardei todo o dia !
posso olhar-te ...
nada vou ver,
escuridão,
calma,
delicias os meus olhos,
inundas-me de descanso !
posso olhar-te ...
só tu podes proporcionar,
imagino em ti,
vejo em ti estrelas,
viajo em ti a voar,
por entre elas ziguezaguear,
espaço infinito !
posso olhar-te ...
em ti imagens projectar,
recordações passadas,
futuros desejar !
posso olhar-te ...
sebenta livre para eu utilizar,
com sonhos lindos passo o tempo,
sempre com esperança de quando acordar,
acorde a sorrir !

Dio

( acordar, sempre, sorrindo ... contente ! a escuridão permite-nos descansar, esquecer, sonhar ! sim, a escuridão assim é libertadora ! )

paisagens rolantes !


paisagens rolantes !

paisagens rolantes correm sem parar,
manchas de cores diferentes surgem em meus olhos quando fixo o horizonte,
quilómetros sem descanso,
sede, fome,
necessidades saciadas em pequenas paragens,
obrigatórias ... pois !
quanto mais nos aproximamos do destino,
mais parece faltar para o alcançar !
tomados pelo cansaço,
a ansiedade de cada um começa a obter algum espaço ...
preocupante ...
eu sei que em grupo pode ser o inicio de um mau fim ...
consigo finalmente deixar-me levar pelo descanso dos meus companheiros de viagem,
vou deixando cair as pálpebras,
sinto as pestanas tocarem-se.
lentamente uma escuridão progressiva vem-me proibindo a observação do que me rodeia,
cada piscadela de olhos vem-se tornando mais lenta ...
os sonhos !
nuvens suaves ...
flutuo contigo querida,
longe ... mas em mim ...
encostados ... juntos ...
num mundo desconhecido voamos,
ligados de alguma maneira,
mundo estranho de coisas indefinidas,
mundo onde os sentimentos parecem tomar forma ...
materializam-se perante nós,
demonstram-se moldados por matéria imaginária,
impossível transmitir,
impossível expressão plástica do que só aqui existe ...
sensações novas só aqui possíveis,
sentimo-las juntos,
aqui somos tudo,
eu ... tu ...
nós !
que mais podemos desejar neste momento,
que mais podemos ter agora ?
sonhar faz-te aqui ao meu lado,
é o que quero sentir ...
não sei como,
não sei porquê,
abro os olhos !
triste !
fechado num carro a caminho de uma semana sem ti !
com um bando carregado de companheirismo para lá sigo !
estamos perto de chegar,
pouco mais vamos demorar,
e amanhã ao acordar,
vou abrir a janela,
com o sol a brilhar,
concerteza de ti me vou lembrar ...
vou ter de me acostumar,
cedo ou tarde juntos havemos de estar,
novamente ... abraçados ...
em todo o lado !

Dio

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

tronco velho


tronco velho

tronco velho e perigoso,
abanas os teus braços ressequidos ao sabor do vento,
sem razão para existires,
preso ao chão sofres,
às raízes podres bem fixadas,
não te deixam cair para nenhum lado,
deram-te vida e agradeces,
agora mortas não te deixam ir,
resta-te apenas uma longa espera !
definhando lentamente,
desesperas pelo teu fim,
como castigo desconhecido,
vai tardando em chegar !
inútil fardo natural,
sentes por todos os que te rodeiam,
não sabes porque morres,
também não interessa,
já nada podes fazer !


Dio

lágrima !


lágrima !


lágrima ...
desces lenta pelos rostos,
limpa,
cristalina,
personificação própria de sentimentos,
corres em sua demonstração,
nada temes em teu caminho !
sem cor nem bandeira,
não escolhes a tua origem,
de sentimentos opostos nascida,
apressas-te em fluir,
emoções fortificar,
sem medo de cair,
deixas um rasto brilhante !
sente a minha pele,
quero-te enxugar,
sentir o teu sabor ...
salgado !

Dio

sábado, 22 de dezembro de 2007

sinto-me separar !


sinto-me separar !

deitado sinto-me separar,
fisicamente demonstrar o meu espírito,
sinto-o ondular por cima de mim como uma chama a arder num tronco,
numa fogueira ou numa lareira qualquer ...
ele está em mim mas não é meu !
de olhos fechados separo-me do meu corpo,
vejo-o, observo-o atentamente ...
sou o eu presente que ali vejo,
deitado com uma luz brilhante,
dos pés aos cabelos,
ondula ...
sem controlo algum ela muda em cores sem padrão,
sem identificação,
não compreendo !
parece algo a querer sair de mim,
libertação relativa,
temporária,
ou não ...
pode ser apenas um sonho,
um tormento,
uma verdade imaginária,
um desejo preso as verdades conhecidas,
medo de se separar,
não mais poder voltar ...
voltar ao que era antes de voar,
de experimentar um arrebatamento absoluto de vida,
vida para além do forçado,
não puder mais suportar o condicionamento humano consciente,
medo de não ser mais aceite nesta sociedade lógica ...
muitos "ses",
muitos " porquês",
nenhuns "por isto" !
viajar livre de escolhas,
no entanto ...
preso a um mundo criado,
perspectivas rasas,
mundo elaborado ...
cheio de circuitos,
muita diversidade,
ideias e ideais pré-concebidos,
sem saídas ...
aqui começa ...
ali acaba ...
livres ?
seremos de facto o que queremos ?
sinto medo ...
muito ...
por mais diversas que sejam as ofertas,
o fim será sempre concreto,
advinhável !
está escrito ...
somos nossos escravos,
fomos ...
seremos ...
sempre !
nunca vou parar de querer mais,
jamais será suficiente o que possuo,
quero sentir-me realizado como sei que nunca o serei !
preciso, senão paro já por aqui ...
limitado pelo que sou,
ilimitado em imaginação,
que me falta para prosseguir ?
pelo menos a noite,
deitado,
sei que posso desejar,
tornar-me eu próprio um desejo,
intimamente partilhado com muitos outros,
voar num espaço criado em mim ...
puder ser quem não sou ...
por instantes ...
ser quem quero ...
é o meu desejo !


Dio

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

baralhação idiótica !


baralhação idiótica !

amanhece sempre !
o dia será como todos os outros !
acordar, trabalhar, divertir, deitar, dormir ...
básico não ?
vendo desta forma, descrição simples de acções repetidas diariamente, não parece ser difícil ... se nos limitarmos a elas claro !
mas não ...

a vida não se limita a uma mão cheia de acções,
existem tantas outras coisas que nos preenchem o dia a dia,
provavelmente estaria aqui umas boas horas se iniciasse uma análise descritiva sobre o funcionamento, o meu por exemplo, desde o acordar até ao deitar ...
eu coloco-me numa classe que se encontra num turbilhão idiótico de pensamentos, sentimentos, emoções, actos e decisões ...
tudo isto como conjunto, como um momento instantâneo, tudo ao mesmo tempo ...
daí a baralhação creio !
um dia destes vou tentar elaborar esta difícil tarefa de esmiuçar, descrever minuciosamente o meu dia !

vou ficar doente de certeza !
mais baralhado ... absolutamente !
ai ai ...

viva o sol que hoje nasceu escondido por cima das nuvens !
a lua logo mais há-de comparecer na festa !
e o dia ... finda !

Dio

( é bonito, esta confusão é um espectáculo ... como se diz em francês "i love this game" ... eheh ! uhuh ! )

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

gotas frágeis !


gotas frágeis !

gotas frágeis caem na minha direcção,
descem dançando ao sabor do vento,
leves e livres sem caminho traçado,
são alegria e tristeza,
são vida e morte,
reflectoras distorcidas,
de forma incerta,
é o ar que as vem moldando,
não lhes interessa o seu destino,
atingem os seus alvos,
explodem ao primeiro toque,
a sua sina é sabida,
aceitam o seu fado,
oxalás de sobrevivência,
maravilhas de vida feita,
futuros esperados,
passados lavados,
transparentes e brilhantes,
transformam os raios de luz,
em cores mil separados,
permitem vaidades,
sem escolhas servem tudo e todos,
qualquer coisa servem sem interesses,
maravilha plena conseguida,
um presente agradecido,
de alguém que sabe o que faz !

Dio

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

letras, palavras ...


letras, palavras ...

as letras ...
podem formar palavras,
podem formar frases,
podem formar textos dos mais diversos géneros ...
infelizmente podem não conseguir transmitir a intenção de expressão pretendida !
podem originar más interpretações ...
interpretações erradas e enganosas ...
mais ainda se re-transmitidas intencionalmente manipuladas por mentes perversas, doentes ...
cabeças tontas, que não tendo que fazer, despendem o seu tempo a lançar pedras em lagos calmos e serenos, numa tentativa de criar ondas ...
pequenas linhas ... progridem através da superfície, elas destabilizam o equilíbrio de qualquer coisa que nela flutue, não escolhem alvos, não se interessam ...
qualquer embarcação por mais segura que esteja deve estar atenta e precavida para estes prenúncios de tempestade ... oportunidades de aviso prévio são de aproveitar !
o alvo não é a embarcação que flutua, os seus tripulantes sim ... inocentes podem ser apanhados de surpresa pela tempestade anunciada ... pode ser mortal ...
vamos estar atentos a estes espíritos destruidores de serenidade momentaneamente conseguida ...
vamos erguer os escudos de paz que possuímos ...
vamos iluminar a escuridão com os raios luminosos de sabedoria que adquirimos nesta busca ...

sobrevivência !

nossa única intenção,
condição animal,
insanamente sobrevivemos ...
tudo tentamos para tal !

Dio

( as pessoas são más ... não nos podemos deixar influenciar, a sua verdadeira intenção, temos sempre de procurar ! )

futuro risonho !


futuro risonho !

continuo sem vislumbrar o futuro risonho desejado ...
prometido e querido, não me esqueço de o tentar alcançar ...
faço, esforço-me, estico-me, dobro-me ...
vou-o alcançar, penso eu !

mas quando realmente dedico um pouco do meu tempo sobre este assunto, reparo, sempre, que o futuro risonho que desejo é exactamente isto que faço ...
é sonhar com ele ...
quere-lo para objectivo ...
este sonho faz com que o meu caminho traçado, e por traçar, seja preenchido de objectivo futuros, vitórias e derrotas passadas, ocupação presente permanentemente repleta de preocupações ...
mas preocupações boas ...
preocupações por mim ... por ti ... por todos ... por tudo ...
tentativa de exteriorização para uma auto-observação ...
auto-crítica constante !
deixo-me levar quando sei que posso,
impeço-me quando não posso ...
e é disto que eu tenho sempre de ter certeza,
certeza de que não me vou desviar do objectivo principal ...
viver ...
não é fácil lutar contra todos os demónios infestados de vícios,
micróbios tóxicos carregados de doenças,
estão em todo lado,
qualquer esquina,
a cada olhar ...

necessito de treino diário para lhes esquivar,
assim faço,
assim tenho conseguido,
para sempre ... espero !

vou atras de ti ... persigo-te ...
sinto-te o cheiro meu futuro ...
não me escaparás !

Dio

( os sonhos existem para serem perseguidos ... concretizados ... não esquecidos ou colocados em segundo plano ! )

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

cereal nascido ... colhido ... comido !


cereal nascido ... colhido ... comido !

as veias palpitam sabendo que as queres alimentar ...
alimento degradante carregado de veneno tóxico procuras ...
encontras porque sabes onde está ...

a confiança é grande e abusas, não sei se sabes onde estás,
o mundo é cão e tu gostas, avanças sem olhar para trás !
ignoraste o passado, esqueceste-te quem foste, no presente perdeste-te, que vais fazer no futuro ... tu não olhaste para ti e sem saber também esqueceste-te dos outros !
parvos e tontos que te seguiram, desarmados pela tua bondade ... perdeste-a ... deixaste-a ... ou ... vendeste-a em qualquer lado !

eu não quero ...
eu não vou ...

devia ter desconfiado quando te vi,
fraca figura do que foste,
agarrado na estrada num carro emprestado,
apeado de transporte,
ainda bem que fui acompanhado !

não fiques mais sozinho,
tens ajuda se quiseres,
não se pode forçar,
por favor aceita enquanto puderes !

sabes o fim desta história, dela já fugiste uma vez,
algum dia ela não te vai deixar sair,
acorda ... tu és doente !
doença má, não pode ser negada nem escondida,
o risco é enorme,
brincas com a tua vida !

existem pessoas que te querem bem,
ajudaste-me um dia,
conta comigo ...
fica conosco,
este mundo é melhor do que imaginas !

Dio

outras angustias e outras alegrias !


outras angustias e outras alegrias !

angustia profunda ...
provoca-me angustia ... ver os velhos sozinhos; na sua dificuldade extrema, pé ante pé, lentamente arrastam-se, ainda num esforço de se sentirem auto-suficientes; a fazerem compras ...
com os sacos carregados, nem que seja apenas com um saco de arroz ou pão, numa mão uma bengala, todos dobrados, sem duvida com dificuldades de locomoção ...
e o tal saco que por mais leve que esteja na outra mão, perturba e dificulta ainda mais o avanço no seu percurso até ao local onde conseguem paz, provável retiro onde um dia não vão mais acordar ...
cada degrau, cada passeio e as suas deformações, cada subida, cada descida, inclinações, objectos, obstáculos naturais ou humanos, mau tempo, bom tempo ...
tudo isto eles vão ultrapassando !
o tempo, o espaço, a realidade ...
tudo parece estar contra uma vontade de subsistência heróica, louvável ... recordando-se de como eram antigamente, lutam, debatem-se de todas as formas possíveis e que conseguem ainda imaginar ... combatentes de uma luta impossível de vencer ... enfrentam a própria ordem natural evolutiva, recusam-se baixar os braços ...
sem saber poderiam servir de exemplo a muitas pobres almas que pelo nosso mundo vão existindo, pobres de espirito sem objectivos, navegantes sem rumo num oceano sem fundo, mares de dificuldades sem terra à vista ...
vagueiam ...
sem velas ou propulsão alguma não evitam, nem tentam, cair nos remoinhos que os vão levar para o fundo !

Dio

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Centésimo !


Centésimo !

este é o momento de júbilo,
momento de comemoração !

concretização de um objectivo que se iniciou como brincadeira,
neste momento é uma colecção de que me orgulho !

este é o centésimo texto publicado !

comecei sem nada ter,
agora tenho muita coisa,
pela frente mais antevejo,
tudo o que ainda me falta fazer !

não vou parar, quero mais,
demonstração, mais uma vez, da minha compulsividade,
neste aspecto bem direccionada e com uma boa intenção !

adoro tudo e todos !

Diospiro

espelho falso !


espelho falso !

o espelho reflecte uma imagem ...
ilusória ... sem passado nem futuro ...
é o que é, nem mais ... nem menos ...
sempre e apenas no momento da observação !

uma imagem manipulada mentalmente pelo sujeito,
uma imagem passível de milhentas interpretações,
uma imagem duvidosa que não retrata intimidade,
uma imagem falsa sem sentimentos ou emoções,
uma imagem altamente volátil com grandes probabilidades de vir a ser alterada a qualquer momento ...

vestimos capas ...
subterfúgio para ataques, para protecção ...
alter-egos a revelarem-se ...
alter-egos personificados ...
agimos conforme o que somos,
ou julgamos ser ...
somos o que não somos,
fingimos ser !

vida repleta de pessoas que não são o que aparentam
ser,
estas capas, estes alter-egos personificados,
levamos com eles todos os dias ...
e com nós mesmos ... ( seremos mesmo ? ) também !

que realidade é realmente compreendida através dos nossos olhos ?
não nos podemos esquecer que é apenas um dos sentidos das imensas
capacidades com que fomos prendados ...
depois da imagem, existem muitas outras percepções que vêm contribuir para esta compreensão ...
quais as importâncias atribuídas a cada uma delas,
como estão hierarquicamente distribuídas ...
a sua ordem ...

realidades falsas,
verdades mentirosas,
lidamos e vivemos com elas tal como conseguimos,
umas vezes surpreende-nos ... outras decepciona-nos,
a luta é nossa,
a vida também,
esperamos para ver !

Dio

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

noite fria !


noite fria !

cansado vou aguardando
sossegado a esperar
que a noite fria recolha o seu manto
e a luz do sol ela deixe entrar

que me traga calor e calma
na pele eu quero o seu abraço
espirito contente na minha alma
nada deixe ao acaso

vem-me aconchegar
lembrar o tempo demorado
paixões antigas recordar
em cada tempo encantado

não posso esquecer
da nova vida eu quero mais
alegrias e muito prazer
deixar-te sozinha jamais

pensar sempre em ti
acordado ou a sonhar
tenho certeza que consegui
uma nova vida encontrar

vamos fazer diferente
respeitar a nossa vontade
desejo que se sente
avançar sempre com lealdade

não podemos esquecer
existirá sempre alguém a chorar
que por sonhos não ter nem querer
em vida nada concretizar

Dio

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

To Life - Zuco 103


está aqui porque merece, senão não estaria mesmo ...

Artista : Zuco 103
Album : Tales of High Fever - 2002
Canção : To Life

http://musicoteca.blogspot.com/2007/05/zuco-103.html


"O que os astros vão dizer
Vejos sins e vejo nãos
Não sei....
Mas curiosa vou deitar e esperar
Mais um dia clarear

A gente quer viver
Mesmo que a vida seja um prejuízo


A gente quer morder, gritar, correr, crescer
Perder juízo.
A gente vai vivendo
Mesmo que o mundo diga
Que não tem mais prá escolher
A gente quer crescer olhar o chão
Rachado e ver que vai chover


A gente vai vivendo
A gente vai soprándo uma ferida que nem dói
A gente quer jogar o grão pelo chão
Sabendo que ele vai crescer


Vou correndo atrás
De uma criança que riu prá mim
E foi prá frente sem me ver
Eu vou correndo atrás dessa criança
Que veio e sabe escolher
Não sei, não sei o que era
Mas o que eu sinto e forte e não vai morrer


O peregrino tem, tanta estrada prá percorrer
A gente vai vivendo, a gente vai soprando
Uma ferida que nem dói
A gente quer molhar o grão pelo chão sabendo que ele vai crescer

A gente vai ...
A gente vai vivendo enquanto o tempo não vai morrer
A gente vai viver enquanto não dá prá viver
Vou corendo atrás dessa criança que riu prá mim...


A gente vai vivendo
A gente sonhando a gente vai crescendo
E o mundo vai rodando... "

é bonito e pronto !

Dio

a receita !


a receita !

bacalhau ...

o bacalhau tem de ser demolhado diversas vezes para ficar bem lavado e não cheirar mal ou estar salgado, pode ser acompanhado de grelo fresco para demolhar com pepino em água de rosas...
escolha uns melões, do tamanho que gostar, você é que escolhe ... devem ser riginhos, suficientemente para quando os largares eles se aguentarem de pé ... a receita começa na esfregagem do melão, depois de bem apalpado para ver se o material está em condições, este deve ser passado por agua morna e passar logo para o frio com o fim de ficar bem rijo e teso para melhor se degustar após prato principal, atenção pode e deve de servir também de entrada numa bela travessa de carne branca ou outra cor escolhida conforme a preferencia ...
pode ser com todos ... eu prefiro comigo !
o bacalhau deve ser de inicio mexido com sensibilidade para não estragar a forma e lascar prematuramente, a cozedura ... ou ... assadura ( á vontade do freguês(a) ) deve ser efectuada e exercida com vontade no local a escolher !
a prova do bacalhau, melões, grelos e pepino têm de ser efectuadas diversas vezes para puder sentir o sabor dos mesmos e não restarem quaisquer dúvidas do que se está a comer ...
fica feio comer e no fim reclamar !
acho eu !
bom apetite !

Dio

( já comia qualquer coisita, mesmo assim ... rapidinho ... )

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

paciência do caraças !


paciência do caraças !

- olha queres vir lá ?
- onde ?
- porquê ?
- o quê ?
- ai ... estás tonto ou quê ? estou a falar contigo e não me ligas nenhuma, tás no gozo com esta porcaria ... ouve lá ... tu tás surdo ?
- opá ... não ! estava distraído ... aliás vou a conduzir .... queres ter um acidente ? desculpa !
- tens de me dar atenção, eu falo mas tu não me ligas nenhuma ... e não é a primeira vez ! fogo ... às vezes penso estar a falar para o boneco, tu não me ligas nenhuma, não dizes nada, não me respondes ... por exemplo no outro dia íamos a caminho da casa dos meus pais e estávamos a falar sobre o que lhes tinha acontecido durante a viagem aos açores, depois quando lá chegámos, vais e tiveste o descaramento de dizer que não sabias de nada, que não sabias que o meu pai tinha sido apanhado com uma prostituta no carro nas traseiras do Hotel ! AINDA POR CIMA PERGUNTASTE A MINHA MÃE, LOGO A ELA ! fogo, és mesmo estúpido, insensível, parvo .... não me ligas nenhuma .... não sei porque ainda estou contigo ! e da outra vez que o periquito da filha da vizinha da prima da tua irmã foi comido pelo gato, por acaso bem bonito, da vizinha do irmão que é dono do café naquele sitio onde fomos passear uma vez e que eu na conversa descobri que eram da mesma família, lembras-te ... ( ... ) ahnnnn ... estava a falar do quê ? não interessa, a verdade é que eu não te entendo, está cada vez mais difícil de te aturar, impossível mesmo ... qualquer dia começo a chorar e não paro mais, quero ver como vais fazer a seguir, como me vais suportar, tudo devido ao que provocaste !!! pois quero ver .... porque estás a abrandar ? olha que aqui não é seguro, não vês a berma ? olha a arvore ... ai ... cuidado ... parvo ... cada vez pior ! opá ... olha aí !
- acho que temos um furo ! não te importas de ir ver ? deste lado estão a passar muitos carros, é perigoso !
- está bem, mas olha que está frio ... aqui não há morcegos ? e se há lobos, ou bichos esquisitos ? sai por este lado, tenho medo, vá lá ....
- ... não queres chegar cedo ?
- ok, está bem, estou a ir !

vrrruuuummmm

quanta paciência teve este animal de ter até decidir abandonar a companheira na berma duma estrada escura qualquer ?

Dio Dast

( o problema é que também existem gajos assim, bom ... se calhar são gajas, agora é tão difícil de distinguir ...)

os dedos não chegam !


os dedos não chegam !

os dedos não chegam para enumerar as razões para o que sinto,
são tantas qualidades que fico tonto quando penso assim,
não sei se por serem muitas, se por sentir o que sinto,
gosto do que sinto por ti, sinto que gosto de ti !
tu és quem me faz sentir assim, tonto, desorientado,
achado num mundo escuro, luz e alegria tu mostraste,
num caminho difícil, tu ajudas-me, estás-me a orientar !
brilhante como ninguém, ofuscas todos com o teu olhar,
não te distraias, fica atenta, nem todos são como eu e tu,
muito só lá estão para atrapalhar !
encantas com a tua voz, cantas musicas de fazer sonhar,
hipnotizas tudo e todos, sabe tão bem ter-te ao meu lado !
recebe o que tenho para dar, aceita-me como sou,
tu és forte ... acredita em mim,
eu sei que também te posso ajudar !
vidas separadas, eu, tu, cada um para o seu lado,
vamos mudar, vamos fazer diferente,
uma vida comum viver,
será que temos capacidade ?
quando paro a olhar para ti o tempo passa sem darmos por isso,
segundos ficam minutos,
minutos tornam-se em horas,
sem cansaço, abraçar-te é o que mais quero,
perder-me em ti sonho acordado,
pesadelos cada vez que me afasto !
tu és em mim,
eu sou em ti,
vida conjunta partilhar,
duas almas carentes,
que procuram como nós,
partilhar desejos e alegria,
só temos de aceitar ...
o nosso fado está apenas a começar !
oxalá de felicidade,
vida vivida recordaremos,
no futuro desconhecido,
porque somos nós que o faremos !

Dio

( pois eu sei ... é lamechas ! é confuso, mas ... que fazer ... )

versinhos natalícios ( 1 ) !


versinhos natalícios ( 1 ) !

nocauteado por uma força invisível natalícia, senti-me estranho,
senti-me subitamente repleto de boa vontade, de paz, de amor ?

sensação esquisita, deixaste-me permissivo a ataques,
de solidariedade, de voluntariado, de compreensão !

não me posso deixar levar,
tenho de me distrair,
tenho de inventar,
uns versos acho que vou fazer,
talvez me distraia ...
é isso mesmo ...
podes crer !

( eheh ! aqui vai disto ! )

rena maldita que me traíste,
abandonaste-me sozinho à chuva,
preferiste o pai natal e as suas trips,
à tua porta fartei-me de esperar,
já não podia,
não conseguia mais aguentar !

voar pelo mundo fora,
chaminés bonitas visitar,
vou-te cobrar cada momento ...
cada ferradura que me pediste pra ferrar !

prendas a distribuir,
canções a cantar,
granda nóia, cála-te ...
já me está a enjoar !

esta história é tão estúpida,
só podia vir de mim,
tinha de ser completa,
tinha de ser assim !

( ihihih, boa disposição, é Segunda-feira )

foste má com a cobra,
saltaste no momento certo,
querias seguir caminho direito,
mas o instinto estava correcto !

o desvio foi bem feito,
e o caminho bem escolhido,
teria sido perfeito,
se a maçã tivesses mordido !

rena sexy cheia de amor,
não te esqueças que é natal,
veste a tua lingerie vermelha.
que não te fica nada mal !

vamos rebolar na neve,
fazer buracos ... penetrar,
vamos enfiá-los bem fundo,
vamos lá senti-los a congelar !

( ahahah, isto é giro como o caraças ! mais ? )

bolinhas duras e brilhantes,
reluzem sem parar,
são lindas e duras,
anda cá ... queres agarrar !

( ai ... isto está a descambar ! )

pai natal que voas bem,
drogas tomas sem parar,
quais são as tuas preferidas,
para eu te as comprar !

voas, voas, bem depressa,
andas sempre a acelerar,
eu também sou assim,
depois acordo ... estava a sonhar !

o galo começa a cantar,
está na hora do despertar,
espero que não me tenhas levado a mal,
e uma prenda me venhas entregar !

com o sol já bem alto,
abro os olhos com desilusão,
nada de prendas,
fiquei com eles na mão !

eu sei que levaste a mal,
mas não consegui aguentar,
era a tua rena preferida,
mas alguma coisa tinha de marchar !

a consoada foi bem boa,
mais nada se podia esperar,
rena, cobras e maçãs,
comidas com prazer até arrebentar !

Dio Dast

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

três objectivos, um desejo !


três objectivos, um desejo !

gosto de me julgar um ser pensante ...
por vezes tenho dúvidas,
por vezes não quero ser,
por vezes esqueço-me que sou,
por vezes não sei quem sou !
sei que existo,
sei que gosto de cá estar,
sei que gosto de mim,
sei que muitas pessoas gostam de mim também,
sei que preciso que gostem !
diogo, dio, dast, diospiro,
dic, dick, dirius, lwl pdp,
tudo personagens da minha vida,
que descobri que existem ou existiram,
não é um caso de múltiplas personalidades,
é apenas uma formula que utilizo para determinar diversas fases de vida,
diversos estados de espirito,
diversas formas de estar !
isto tudo serve apenas para eu me puder analisar,
compreender ou conseguir perceber como raio funciona a nossa, perdão ...
a minha mente,
porque por vezes não consigo entender,
reacções, estados de espirito, pensamentos, emoções,
sobretudo procurar saber o que origina tudo isto !
mas porque é que eu penso tanto ?
porque sinto eu tanta necessidade de saber todas estas balelas ? ( pois ... eu sei que não são balelas )
afinal o que eu mais desejo são coisas simples ...
simples de desejar ... eu sei ...
complicadas de obter ... também sei ...
paz, felicidade e qualidade de vida !

três simples objectivos, um desejo só !

Dio

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

o vento sopra !


o vento sopra !

o vento sopra,
o abrigo não protege
,
o dente treme,
a pele arrepia,
o pêlo levanta !

a chuva que cai,
não apaga o fogo,
mente apanhada,
pensamento quente,
sonho contigo !

o meu corpo abana,
quando te vejo,
levito suave,
voo baixinho,
sinto-me assim !

calor de paixão,
saudade e tristeza,
distancia resistente,
ataco com força,
com muita destreza !

isto é lindo,
lindo de morrer,
sei que estou longe,
mas estou dentro de ti,
quer queiras quer não,
beija-me agora !

vá lá ...

gosto tanto dos teus beijos !
sinto tanta falta de ti !

vem comigo ...
em simultâneo ...
delírio conjunto ...

Dio

adormeci !


adormeci !

o caminho escolhido depois de ultrapassar o desfiladeiro apresenta-se como um salto livre no ar, imensidão tamanha, acastanhada, lisa, perde-se no horizonte, parece não ter fim... acalma-me o espírito !
numa pequena rocha sento-me a descansar, respiro fundo, tento relaxar, fiz tanto para aí conseguir chegar ! avanço confiante recarregado de ânimo, passo a passo vou andando, ervas pequenas, curtas, roídas, serviram de alimento, concerteza, a animais que por aqui antes de mim passaram !
está frio !
protejo-me e continuo, olho em volta, nem sinais de vida para comunicar, mas é tão bonita esta paisagem !
... linda !
o frio continua a aumentar, uma brisa gelada começa a soprar ... junto ao chão, as pequenas ervas parecem retrair-se, na terra proteger-se ...
uma nuvem enorme e escura avisto ao longe, dirige-se para aqui ... detenho-me a observar, talvez com uma fotografia capturar, imagem imponente guardar, parece valer a pena, não se demora em aproximar ...
a brisa muda ...
o que sinto também !
brisa transforma-se em vento, gelado e sombrio, parece carregar consigo um peso duro de se suportar, o silvar provocado são como uivos, gritos perdidos de almas roubadas, de almas perdidas ... tremo !
procuro abrigo, planície estéril sem refúgios, numa pequena vala, rasa e seca, de um antigo curso de água tento-me esconder, não tenho mais nenhuma hipótese, nuvem e vento terei de enfrentar, deitado na lama ressequida o frio é de matar ...
mas que nuvem é esta ?
são ...
animais ...
avançam a uma velocidade incrível, parecem assolar tudo à sua passagem qual horda selvagem e destruidora que assola, pilha, viola tudo a sua passagem, como se nada se lhes opusesse, nada ... nem ninguém, existem para assombrar !
encolho-me, enrolo-me o mais possível, tento-me proteger o melhor que posso, tenho medo ...
o barulho aumenta ...
estão quase a chegar ...
é agora, sinto o chão tremer, ou sou eu ...
pressinto a chegada, sei que estão a passar !
mas não sinto nada, ainda estou de olhos fechados, receio visão prevista ...
o vento está a abrandar, numa brisa suave se está a transformar, os meus olhos teimam em abrir, o que vou encontrar ?
encho-me de coragem, não sei o que vou enfrentar ...
terei de combater ? ... por quem ? ... porquê ?
já chega, medo de merda, porque me estás a paralisar !
não sou eu que aqui estou ... custa-me acreditar, ter-me-ei transformado num merdoso amedrontado ?
recorro à bravura de antigos tempos, tempos de conquistas, méritos sem parar ...
levanto-me, abro os olhos ... que espanto ... nada ...
nada se alterou, a paisagem está igual, está calor, o sol brilha radiante ...
viro-me e olho para trás ...
... o desfiladeiro !
estou aqui ?
adormeci !

Dio Dast

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

auto-protectiva ?


auto-protectiva ?

uau,
lindo,
que bom,
maravilhoso ...
sabe tão bem dizer estas expressões ...
quando ditas com sinceridade, claro !

nem sempre surgem oportunidades para as expressar,
mas eu sei que não existe quem não goste,
sei que não sou o único que gostaria de as repetir constantemente ...
como se costuma dizer ... à boca cheia !

avançamos com passos largos para maiores exigências, com tendência a aumentar !

à medida que tomamos consciência das nossas capacidades e limitações projectamo-las em quem nos rodeia numa atitude egoísta, auto-protectiva ( acho que inventei esta palavra ???? ), com o objectivo básico de quando algo correr mal, termos sempre alguém com quem nos identificar e salvaguardar com pensamentos do género , "fogo ele/ela também sabia, não me ajudou ! de certeza que também faria o mesmo ... " .

ajuda a nossa auto-estima, ajuda o ego a erguer-se após um tropeção, uma escorregadela, um desvio, sabe sempre bem poder comparar uma má atitude, decisão, com alguém que temos em consideração, assim desculpamo-nos com os erros dos outros ...
isto não é nada bom !

aquelas expressões que escrevi no inicio ...
tendem a desaparecer ...
tenho pena, mas ...
cada vez é mais difícil sentirmos fascínio ...
maravilharmo-nos ...
começa a ser tudo tão previsível,
rotineiras ...
faço tudo para que isso não aconteça, dê por onde der, eu não quero isso ...
eu esforço-me !

Dio Dast

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

medos reflectidos !


medos reflectidos !

alegrias passadas, relembradas em saudade,
são memórias fantasmas de tempos difíceis,
reflectidos em espelhos inversos ...
sempre presentes na mente,
jamais serão esquecidos,
para sempre vão viver comigo,
fui assim, infeliz !

pó flutuante, neblina branca,
entupia sonhos, criava ilusões,
pensamentos sujos, constantemente conspurcados,
lavados em álcool escondiam futuros ...
falsas visões numa vida adormecida ...
jamais será assim !

força potente, bonita e atraente,
trouxeste-me para ti,
empurraste-me para a frente de uma batalha difícil,
de luta constante com objectivos eternos,
vitórias conquistar, sempre ...
sempre enquanto cá estiver !

não posso sentir as sombras do passado,
sei que vão lá estar sempre prontas para me assombrar,
mas já não me assustam mais ...
a força não vai deixar !

felicidade espera por mim,
deixa-me te abraçar,
estás longe e num túnel sem fim,
pouco a pouco sei que te vou alcançar !

já te sinto o gosto e as pontas do cabelo consigo tocar,
cada vez estás mais perto ... oiço-te respirar,
estico-me o mais possível, por favor tira-me esta dor,
já nem consigo sequer chorar !

Dio

estação desaparecida !


estação desaparecida !

estação desaparecida ... será que s. pedro está zangado com o pessoal ?
só nos deu quatro ou cinco dias de outono, assim vamos esquecer ...
não devemos deixar esta estação passar sem pelo menos nos lembrarmos de como é bonita,
de como é bom passear por aqueles tons castanhos que só ela nos sabe proporcionar,
as folhas no chão caídas,
as arvores despidas,
os reflexos de luz brilhante no chão molhado,
os cheiros despontados,
a nostalgia revivida ...
alegrias e saudades relançadas na memória !
estação que serve de prenuncio para uma época de reconciliação,
de união,
de paz ...
não a devemos esquecer,
devemos sim esperar que para o ano ela estará conosco ...
espero eu ...
faz falta !

Dio

domingo, 2 de dezembro de 2007


Clic ...

o "clic" !
nem todos têm !
uns já tiveram !
outros procuram !
alguns esperam ter mais !
o "clic" não passa de uma simples palavra composta por quatro letras .
o seu significado é o que de facto interessa e só faz sentido para quem já ouviu falar ou já sentiu !
qual a importância deste "clic" ?
eu defino-o como um momento, um ponto de viragem, importante na vida de alguém, um momento de lucidez em que tudo se torna claro e óbvio, um momento em que sentimos que algo em nós mudou realmente ... sentimental, emocional, profissional ou socialmente, este denominado momento, significa uma alteração na forma em como vemos, sentimos ou sofremos determinadas situações de vida ... implica uma aceitação ou predisposição para um despertar, uma nova forma de compreensão da realidade de cada um de nós ... implica uma vontade e/ou abertura mental para novos caminhos a percorrer ou novas leituras dos já percorridos ... implica olhar para o mundo que nos rodeia através de outro prisma levantando barreiras que nos limitam, que nos privam e que nos castram !
pode surgir a qualquer momento, em qualquer lugar, sobre qualquer assunto e pode ser mais ou menos importante na vida de alguém, mas ... acontece ... e altera-nos ... não tenho dúvidas nenhumas !
acredito que uma vida deve de ter a componente de interacção social em grande plano, muito valorizada, esta é a grande influência de todo o nosso comportamento em todos os níveis ... um simples olhar pode originar situações, gerar pensamentos, tornar-se em algo capaz de nos alterar o rumo que julgamos traçado !
aceitar e admitir um problema que nos afecta a vida tal como a vivemos, pode ser verdadeiramente um primeiro passo para esse "clic" acontecer, pode também ser induzido ao adquirirmos mais valias intelectuais através de qualquer forma de literacia, pois permite-nos um enriquecimento, um fornecimento de novas chaves para portas que nem sequer sabíamos existir !
esperamos por ele !
eu espero ...
ele virá !

Dio

noite selvagem !


noite selvagem !

quem és tu noite selvagem,
que me tentas com os teus sonhos,
conheço-te bem,
o teu esforço é em vão,
deixas os teus anjos caírem,
nem sequer lhes dás a mão,
eles perdem-se dentro de ti,
escondidos na escuridão !
promessas sem sentido,
mentiras sucessivas,
no fim tudo acaba,
em vidas destruídas !
os demónios estão em ti,
não os podes afastar,
fazem parte dessa vida,
que prometes sem parar !
alegrias passageiras,
fascínios e maravilhas,
sabes o que fazes,
atacas por todo o lado,
a mim já não me apanhas,
com veneno me aliciaste,
já descobri como escapar,
não te perdoo nem um desgosto,
não posso nem permito,
preço tão alto voltar a pagar !
os meus olhos ofuscaste,
nada trouxeste de bom,
agora fujo de ti contente,
sei que te resisto,
sinto-me bem assim !
vida boa bem aproveitada,
o desejo de avançar,
não olho mais para trás,
sei que estás lá,
pronta para me assombrar !
podes-me esquecer,
navego em ti seguro,
busco o que não tenho,
faço planos para o futuro !
não precisas de mim,
tens muitas almas para te alimentar,
que alguém as proteja,
mentes inocente e puras,
não sabem que as estás a levar !

Dio

( não a sigas, deixa-a ir ... ela não se importa, há quem queira lá ficar )

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

giro, a vida ?


giro, a vida ?

giro ?
giro é o bacalhau que nasce nas arvores !
giro é a banana cor de laranja !
giro são as girafas pigmeus !
não a vida que vida que vivemos !
somos pedras ... imóveis, insensíveis ... vemos o mundo de uma realidade mentirosa através de uma lente desfocada ... acreditamos piamente em falsidades prégadas ...
como macacos fechados numa jaula sem grades ou quaisquer limites, agimos de forma condicionada, sempre ... vivemos adormecidos e fingimos sonhar ... encontramo-nos enclausurados num corpo sem qualquer vontade própria ... a busca da espiritualidade é constante, uns buscam a espiritualidade na religião, outros em bens materiais, outros na luxúria ... a espiritualidade de que falo não é mais que a busca incessante de uma sensação de plenitude, felicidade, preenchimento sensitivo e emocional, um encontro com um auto-conhecimento muito pessoal, muito intimo ... quem se conhece bem ? que nome chamas àqueles sentimentos que por vezes te assolam ... e porque o fazem ... como acontecem ... como se curam ? mas será que queremos mesmo saber ? será melhor mantermo-nos nesta ignorância completa, vivermos como paus mandados, sem questionar tudo e todos, sem questionar a nossa própria existência, o que fazemos aqui, para quê ?
isto é estranho, isto é difícil ... mas suportável ...
atenção que isto não passa de uma análise intencionalmente crua e dura ...
custa-me dizer isto, mas é preciso estarmos descontentes ...
fechamo-nos automaticamente, depois pedimos para nos libertarem ...
a masmorra que construímos para viver é frágil, necessitamos sempre que alguém tire a primeira pedra para tudo se desmoronar, para podermos sairmos dela e libertarmo-nos, fugir do castelo, saltar as muralhas que nos rodeiam, não nos vamos iludir, a nossa masmorra é apenas uma de milhões ...
construímos para poder destruir !
é verdade !
isto é a vida ...

Dio Dast

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Frank Sinatra – Strangers in the night


Frank Sinatra – Strangers in the night

- atenção, esta tradução é a minha vontade ...

Estranhos na noite, trocam olhares ...
vagueando pela noite ...
quais seriam as hipóteses, casar ser partilhar amor ?????????
antes que a noite acabe.

Algo nos teus olhos era tão convidativo
Algo no teu sorriso era tão excitante,
Algo no meu coração,
Disse-me "Eu tenho de te Ter"

Estranhos na noite, duas pessoas sós
Nos éramos estranhos na noite
Até ao momento
Quando dissemos o nosso primeiro ola
Pouco sabíamos
O amor estava apenas a um olhar de distancia
Uma dança quente agarrados dançámos e -

Desde essa noite que estivemos juntos
Namorados a primeira vista, enamorados para sempre
Correu tudo tão bem
Para estranhos na noite

- E agora fora de brincadeiras a letra certa,
não merece a desconsideração desta tradução ...
vamos cantar todos juntos ...
- lai lai la la lai, laralalaiiiii, lara la la lai ....

..."
Strangers in the night exchanging glances

Wondring in the night
What were the chances wed be sharing love
Before the night was through.

Something in your eyes was so inviting,
Something in you smile was so exciting,
Something in my heart,
Told me I must have you.

Strangers in the night, two lonely people
We were strangers in the night
Up to the moment
When we said our first hello.
Little did we know
Love was just a glance away,
A warm embracing dance away and –

Ever since that night weve been together.
Lovers at first sight, in love forever.
It turned out so right,
For strangers in the night.
"...

- pois é, muito bonita, muito simples, muito intensa ....
estava a precisar de uma coisa assim, sabe bem !

Dio Dast

vida de morte !


vida de morte !

uma virgem deu à luz !
o espirito não era santo ... era gordo !
da sua varinha mágica gotas cuspiu !
cheias de vida adormecida,
num forno quente e húmido encubaram,
da porta irão cair,
num mundo frio vão crescer !
não se rogarão de exercer poder,
de uma obra ingrata vingarão !
o mal será crescente ...
o ódio já nasceu,
sente-se um ar pesado,
faz frio e é escuro como breu !
temei ... eles já cá estão,
entre nós vagueiam atentos,
semeiam raiva e medo ...
mas não nos vencerão ...
será que não ?
os braços ergueremos,
sempre numa luta desigual,
mas ... homens fracos ...
nós somos fracos !
a podridão vencerá,
sob ideais cheios de bolor se esconderão,
a coragem não existe mais,
está fechada numa cave,
chave sem paradeiro,
só sabe dela quem já morreu .

Dio Dast

( não é a religião nem a política que nos fazem baixar os braços, somos nós ... quando desistimos ! )

a minha vida hoje !


a minha vida hoje !

quando caminho pelo passeio, observo as pessoas que passam por mim, fixo-lhes a figura, faço filmes, penso em histórias ... que vida terão, de onde vêm, serão felizes ?
não me interessa para nada, serve de passatempo, utilização da imaginação para diversão própria, muitas vezes dou por mim a rir-me ...
a andar e a rir-me ...
sozinho !
raramente me aborreço, encontro sempre alguma coisa com que me entreter, qualquer coisa serve, disperso-me a ouvir musica, a escrever uma parvoíce qualquer, voar por pensamentos loucos de auto-análise, de crítica, de motivação, muitos deles roçam por vezes até a insanidade de tão loucos que são !
receio estar demasiado focado em libertar sob qualquer forma todas estas ideias e pensamentos, existem outras coisas de igual importância nesta vida diária ...
creio eu ...
24 horas sobre 24 horas, situações surgem, reservo-lhes o espaço que considero necessário mediante a sua importância, e aqui surge sempre a dúvida ... estarei a dar de facto a importância que devo dar a cada assunto ? será superior ... ou inferior ...
não tenho nada com que comparar, só mesmo falando, discutindo com diversas pessoas os mais variados assuntos é que poderei eventualmente chegar a alguma conclusão, esta troca de impressões, esta forma de interacção pessoal serve-me de auxílio de comparação para a análise da importância e tempo a que me presto a dar a cada assunto, também os valores que me foram impostos, pela família, pela sociedade ... tudo conta !
mas nem eu nem ninguém me conseguiu explicar até agora um sentimento que tenho, uma angustia que me acompanha, um vazio, algo em mim que necessita urgentemente de ser preenchido, por alguma coisa, por alguém ... salto de lado em lado, corro que nem louco, sempre cheio de esperança que a qualquer momento, em qualquer lugar surja a resposta, porque eu preciso muito, eu quero muito !
por vezes sinto-me só !
por vezes quero estar só !
quando estou só não quero estar !
não sou um solitário, pelo contrário, necessito de companhia, necessito de alguém ...
alguém com quem partilhar os momentos, com quem possa conversar, trocar ideias, pensamentos, sentimentos, emoções, rir, chorar ... enfim ...
viver !

sim, isto é um facto !

Dio

terça-feira, 27 de novembro de 2007

prazer já !


prazer já !

mão esquerda no volante, mão direita numa vontade muito própria,
numa zona escondida e húmida, entre as pernas, te encontra !
movimentos lentos, plenos de vontade,
acariciam-te através das calças,
elas não escondem o teu entusiasmo !
a tua língua, os teus lábios,
os teus seios de perfil,
ofuscam-me a visibilidade,
assim hipnotizo, babo-me só de olhar !
encosto e desligo o carro, tiro o cinto ...
precipito-me para ti,
sinto-te a respiração, sobe de intensidade,
meto as mãos por dentro da tua camisa,
sinto o teu calor, montes em carne,
prontos à minha espera, não resisto em apertar !
puxo-te para o meu lado, desconfortáveis arfamos,
pele com pele encostados, finalmente juntos !
dispo-te as calças, puxo com força,
tratas das minhas, desapertas-me os botões,
estamos perto ... muito ...
enquanto nos beijamos, tentamos encaixar,
mil posições já tentadas, temos preferência,
sabemos bem como se faz,
com calma precipitamo-nos,
intimidade provada, acção iniciada,
movimentos bruscos, batemos um contra o outro,
prazer acumulado, pronto a revelar-se,
nunca o deixamos esgotar,
ambos queremos, ambos fazemos,
ambos estamos ... tão ... tão cansados !

... descrição básica para algo tão complexo,
duas pessoas apaixonadas com sonhos de prazer,
suores plenos de acção em situações de realização ...

... concentração difícil, viagens longas,
sensações e aventuras intermináveis, prazeres inesgotáveis,
fonte de juventude que nos alimenta o desejo ...

Dio

( eu tento, continuo sempre a tentar, não vou parar, pelo menos por agora ... )

canibalismo !


canibalismo !

no fundo todos somos canibais, comemos humanos ... comemo-nos uns aos outros, todos os dias ... é uma verdade a qual não podemos fugir ...
eu por exemplo ... adoro comer ... tenho sempre fome ... vou intercalando comida com comida, uma serve para ganhar energia, outra para gastar !
ambas fazem parte da vida do ser humano, não vale a pena negar, todos comemos, nem que seja nos cornos !
na mesma espécie existe quem prefira comer os do género oposto,
existem os que preferem do mesmo género,
e existem ainda os que comem tudo ...
tenho de mencionar aqui um aparte ...
todos comem ou são comidos,
ah ... esqueci-me de mencionar outra coisa muito importante, existem também uns mentirosos que devido a uma devoção demoníaca a uma qualquer religião afirmam que não comem nada ... eheh ... escolha deles ... serem mentirosos ... claro !
comem nem que seja a mão ... deles ou de alguém !
a escolha da comida preferida pode ser efectuada em qualquer lado, a principal e importante diferença desta comida é que convém ter a aprovação de quem vai ser servido como comida, o prato depois logo se escolhe,
com entradas ou não, sobremesas, etc ...
o local também é interessante, pode-se comer em todo lado, à vista, às escondidas, desde locais difíceis até aos fáceis, da escola ao trabalho, no chão, na cadeira, no sofá ou no frigorifico, no passeio ou num beco e até numa esquina qualquer ... no carro, no avião e no comboio ... na praia, no mar, ao sol ou a sombra, é tudo uma questão de escolha !
mentes brilhantes, burros, idiotas, estúpidos, parvos, bonitos, feios e horrorosos, todos têm direito a comer ou serem comidos, esta é a realidade, não vale a pena negar !
comida fria ou quente sabe sempre bem, a vontade é que interessa ...
e o ...
desejo ...
sim, derradeira razão para nos andarmos a comer uns aos outros,
sentimento capaz de abafar muitos preconceitos,
sentimento que nos cilindra ideias pré-concebidas,
este sim, este é o sentimento que pode e leva-nos a cometer loucuras,
loucuras boas, loucuras de e em prazer,
sentimento perigoso, saudável,
eu quero, eu tenho ... muito !

Dio

( pronto, consegui não exagerar, ufa ... )

as malandrices e a escrita !


as malandrices e a escrita !

tenho pensado, de vez em quando acontece-me isto ... penso !
acho eu ... que penso !
aaaaannnhhh ... não sei !
hoje de manhã ao ouvir a noticia do canibal de setúbal a minha mente perversa começou imediatamente a fervilhar de ideias, tantas letras, palavras, frases, expressões que me apetecia escrever !
queria abusar desta história de forma inacreditável, avançar para campos que até agora ainda não explorei, mas cometi um erro enorme ao não iniciar logo quando cheguei, este tempo entre ter a ideia e iniciar a escrita transformou-me o pensamento, não voltou a ser a mesma coisa, alteraram-se ideias, linhas de pensamento .
mas vamos tomar a palavra seguinte como exemplo ...
"comer"
depois começo a imaginar o seguinte ...
o que significa ? como se come ? o que se come ? quando se come ? onde se come ?
tudo isto são perguntas pertinentes cujas respostas se enrolam conforme o sentido que desejamos .
esta palavra, "comer", sugere tantas coisas, sobretudo malandrices, tenho a certeza que não é só a mim que estas ideias ocorrem .
este exemplo que acabei de dar é perfeito para explicar ao que me refiro, porque na verdade nunca sei bem que escrever, sinto que me castro em muitas ideias, sempre com receio de ofender as mentes menos abertas, menos humoradas ...
como exercício auto-proposto, sinto-me fracassar neste aspecto .
cada vez que inicio uma divagação e reparo que começo a descair nesse sentido, volto atras, corrijo alguns pontos e de seguida continuo a divagar mas na forma corrigida .
não deixa de ser "o exercício", mas desta forma parece-me fraudulento, transformado, não é o original, é sim uma versão aceitável da primeira ideia, apetece-me muitas vezes parar e não publicar, só não o faço porque aí sim, estaria a contrariar absolutamente todo o objectivo .
fogo, inacreditável ...
eu próprio limito, aliás, censuro a minha liberdade !
que vergonha !
mais uma situação em qual estou a ir contra o que defendo e incentivo ...

Dio Dast

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

realidade ! qual é a tua ?


realidade ! qual é a tua ?

a minha eu sei, conheço bem !
não me deixa em paz, persegue-me por todo o lado,
assim é, aceito !

sempre presente, por fora e por dentro ...
procuro a paz, irreal não é,
sei que existe, já provei,
quero muito ... tanto ...

por vezes dura ... a verdadeira realidade,
não engana ... eu já enganei ...
a mim, aos outros, todos ...
distorci-te, dobrei-te,
parti-te, amachuquei-te,
comprimi-te, estiquei-te,
transformei-te em mil e uma coisas,
nunca me doeu, a ti, realidade, acho que sim,
castigas-me agora,
mas não fiz o fiz consciente,
não estava por cá,
lamento por mim, não por ti,
para sempre existirás,
eu ... não !

Dio

lutas iguais !


lutas iguais !

o sol e a lua lutam no céu por um lugar,
ambos querem lá estar,
ambos querem ser venerados,
ambos querem lá ficar !
lua forte, por momentos, vence o sol,
mesmo de dia permanece no seu lugar,
não se deixa rebaixar,
até no horizonte desaparecer,
e deixar o sol dominar !
o bom e o mau,
o amor e o ódio,
o doce e o amargo,
o agradável e o desagradável,
cada um necessita do outro,
não existem sozinhos !
eu contigo, tu comigo,
iguais em receios,
medos partilhados,
lutas vencidas,
vitórias rendidas,
território conquistado !
no reconhecimento de vitorias,
no reconhecimento de derrotas,
no reconhecimento de conquistas,
na vida e no trabalho, nas alegrias e nas tristezas,
valores de vida ... provados... guardados !
diferenças existem, semelhanças também,
cabe-nos avaliar, se nos conseguimos adaptar !
somos ambos lutadores ... lutas diferentes,
objectivos iguais ... ultrapassar dificuldades,
resultantes de decisões,
bem ou mal tomadas,
não nos podemos esquecer,
seria um luxo ... demasiado grande !
que futuro promissor,
perante nós se precipita,
deverá ser aceite ...
negado sem receio ...
que opção tomar ?
apostamos para ganhar,
sem medos ... desejar,
do perder ... não temer,
avancemos ... de cabeça erguida,
para mais uma vitória somar,
este sim ... é o prazer !
dúvidas persistem ... vida real,
sem elas morreriam os erros ...
sem erros as certezas perdiam valor ...
sem ódio o que seria do amor ...
sem ti ...

... o que seria de mim ?

Dio

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

bom dia ?


bom dia ?

muito bom dia !
gosto de começar o dia assim,
acordar bem disposto,
cedo, com tempo ...
... tempo para acordar,
... tempo para realizar a minha realidade,
... tempo para ficar a olhar-me ao espelho,
... tempo para me dar recados,
... tempo para admitir as minhas falhas e faltas de carácter,
... tempo para aconselhar-me,
... tempo para mudar !
creio que esta análise e preparação matinal possibilita a alteração positiva na forma como me preparo para o dia,
fornece-me defesas contra as contrariedades diárias, porque elas existem,
ajuda a estabelecer linhas orientadoras para um comportamento social correcto,
permite-me ser assertivo ( mente limpa e descansada sem problemas ou questões acumuladas que só servem como limitadores ) e assim ter a certeza de que, aconteça o que acontecer, foi de forma consciente e isenta que pensei, julguei e/ou decidi sobre qualquer assunto, situação, sentimento ou emoção .
isto sempre numa busca de qualidade de vida ou melhora-la o máximo possível, sempre a utilizar as ferramentas que fui adquirindo pela vida fora, utilizando as que estão ao meu dispor, e se não forem suficientes procurar sempre por mais,
estas ferramentas existem, prontas a ser utilizadas,
servem para nos ajudar .
bjs e abraços sinceros !

Dio

( altos e baixos, subimos e descemos ... mas não paramos )

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

é castigo ?


é castigo ?

porque nasce o sol sem me iluminar ?
porque insistem os seus raios de luz em não penetrar esta escuridão que me venda os olhos !
os caminhos só por si já são difíceis de percorrer,
vão crescendo, tortuosos ...
a cada passo que dou ...
ficam mais difíceis ...
mais exigentes ...
mas vou seguindo ...
pé ante pé, sempre ...
evitando a todo o custo qualquer tropeção,
qualquer deslize,
não posso cair !
a chuva que me mata a sede,
torna o caminho mais penoso,
sem conforto,
encharcado ...
prossigo viagem !
não posso adormecer,
ela vem logo atras,
não a posso deixar-me alcançar,
vou pouco distante dela,
não pode haver qualquer descuido,
qualquer distracção,
sei que não perdoará,
atacará a fundo,
pode não haver retorno !
luz ...
por favor ...
... é castigo ?
quero um abrigo,
preciso ...
... de um abrigo !

Dio

saldo negativo !


saldo negativo !

não sei ...
continuo sem perceber como !
como é que eu,
depois de me predispor a retribuir tudo o que recebo,
depois de me predispor a ajudar quem necessita,
sempre numa busca incessante de ajudar quem precisa ...
nego depois a quem está mais próximo o próprio EU que sei que sou,
não estou quando preciso de estar,
nem que seja só com a minha presença ...
sinto-me envergonhado ...
ontem coloquei em perspectiva os meus actos nestes últimos tempos,
tentei fazer um inventário das ultimas semanas ...
efectuar uma análise verdadeira, real ...
não gostei do que balanceei,
saldo positivo para mim,
saldo negativo para os outros !
expectativas goradas,
o que desejava fazer não fiz,
espero vir a tempo de corrigir,
espero que saibam que podem contar comigo,
não desistam de mim ...
eu adoro-vos !

Dio

( não há ninguém de ferro, as fraquezas têm por vezes que vir ao de cima, dizerem olá ao pessoal )

terça-feira, 20 de novembro de 2007

tu !


tu !

o nome ... o teu nome,
demora em sair dos meus lábios,
gosto de o sentir, de o dizer,
de o pronunciar em movimentos redondos,
tão sensuais como os movimentos do teu corpo,
a forma como ondulas a cada passo !
gosto de te observar em todos os pormenores,
gosto de fixar os teus olhos, são lindos,
pequenos, brilhantes, iluminam o meus !
a forma como puxas o cabelo para trás ...
os teus lábios, a sua cor,
chamam constantemente pelos meus,
são carnudos ... rugosos ...
impossível resistir, nem tento !
a tua delicadeza ... espanta-me ...
assusta-me ... por vezes tenho medo de te tocar,
medo de apertar-te sem fim,
medo de te magoar !
mas tu pedes ... e eu sou tão rude ... bruto ...
não sei como suportas ...
a minha mão calejada ...
percorre e aperta o teu corpo ...
faz sofrer a tua pele lisa ... suave ...
arrepio-me ao imaginar,
tenho de te ter aqui,
junto a mim,
fazer-te delirar !

Dio

( meu deus, estou com febre, preciso de um banho bem gelado )

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

precisamos !


precisamos ...

gostamos,
faz parte da vida, precisamos ...
quando estamos sós a realidade altera-se,
o mundo escurece ...
só tu e eu existimos,
entregamo-nos um ao outro,
sem receios ...
sabemos o que queremos !
despidos de preconceitos,
fundimos a nossa pele ...
com convulsões musculares,
elevamo-nos a planos superiores,
plenos em êxtase e excitação,
existe perda de controlo,
existe prazer para além da compreensão,
actos selvagens conscientemente praticados,
deixamo-nos ir na onda da loucura,
com flashes repletos de pensamentos insanos,
continuamos em espasmos repletos de sensações,
não, não vamos terminar,
vamos voar sem parar,
eu quero ...
ambos precisamos !

Dio

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

momentos dificeis !


momentos dificeis ...

intensamente vividos, os momentos difíceis ... não são raros !
provações de vida, provocam-me constantemente, estarei preparado ?
por vezes abano, tremo, mas sempre me dão oportunidade de verificar como estão as minhas fundações, como reajo, qual o meu nível actual de controlo, mas ... por quanto tempo ?
olho a volta, muitos edifícios para mim imponentes ruíram nestes últimos meses, edifícios recentes, outros mais antigos, até agora tenho escapado desta senda de destruição !
seguram-me o receio, o medo de ruir, do fracasso, estes têm sido uma grande razão, gosto de vencer, ganhar, por vezes com muitas insanidades, mas tenho conseguido seguir por pequenos e curtos percursos, apertados, muito apertados, sempre com a fronteira bem determinada e bem à vista, assim não há enganos ou erros, passos errados, evitam-se trambolhões !
tenho de lidar com as minhas faltas de carácter,
também com a dos outros,
eu sei disso tudo,
mas por vezes torna-se tão difícil,
não consigo não suporto
... a mim próprio !
eu tenho dificuldade em me aceitar, quanto mais aos outros !
eu tenho dificuldade em me compreender, quanto mais aos outros !
grande vida ... se adivinha ...
cheia de sofrimento,
de dor,
de incompreensão ...
mas também repleta de paixão,
conhecimento,
amor próprio !

Dio

a todas as almas perdidas que vagueiam por aí ... têm a minha compaixão ... farei o que puder para vos encaminhar ... só têm de querer !

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

picnina !


picnina ...

é a bolinha, de picos erectos,
apontando o céu, abraçado a eles,
fui escalando, até o cume alcançar !

deslizei sem tropeçar, parei e virei-me,
observei e constatei ... que espectáculo ...
lindos ... que sensação, eram grandes !

um perfume excitava-me a imaginação,
uma visão próxima obrigava-me a não parar,
não podia, tão perto, estava a chegar,
queria tocar, saber se era verdadeiro,
redondos, seguros, apenas tremiam com o meu caminhar !

o terreno alterava-se com a minha passagem,
tornava-se rugoso, eu brilhava,
segui sempre pelo caminho indicado,
não desviei, aguardava uma recompensa !

esforço merecido, era tudo o que esperava,
poderia ter dado muito mais, mas não dependia só de mim,
conjunto de desejos, conseguimos harmonia,
aconteceu ...

estive lá ... momentos bons ...
jamais esquecidos, quero mais !

foi o tempo ...

- pois foi !

Dio

( com flash’s vamos guardando em memória pequenos excertos de vida, estarão sempre lá para nos acompanhar, fazem quem nós somos ! )

sentimentos cruzados !


sentimentos cruzados !

já compreendi e aceitei que me perco em pensamentos sobre como reagir com sentimentos cruzados, sentimentos contraditórios, sentimentos controversos !
não posso nem tenho como negar que de facto tenho um grande problema, dificuldade, em lidar com todos eles !diversas vezes ao dia, todos os dias, deparo-me com situações onde sozinho me consigo perder em determinar qual a importância e prioridade que devo a cada um dos sentimentos, todo o meu tempo é importante, não pode ser desperdiçado em coisas que eu considero como de baixa prioridade, pouca relevância, para determinada altura do dia ! aqui começa já o problema, devo dar, sinto que tenho de dar, a importância que têm, mas também sei que em determinada situação não me vai servir de nada, por isso tento não dar ... fico num limbo, mentalmente perdido, incapaz de separar tudo isto da realidade, do momento que estou a viver ... fica tudo branco ... indeterminado ... a indecisão toma posse, e eu não suporto indecisões, esforço-me e aplico-me na tomada das mesmas, más ou boas, serão sempre tomadas, existirá sempre um responsável na decisão ... eu !
mas isto é tudo muito fácil de pensar, neste momento em que estou a ter esta questão e que a estou a tentar transformar em letras, palavras, frases, estou limpo de influências externas que me possam alterar de alguma forma o pensamento, estou apenas a constatar uma dificuldade diária na busca de soluções, se é que existem, provavelmente a solução passa por isto ... esta constatação ... porque eles existiram, existem e existirão sempre, a minha percepção provavelmente é que se alterou ... a percepção que existem outras coisas importantes na vida sem ser apenas as necessidades fisiológicas, emotivas e sentimentais simples e básicas de sobrevivência !
eu prefiro ... eu preciso ...
eu tenho de me sentir um Ser pensante ... completo ...
tanto fisicamente como mentalmente ...
eu tenho de estar preparado para aceitar e lidar com tudo que se me deparar pela frente,
tudo de bom, tudo de mau,
não sei se alguma coisa me domina a vida,
sei que também faço parte dela !
os sentimentos são apenas uma pequena parte da minha vida muito presente neste momento !
eu ... vocês ...todos ...estamos cá .

Dio

adoro isto, adoro começar a escrever sem saber como vai terminar, apenas sei como quero começar e por vezes nem isso, e depois ... é o que se vê, está aí, faz sentido para mim !

terça-feira, 13 de novembro de 2007

flutuar !


flutuar !

flutuar ...
voar baixinho ...
contornando cada monte,
cada vale ...
caminhar por cada caminho,
medir cada distancia,
conhecer cada perfil ...
cada milímetro !
aventuro-me confiante,
avanço sem medo,
passo a passo desbravando,
passo a passo descobrindo,
passo a passo decorando,
não posso esquecer,
momentos raros de prazer ...
sei que estão a minha espera !
diferentes sinais indicam-me o caminho,
cada cheiro marca a minha passajem,
sei que estou no sentido certo,
o meu passo acelera,
um ritmo louco apodera-se de mim,
sinto que estou perto ...
oiço um barulho,
um rio que brota de um vale,
escorre devagar,
brilhante,
atrai-me ... não resisto ... deixo-me levar !
mergulho num liquido fluido,
rio de margens aveludadas,
quero sair ... mas escorrego lá para dentro ...
constantemente !
finalmente, arrasto-me desta luta,
deito-me a descansar,
exausto ... adormeço !
no caminho de volta recordo,
antecipo a cada passo cada curva,
cada monte, cada vale ...
está decorado,
mapa de prazer,
de ti ...
tantas vezes vou querer voltar !

Dio

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

somos nós !


somos nós !

a cama ...
o casulo ...
quente e ainda cheia de emoções embalava-te !
o teu sono lindo ...
cheio de paz ...
cheio de amor ...
impedia-me de te perturbar !
não conseguia sair dali,
ao teu lado observava-te,
quieto, em paz ...
não estava em mim !
o ritmo da tua respiração marcava a minha,
a serenidade que emanavas era contagiante ...
senti nesse momento que tu e eu éramos um ...
ligados por laços lindos,
absorvias-me com a tua beleza,
nesse momento senti que não pensava só por mim,
de uma forma,
a mais bonita de todas,
ligamo-nos ...
não largamos mais !
quando abriste os olhos,
estes reflectiram todo o significado ...
tudo o que aconteceu teve um propósito ...
não me vou esquecer,
impossível esquecer !
impossível ...
emoções fortes ... lindas ...
repletas de uma luz ...
alimentada pelos nosso sentimentos ...
vai brilhar ...
não tenho duvida ...
cada vez que a fitarmos no nosso céu vai provocar ondas,
tempestades, furacões ...
para nos recordar sempre do que nos une ...
uma força que nos ultrapassa,
impossível de reter ou controlar !
não a vamos, aliás ...
não a podemos negar ...
entrou em nós ...

... somos nós !

Dio

sim, sabemos !


sim, sabemos !

sabemos que sabe bem podermos estar ...
querer estar ...
sem limites de tempo ...
sem condicionamentos ...
entramos em jogos carregados de caricias e excitação,
simplificamos a concretização do que se adivinha, do que imaginamos !
um objectivo comum começa a tomar forma,
ansiamos pela concretização ...
um culminar absoluto de consumo de dois corpos quentes predispostos a dar e a receber prazer !
luta desenfreada para a libertação de desejos,
alguns deles segredos profundos de almas insatisfeitas,
buscamos prazer e satisfação numa troca carnal impossível de resistir,
libertamos fantasmas,
desprendemo-nos de preconceitos,
cedemos às mais intimas vontades,
descobrimo-nos,
deslumbramo-nos !

enriquecimento sentimental ...
ligação que eleva almas para outros planos,
outras dimensões ...

Dio

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

PADRE !


padre ...

atenção !

eu não sou ...

não quero ser ...

PADRE !

Não ando a pregar sermões !

Não ando a prometer milagres nem salvação !

os pensamentos são meus, e para mim, esta é a minha forma de os compreender e exorcizar,
eles não devem nunca ficar guardados, por isso vêm para aqui passear e chatear outros que não eu !

Obrigado,
mil obrigados !

Dio Dast

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

guloso ? eu ? do quê ?


guloso ...

avanço para os doces com um olhar assustador,
paro antes de chegar à mesa para os observar,
poder ter uma visão geral,
panorama apaixonadamente doce,
regozijo-me só com o olhar,
babo-me antes de provar,
não sei qual deles escolher !
saltam-me aos olhos,
já lhes sinto o sabor,
de cada um ... de todos,
o brilho ... o reflexo ...
as cores do caramelizado ou do chocolate,
do açúcar ou do doce ...
brancos brilhantes ou não,
a minha língua pede ...
vou avançar !
ah, o chocolate !
comecei pelo chocolate,
acho que merece toda a minha consideração,
representa um papel muito importante,
acompanhou-me sempre,
nos bons e maus momentos,
foi sempre a minha 1ª escolha !
o seu sabor forte e intenso,
quando derretido na boca ... hum ...
parece veludo a escorregar,
suavemente ...
o seu sabor intensifica-se ainda mais,
como se de uma pele lisa e saborosa tratasse,
sentir os meus dentes a mordiscar lentamente pequenos pedaços,
lambê-los entre os dentes,
sem vergonha nem preconceitos,
suspirar ao mesmo tempo,
pelo que se adivinha a seguir !

na verdade as sensações são parecidas em todos os doces,
praticamente muda apenas o seu sabor, e cor !

Dio

( atenção, tem segundo sentido, objectivo de falar apenas sobre uma "coisa", eheheh )

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

sim ... sim ... não !

sim ... sim ... não !

que medo, que pavor ...
de te ver,
fixar-te o olhar,
sentir-te o calor,
sentir-te o desejo,
o teu sabor na minha boca !
a tua pele, lisa ... suave ...
percorro-te saltitando de ponto em ponto,
faço-te vibrar, sinto-o,
tremes nos meus braços,
aperto-te mais ainda,
em movimentos fortes,
altero-te de posição,
os meus dedos cravam-se em ti,
percorrem-te as costas desde o pescoço ...
num sentido sempre descendente ...
ultrapassamos barreiras ...
fronteiras interditas ...
prazeres ansiados ...
prestes a serem alcançados ...
não paramos ...
ambos sonhamos !
estamos juntos,
trocamos delírios,
sons inesperados,
outros estilizados,
aproximamo-nos cada vez mais,
...
paramos !

respiramos fundo,
momentaneamente conscientes,
fingimos não acreditar,
aconteceu ?
não ?
não ...

Dio

terça-feira, 6 de novembro de 2007

alma e luz, o caminho !

alma e luz, o caminho !

algo maravilhoso acontece sempre que uma alma perdida no universo dos sentimentos encontra uma luz ...
um farol ...
focada, chega a hora da entrega ao delírio numa troca carnal repleta de espasmos de prazer ...

uma vez acariciada, tocada, tomada,
busca um resto de conforto num ultimo calor da luz que morre,
esta explode ... divide-se em milhares de pequenos sonhos ...
libertos e sozinhos, iram vaguear, perdidos,
disponíveis para quem quiser ...
não escolhem quem os quer ...
sem pretensões ou ilusões,
dispostos a libertarem-se,
apenas desejam a felicidade !

certos de um final assinalado de morte,
dão tudo o que têm,
a sua morte significa alegria,
sabem bem o seu propósito,
entregam-se sem medo ao destino,
preparados, confiantes,
com a felicidade atingida,
eles terminam em luz !

almas perdidas,
não se percam no caminho,
busquem sempre estas luzes ...
pequenos sinais orientadores,
que nos podem ajudar,
vamos quere-los,
vamo-nos encontrar !

Dio

mais uma pretensão, apenas isso, mais nada ...

amo-te angustia !


amo-te angustia !

amo-te ...

quero estar contigo mas não posso,
quero agarrar-te mas não consigo,
sinto-te fugir por entre os dedos,
tu estás aqui, sempre comigo, mas a distancia foi imposta,
e agora ?
como ? pergunto-me ...
como devo fazer ?

angustia ...

sentimento potente que me toma por completo,
fecha-me os olhos, bloqueia-me o pensamento,
distorce a realidade, deixo de sentir ...
fica apenas este peso no peito ...
que me acompanha !

como devo considerar ... arrumar este sentimento ...
ele existe e é persistente,
insiste em acordar comigo,
insiste em estar comigo,
insiste em dormir comigo ...
... está apaixonado ...
por mim ?

eu não quero ...
não preciso ...
vai, não voltes,
desejo que desapareças ...
quero sentir angustia de sentir falta da angustia,
sim ! quero !

mesmo assim estarás aqui ... sempre ...
existirás enquanto eu gostar, sentir, amar ...
sempre assim ... tenho de aprender a estar contigo ...
não vou perder estas capacidades só para desapareceres,
são demasiado importantes para trocar por ti,
vou-te suportar ... mesmo até ao fim ...
sem questões ou qualquer tipo de dúvidas !

vem ... vem a mim angustia dum raio,
acabas sempre por ser um bom sinal,
sinal que existo,
que estou vivo,
que sinto !

és um bom sentimento que não gosto de sentir !
aceito-te, desejo-te, exijo-te em mim,
assim é, assim quero !

amo-te ...

Dio

Angustia ... sentimento que ninguém gosta ... mas que bem no fundo todos ansiamos por sentir, seja pelo significado ... seja pelo que representa ... quando surge é porque estamos vivos e sabemos que afinal ainda somos capazes de nutrir sentimentos por tudo o que nos rodeia, que estamos atentos, que somos emissores e receptores de sentimentos ... vivos, estamos vivos ...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

quase uma declaração !


quase uma declaração !

sim eu quero, sim eu aceito, sim eu preciso.

eu quero olhar para ti, eu quero que olhes para mim,
eu quero estar contigo, eu quero que queiras estar comigo,
eu quero gostar de ti, eu quero que gostes de mim !
sim eu quero !

eu aceito a tua vida, aceita a minha,
eu aceito o teu amor, aceita o meu,
eu aceito a tua liberdade, aceita a minha !
sim eu aceito !

eu preciso de carinho, precisa do meu carinho,
eu preciso de amor, precisa do meu amor,
eu preciso de ti, precisa de mim !
sim eu preciso !

é tão simples, não vamos complicar,
vamos deixar este filme rodar, esperar por um final feliz,
palmas, abraços e beijinhos ...
são para nós !

porque é bonito, lindo ...
porque sabe bem, muito ...
porque gosto de ti, tanto ...

podes pedir para não me apaixonar ... eu já te pedi uma vez,
agora sou eu quem sente ... o que sofreste sem queixas,
em silencio ... eu fico ...
e fico quanto tempo for ...
a olhar para ti enquanto descansas,
de olhos fechados sinto-te,
toco-te ... o teu corpo transpira amor,
a tua pele lisa suaviza o meu toque áspero,
o teu perfil nu cobre a luz e tapa-me com a tua sombra,
ofereci ... recebeste ...
ofereceste ... aceitei ...
agora sofremos ambos ...
à distancia relativa de um pensamento lembramo-nos constantemente de como juntos somos um ...
de como a noite se ilumina com a nossa paixão ...
de como a lua se esconde de vergonha ...
não nos vamos esquecer ...
de nada ...
de tudo ...

Dio

Ok, ok, voltei a mesma historia ... amor ... paixão ... blá blá blá
Que posso fazer, neste momento é o que sai, por isso fica aqui registado, sem medos, sem receios, sem segundas intenções ...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

! Suspiro


... suspiro ...

suspiro por gostar,
suspiro por amar,
suspiro por não estar ... com quem quero ...

suspiro por querer,
suspiro por prazer,
suspiro por estar longe ... de ti ...

suspiro por ti,
suspiro por mim,
suspiro por nós ... tão longe ...

suspiro ... sempre ...

suspiro de vontade,
suspiro de alegria ... quando chegas ...

suspiro de tristeza,
suspiro de saudade ... quando te vais embora ...

suspiro livre e verdadeiro,
demonstração física de um sentimento ... vem da alma ...

delírio ... limpo ... puro ...

gosto, não gosto ...
quero, não quero ...
sinto, não sinto ...
preciso, não preciso ...
ambos sabemos o que sentimos,
ambos sabemos o que queremos ...

és linda,
representas tudo para mim,
embora fora de tempo,
temos de aceitar o que já partilhamos.

o teu cheiro preenche a casa,
sinto-te presente,
estás comigo,
estás em mim ... sempre !

... suspiro ...

Dio

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Putinho ?


Eu quero Putin Flan

(atenção, a leitura deste texto pode-se tornar de alguma forma ordinária a medida que vamos relendo e encontramos outras mensagens e outros sentidos ... eheh – joking ... considerem-se avisados)

Putin flan é muito bom ...

feito com leite bem mugido de vacas russas,
daquelas boas e grandes,
com umas grandes tetas carregadas de vontade,
seja por gostarem de dar leite,
seja por gostarem de trabalhar...

nasceram nos locais mais rurais e refundidos,
vieram para portugal para pastarem em currais fechados e escuros,
em todas as cidades grandes, médias, pequenas, vilas, aldeias,
prontas para o trabalho forçado de fazer iogurte,
ou bater claras em castelo ...

ovos portugueses, claro,
bem mexidos,
com leveza e suavidade apalpados,
uns moles e pendurados,
outros duros e rijos como trinta cabras ...

mexido com um pau,
que não dobre,
dos portugueses,
remexem bem para não ficar encaroçado,
feito em lume brando para não colar,
nem cheirar a queimado,
não convém ...

deve ser servido bem frio para não enjoar,
assim come-se tudo,
não se correm riscos de querer guardar ...

prova,
come,
caga ...

Dio

eu não tenho culpa destes pensamentos perversos,
a mente é perversa !
vendo bem é bom quebrar um pouco a linha que andava a seguir,
quebrar mas não partir,
escolher outra via,
deixar as outras voltarem a encher ...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

consumiveis !


consumiveis !

quem encontrou ...
levou, se gostou ?
... se não gostou, deita fora !
... se gostou mete no bolso !
paga na caixa !

leva, mexe, prova ...
prova outra vez ...
só mais uma ...
... ainda não sabe ...
prova mais uma vez !

guarda na prateleira,
tem fome, vai buscar,
prova, lambe, come,
não comas tudo ...
podes querer outra vez !

diminui o sabor,
tantas vezes usado, abusado,
comido, lambido,
mexido...
fartaste-te, deita fora ...

... vai buscar um novo !

Dio

terça-feira, 23 de outubro de 2007

dados lançados !


e agora ...
atitude tomada,
dados lançados,
que sorte aguardar ?

sei, espero, que algo inesperado virá ao meu encontro,
bom, mau, não me interessa,
importante é estar consciente do momento actual,
conseguir lidar com o que me espera,
pronto, ok ... ansioso por este futuro imediato,
é verdade !

conversar é tão bom,
fase de partilha básica de conhecimento,
quem és, que fizeste, onde estás,
identificações, semelhanças, diferenças,
tentativa de encontro ...
de união !

lamechices,
tão giras, tão bom sentir a estupidez destes momentos,
giro... depois quando revejo os momentos,
quando estou a vivê-los nem sequer reparo.

fico extasiado, não estou, não existo,
bem ... estou mas é lá,
entregue ao momento sem tempo para analises ou ponderações,
estas já têm que ter sido feitas antes,
depois, de nada servem.

Dizem que paciência é uma virtude,
então neste momento virtuoso é o meu nome do meio.

Dio

Pensamento do Dia :
"...leite derramado, já não dá leite condensado ..."

... eheh ... ele há malucos para tudo !

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

delírio sobre paixão


para se sofrer ao menos que se sofra com paixão,
com paixão no sofrimento,
com paixão nos sentimentos,
com paixão nas emoções,
com paixão em nós ...

se é para sentir que sintamos a fundo,
se é para doer que doa como deve de ser,
pode ser que não nos esqueçamos para a próxima vez,
sim, porque eu acredito que vai haver outras vezes ...
muitas outras vezes ... muitas espero ...
sem medos ...
sem receios ...

por mais ninguém, ninguém vale o nosso sofrimento, sentimentos, emoções ...

temos de viver por nós, é nosso o poder de decidirmos como viver a nossa vida ...
são nossas as opções ... não tuas ... não dele(a) ...

quem não se ama não consegue amar mais ninguém, apenas vai atras de sugestões, influenciados e embriagados por algo em que queremos forçosamente acreditar...
paixão ...
ficamos cegos, o céu muda de cor, o sol brilha diferente, andamos dormentes, fixados num pensamento, numa pessoa ...
visão toldada e condicionada,
sonhos condicionados,
decisões condicionadas,
vida condicionada,
... liberdade ... condicionada !

mas ... é tão bom ...
flutuar na nuvem da paixão num mar de luz quente e ofuscante,
onde tudo se move harmoniosamente a nossa volta,
quando podemos abraçar as estrelas e sentir em nós o seu brilho,
felizes... sem preocupações !

existe um leque tão grande e diverso de sentimentos e emoções por sentir, com intensidades e durações tão diferentes...
recuso-me a negar e a fechar a porta a eles, venham a mim, venham ........

Dio

PS : Querias saber de onde vem a inspiração, como decidia o que escrever, ora este acho que responde a tua pergunta, este foi em ti.Felicidades, aceita a vida como ela é, como diz o VALETE (dos melhores Liricistas tugas do momento) " Não te adaptes, vem por esta via, há mais fascínio nessa diferença que te caracteriza ! ".



Gimme Chelas ( microfilme de Rui Reininho produzido para a 1ª edição Festival Microfilmes)