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quinta-feira, 26 de junho de 2008

plano amarrotado


plano amarrotado

neste plano amarrotado
flutuante desemparado
que nos serve como base
para esta vida tentada …

encontramos e perdemos
vivemos e morremos
somos tristes felizes
sem saber porque cá estamos !

pessoas e fantasmas
bonecos ou andarilhos
fantoches e marionetas
indecisos com caprichos !

andamos por andar …
saltamos por saltar …

desculpa ou fundamento
para esta busca incessante
de um motivo ou razão
para esta vida cadente !

não sei sequer o que procuro
mas sei bem o que já tenho
foi duramente conquistado
com muita dor e sofrimento !

esta paz material
física e bem terrena
acompanha-me nesta corrida
luta comigo pela vida !

só o ser não me chega …
algo mais tem de haver …
para além do mar …
para além das estrelas !

esta busca é conjunta …
só assim conseguiremos …
eu sinto … eu sei …
vamos encontrar !

dio

quarta-feira, 25 de junho de 2008

esperança amada !


esperança amada !

parado no presente
ansiava o seu futuro !

por um estreito vão espreitou
um relance do seu brilho …

essa potente luz vindoura
da alegria e da maravilha
um calor que o aqueceria
no inverno mais rigoroso !

era a suspeita confirmada
a companhia de uma amada
que um dia surgiria
destino desse instante
um real fruto rigoroso
do momento já passado
mas que ele desejava !

sabendo o que já sabia
essa visão maravilha
que sentida com emoção
gravou na sua mente
fixou-a no coração !

encontrou um novo alento
uma nova esperança de vida
objecto de sonhos e desejos
uma dádiva adquirida !

mas ele sabe que alterou
o seu futuro modificou
foi um presente traiçoeiro
este que ele aceitou !

mas ele não se importou
preferiu ficar assim
ansioso por acordar
um dia com o seu amor !

dio

sim, em paz !


sim, em paz !

esta paz que agora sinto
esta harmonia que encontrei
é o exemplo mais distinto
do resultado que procurei !

depois de muitas lágrimas
depois de tantas dores
com as palavras mais legítimas
calo agora os acusadores !

ouçam muito bem o que digo
serve a todos sem excepção
aceitem isto na vossa mente
esta é a minha absolvição !

limpo de terrores
caminho com vontade
com ajuda e sem favores
isto sim … é serenidade !

dio

quinta-feira, 19 de junho de 2008

fim de férias


já alguém uma vez disse :

" o que é bom acaba depressa ! "

e assim terminaram uma fabulásticas férias de viagem em boa companhia !

entre o inicio das férias e o seu terrivel e triste fim ...

... hão-de aparecer umas coisas que ainda não passei a limpo !

é necessário atenção !

mais precisamente entre 04/06/08 e 24/06/08 ! ! ! !

mais nada !

abraços,

diospiro

sexta-feira, 6 de junho de 2008

!!! Férias !!!

as ditas merecidas ...

festas e alegrias ...

... de bloco de apontamentos na mão !

Inté pessoal ...

diospiro

quinta-feira, 5 de junho de 2008

ruas negras


ruas negras

as ruas negras que persistem,
que abafam a luz do sol,
são a casa de tantas almas,
perdidas … vagueiam lentas,
no seu pesado vazio,
matam o seu instinto,
sentem-se esquecidas !

pode não ser a sua vontade,
mas é doença … é epidemia,
é miséria assistida,
ajudada e reforçada,
por tantos que assistem !

sufocados não respiram,
sem vacinas são esmagados,
ao oferecerem a sua vida,
por trocos imediatos !

são tantas as cabeças duras,
imensos são os tristes exemplos,
que na sua vida simplificada,
ou são burros amarrados,
ou cavalos de corrida !

estranhos prazeres,
sonhos azedos,
acções acorrentadas,
neste percurso minguado,
pelo desejo de quem é escravo,
não de si … mas do seu hábito !

cheios de medos recalcados,
destinos comprimidos,
em frascos bem fechados,
prestes a partir !

diospiro

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Brejenjas – o cego passou-se I


Brejenjas – o cego passou-se I

passava ao lado da tasca
com a bengala pendurada
quando ouviu a marosca
em conversa abafada !

é cego mas não é surdo
e de parvo não tem nada
conhece bem o Eduardo
e a sua conversa afiada !

entendeu logo … de imediato
e à porta duvidou se queria ficar
escutar … ouvir e pintar o retrato
do que se iria passar !

cedo o cego sábio decidiu
começou a andar devagar
na direcção oposta acudiu
a sua alma que grita por paz !

está farto desta estranha jogada
e das histórias que apanha no ar
agradece não sentir a cara
deste alvo que planeiam achincalhar !

mas fica muito triste por tudo
sente-se muito enfraquecido
sozinho … vai abandonado
caminha pelo passeio ferido !

mas quem são eles para isto
tanta asneira vomitada
começa a sentir-se antí-cristo
nesta aldeia revoltada !

lembra-se de vingança
pensa logo em ripostar
não lhes dar importância
tudo e todos arrasar !

começa a engendrar na mente
ri-se para dentro o malvado
de tudo troça acutilante
chega a ficar alucinado !

as lágrimas caem-lhe dos olhos
já não suporta mais nada
os seus cabelos grisalhos
são sinais de vida marcada !

mas ao deixar cair a bengala
desperta com o seu som
os seus sentidos arregala
sente tudo noutro tom !

por fim vai puder descansar
dormir um sono calmo e justo
na sua cama a noite passar
recarregar a paz em absoluto !

perdeu-se por uns momentos
deixou-se levar pela maldade
os humanos são agoirentos
são levados pela agressividade !

dio dast

segunda-feira, 2 de junho de 2008

desenterrar …


desenterrar …

sim … sou culpado !

sim … eventualmente !

posso admitir erros e enganos,
problemas e pesadelos,
desesperos e perdição,
parvoíces …
e … tanta outras coisas mais !

mas para quê ?
com que finalidade ?

o cansaço começa a tomar conta de mim !

porque urge tanto assim esta necessidade de me auto-fustigar com estranhos géneros de considerações …
de pensamentos e esforços mentais …
com um relembrar permanente de memórias quase esquecidas …
perdidas … escondidas sob emoções verdadeiras,
enterradas … cobertas por sentimentos leves !
estão no fundo … são pesadas …
trazê-las para cima de novo requer muito esforço,
esforço que fiz com muito custo para as colocar onde estão …
e agora … mais um esforço outra vez …
mas desta vez … para as trazer de volta !

nesta fina camada real que nasce e cresce,
onde diariamente refaço a minha vida,
tenho ganho o meu espaço,
tenho conquistado o meu conforto !
semeio sementes frescas de vida de qualidade superior,
por todo lado … faço e tapo cada buraco com carinho,
cuido e rego de cada uma com esperança e pureza,
quero colher frutos saudáveis …
receber o que dou … o que dei …
e dar mais ainda !

mas nem tudo está cicatrizado ainda,
nem posso acreditar que esteja …
os perigos voluntariamente invocados,
possuem uma tendência natural para a contaminação !
cada possível foco de doença identificado é marcado, isolado e estudado,
o seu percurso é destrinçado até à mais ínfima ramificação,
até não restarem dúvidas … pois estas são mortais !

dio



Gimme Chelas ( microfilme de Rui Reininho produzido para a 1ª edição Festival Microfilmes)