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quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

fé e deuses esquisitos


fé e deuses esquisitos

este pode ser um novo dia,
com ele o quente sol pode despertar,
e como se uma nova vida nascesse ...
descobre a alegria outrora encoberta !

as nuvens escuras e frias que se dissipam,
ter-se-ão eventualmente acabado ...
quem sabe ... até mesmo desaparecido,
e dar lugar a uma nova maravilha !

sem qualquer fé em deuses esquisitos,
nem mãos de santos ... ou estranhos cristos,
poderemos até esquecer de uma só vez,
todas as pesadas cruzes que nos prometeram !

quais são os olhos que podem ver o futuro,
que futuro podem ver com os olhos,
eventualmente serão uns olhos sem futuro,
ou mesmo um qualquer futuro sem olhos !

vamos queimar todas as facas sujas,
enterrar as lanças ensanguentadas,
esquecer tudo o que fora julgado,
por outros ... em nossa vez !

são milhares ... milhões de religiões,
com tantas promessas de milagres,
são tudo curas infalíveis ...
com tantas mentiras ...
são só mentiras !

acreditar em não acreditar,
não viver apenas vivendo,
não esperar por acontecer,
mas sim fazer com que aconteça !

a história humana é tão feia e má,
o retorno desconhecido ainda está para vir,
quietos vamos aguardando ... esperamos,
preparamo-nos para o que há-de vir !

uns melhor ... outros nem por isso,
mesmo os que pensam ... que julgam que sabem ...
não sabem distinguir se é sonho ... ou pesadelo,
o que querem ... que julgam conseguir !

dio


(081223c2240Lisb277/08)

o grosso couro da coragem


o grosso couro da coragem

todos os meus medos estão ...
existem debaixo desta grossa pele,
que a um vadio cão esfolei,
antes que este morresse !

depois de os seus pêlos rapar,
até apenas o seu grosso couro ficar,
vesti-o em mim para cobrir ...
para proteger do que me possa ferir !

e a ilusão do ser invencível,
tomou-me de uma só vez,
e a confiança que repasso,
eu sinto tanto ... eu acredito !

assim com este escudo vestido,
e comportamentos afectados,
algo cresce dentro de mim ...
é uma coragem inexistente !

levar-me a arriscar sem medidas,
quais receios ... o que é o medo,
que me coloca em tantas situações ...
tão fora de qualquer volta ...
e de qualquer vida !

resistir a este chamamento,
sempre tão irresistível,
de subir qualquer fasquia,
onde todos se detêm...
mesmo o medo !

olho à volta observando,
tão atento e crendo tanto,
que o caminho que todos tomam,
é o correcto para mim também !

acabo por despir ...
por tirar esta pele usada ...
que promete muita aventura,
mas a mim ... talvez não sirva !

dio

(081223b1740Lisb276/07)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

o cavalão


o cavalão

grande besta o cavalo tonto,
com uma língua tão comprida,
parece que não tem fim !

resmungão de extenso vocabulário,
insensível que cospe palavras horríveis,
que ofende tudo e todos sem questões !

ralha aos amigos ...
excomunga a família,
e de quem gosta ...
muito mais ainda !

é tão grande este cavalão,
é tão burro este animal,
não passa de um enorme tolo ...
tantas vezes ... e muito mais ainda !

veste o hábito de quem não é,
dispara letras sujas para quem não deve,
depois engole a merda que fez !

é um triste ser de trabalho,
um infeliz com vida assistida,
por vezes pelo espírito,
por vezes pela alegria ...
neste longo caminho,
tantas vezes perdido !

olha à tua volta ...
não menosprezes ninguém ...
muito menos de quem gostas,
e de quem gosta de ti !

dio

081222a0805Telhrs274/05

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

prazer já ! ( dio revisita 2007 )


27 -11-2007 c 15 : 15 h

prazer já !

mão esquerda no volante,

mão direita numa vontade muito própria,
numa zona escondida e húmida,

entre as pernas,
te encontra !

movimentos lentos,
plenos de vontade,
acariciam-te através das calças,
elas não escondem o entusiasmo !

a tua língua,
os teus lábios,
os teus seios de perfil ...
ofuscam-me a visibilidade,
e assim hipnotizado,
babo-me só de olhar !

encosto e desligo o carro,
tiro o cinto ...
precipito-me para ti,
sinto-te a respiração,
sobe a tensão,
meto as mãos pela tua camisa,
sinto o teu calor,
montes em carne,
prontos à minha espera,
não resisto em apertar !

puxo-te para o meu lado,
desconfortáveis arfamos,
pele com pele encostados,
finalmente juntos !

dispo-te as calças,
puxo com força,
tratas das minhas,
desapertas-me os botões,
estamos perto ... muito ...

enquanto nos beijamos,
tentamos encaixar,
mil posições já tentadas,
temos preferência,
sabemos como se faz,
com calma precipitamo-nos,
intimidade provada,
acção iniciada,
movimentos bruscos,
batemos um no outro,
com prazer acumulado,
pronto a revelar-se,
mas não deixamos esgotar,
ambos queremos,
ambos fazemos,
ambos estamos ... tão ...
... tão cansados !

... descrição básica para algo tão complexo,
duas pessoas apaixonadas com sonhos de prazer,
suores plenos de acção em situações de realização ...

... concentração difícil, viagens longas,
sensações e aventuras intermináveis, prazeres inesgotáveis,
fonte de juventude que nos alimenta o desejo ...

dio

( eu tento, continuo sempre a tentar, não vou parar, pelo menos por agora ... )

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

limpa ... pura ... o que procuramos ?


limpa ... pura ... o que procuramos ?

vida quente ... iluminada,
desperta o espírito ... eleva a alma,
serve pronta quem necessita,
a todos ... sem excepção !

o universo que nos rodeia,
tão frio e escuro ... infinito em tempo,
é morada eterna dos nossos deuses,
objectivo de orações e tantas preces !

são tantas formas de acreditar,
tantos objectivos imaginados,
mas a vida ... é sempre a mesma,
será sempre triste ... a realidade !

somamos tristezas com alegrias,
marchamos fortes pelo destino,
são momentos tão importantes,
desperdiçados por mil caminhos !

já fechámos tantas portas,
e recalcamos ainda mais os desejos,
criamos sucessivas fachadas ... disfarces,
para não nos sentirmos excluídos !

quase máquinas aqui andamos,
limitadas por uma consciência,
tão celebrada como sendo global,
e sempre acusada individualmente !

talvez as nuvens que vemos no horizonte,
se dissipem se de verdade acreditarmos,
que expondo sem medo o nosso ser,
possamos ser quem realmente somos !

talvez um dia o sol volte a brilhar,
fortalecendo cada espírito vivo,
permitindo uma nova via de vida,
limpa ... pura ... de agradecimento !

pisarei para sempre todos os nadas,
enterrarei todas as tristezas,
bem fundo para não as ouvir chamar ...
com os seus gritos horríveis de terror !

tantos erros que já foram consumados ...
tantos testes que já foram ultrapassados ...
apenas procuro o meu novo berço,
e não vou descansar ...
e sei que o vou encontrar !

prossigo contagiado e seduzido ...
agora já nada me pára !

dio


081203a0925CRib270/01

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sonho ... encontrei


sonho ... encontrei !

sonhar ...
apenas sonhar que sonho !

sonhar ...
voar pelo ar,
sonhar ...
navegar pelo mar !

sonhar ...
perder-me a encontrar ...
ou simplesmente sonhar,
que encontrava o que perdi,
que perdido sonhei que sonhava,
que encontrava o sonho ...
que perdido julgava !

dio



Gimme Chelas ( microfilme de Rui Reininho produzido para a 1ª edição Festival Microfilmes)