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sexta-feira, 30 de maio de 2008

obrigação … livre


obrigação … livre

o cão está sem trela,
é grande e gordo,
mais parece um boi … livre …
contente como num pasto,
ele passeia-se pela estrada !

pata aqui … pata ali …
mija no poste …
caga na pedra !

cheirava e lambia,
bebia e comia,
rosnava … ladrava,
era senhor da sua sombra,
fazia o que lhe apetecia !

contornava ou fugia,
para ele … quais obstáculos,
não existem impedimentos,
no seu caminho prosseguia,
sozinho … sem ordem … sem rasto,
ele ia por onde queria !

andava de noite ou de dia,
no seu ritmo desconcertado,
olhava por baixo … era igual …
indiferente lhe parecia …
não largava a liberdade !

abdicar de escolhas próprias,
obrigações desconhecidas …
cumprir … não …
isso ele desconhecia !

dio

quarta-feira, 28 de maio de 2008

vida


vida

a gratidão materializada que nesta vida atingi …

não escondo o esforço … não esqueço a dedicação,
sei que mereço esta alegria !

combato todos os dias,
transporto comigo a minha história,
repleta de erros repetidos …
mas nem tudo são memórias …

existem também lembranças esquecidas !

agora … dias lindos de brilho intenso,
limpam os olhos … descobrem horizontes,
mostram novos caminhos,
novo pensamentos na mente !

sabe bem puder olhar sem receios,
planear esta viagem permanente,
sem pausas ou paragens quaisquer,
persigo esta linha que julgo pura …
com todos os defeitos !

estes … que são só meus !

contemplo-me invertido,
outro eu … mas este vazio,
sinto inveja … deste reflexo,
brilhando num pedaço de vidro !

não pensa … não julga …
mas só existe devido a mim …
se não fosse assim não era nada,
seria outro reflexo …
outro alguém !

dio

segunda-feira, 26 de maio de 2008

o teu reflexo !


o teu reflexo !

o que vês quando te olhas
é só a parte de fora
não reflecte o que pensas
imaginas o que tu queres !

a roupa disfarça o corpo
não somos quem queremos
é máscara obrigada
por muito que o desejemos !

todos dependemos de tudo
não vivemos sozinhos
somos solitários acompanhados
esforçados companheiros
mesmo que não o mereçamos
sobrevivemos como podemos !

com ou sem ajuda prosseguimos
preocupamo-nos com avisos
falsos ou não … não sabemos
encaramo-los de frente
preparados como podemos
aguardamos dispersos …
a prova … a nossa vez !

por vezes sinto que gostava de ser quem não sou
mas ninguém é como quer
evoluímos e fazemos correcções
em alterações pensamos diariamente
quando nos olhamos ao espelho
prometemos ser diferentes !

tentamos consecutivamente
como guerreiros capazes e corajosos
enfrentamos todas as batalhas
com desafios e provas de carácter
demonstramos ser audazes
ou pelo menos assim parecer !

gostava de ser o teu reflexo
mas o teu reflexo não sou eu
embora seja reflexo do que és
não sou o espelho da tua vida !

dio

sexta-feira, 23 de maio de 2008

poder descansar !


poder descansar !

a esperança natural …
a busca de vida sem promessas …
poder descansar sem cobranças …

neste espaço em que vivemos,
despreocupados assistimos a maravilhas,
assistimos a espectáculos de cor,
convivemos livremente sem armadilhas !

só aqui nos podemos deitar e aconchegar a ultima luz do sol …
sem pedir nem esperar … sabemos que amanhã vamos acordar,
no seu abraço quente ele vai-nos embrulhar,
e quando estender o seu manto brilhante …
tudo e todos vai iluminar …
é tão imponente …
é o seu raiar !

uma lágrima que nasce no olho,
neste novo corpo renascida,
lentamente desce sem percurso,
isenta de culpas … absolvida !

paz …
tranquilidade …
esta é a busca …
anseio a liberdade !

dio

o superior ?


o superior ?

é incansável o poder desconhecido,
ele está sempre onde é preciso,
mesmo não o invocando !
mesmo invisível … sinto a sua presença,
é grande e sinto a sua ajuda,
ele segura-me … dá-me a mão !
eu não sei se acredito nele,
nada lhe peço portanto,
será ele assim tão bondoso,
ou terei eu outro destino !
porventura será o dele … não o meu !
sei que o seu relógio está coordenado,
está alinhado com o meu andamento,
as minhas horas são as dele,
os segundos são ... apenas momentos !
são tudo histórias que eu faço,
neste livro vivo improvisado,
por vezes … sinto-me … não …
eu sei … eu sou o seu palhaço !
apenas um boneco de carne viva,
que em cambalhotas sucessivas,
vai saltando por cima de armadilhas disfarçadas !
surgem do nada à minha frente,
e eu pulo e salto … desvio-me como consigo,
assim ele me permita,
assim seja o seu desejo !
peço a mim e peço a ti,
e ainda mais peço a todos sem receio,
falo e abro-me com vontade,
tenho de estar protegido,
com todos tenho de contar !
por vezes só preciso de companhia,
raramente de ouvidos,
tantas de um ombro amigo,
onde sei que posso chorar !
neste caminho duro de curvas apertadas,
que faço com cuidado e devagar,
em cada curva faço um amigo,
alguns nada pedem em troca,
a estes eu retribuo com o que posso dar !
nisto eu acredito, a minha gratidão é grande,
dentro de mim sinto uma infinita vontade de agradecer,
a quem sei e conheço faço-o bem, mas como fazer a ele,
este poder em que não sei se acredito ?

obrigado por tudo … obrigado por nada …
obrigado a ti que lês e que eu não conheço,
podes nem saber … mas eu sei,
talvez sejas tu o meu próximo amigo !

dio

quarta-feira, 21 de maio de 2008

o critico de rimas


o critico de rimas I

o teu doce recheio,
que provo sem hesitar,
alegra-me o espírito,
não consigo parar !

>é uma rima bonita, apesar de todos os sentidos malandrecos que se podem daqui sub-entender, não podemos julgar o artista pelas suas intenções !

aquelas lindas montanhas …
estão limpas de vegetação,
corro por elas acima,
deslizo por elas com a mão !

>ora aí está, outras tantas disfarçadas …
>ah pois é !

entro num pequeno vale,
que neste campo avistei,
é apertado … quente,
lá dentro … me enfiei !

>eheheheheh, é rima fácil fácil,
>e engraçada, bom para dar uma pequena gargalhada !

a felicidade eu adivinho grande,
entusiasmo-me com tudo isto,
não existe quem me abrande,
a tudo eu estou disposto!

>mais nada … nada de receios na aposta das rimas !
>é isso mesmo !
> … será possível ir mais além ?

reparo nos bicos espetados,
chamam alto por mim,
sem olhar lambo a carne,
que os ostenta assim !

>já está a pisar a malagueta … ehlá … han ?

dois corpos juntos aquecidos,
geram odores apaixonantes,
activam climas desejados,
cometem-se actos alucinantes !

>assim sim … que bom ao ouvido !

diospiro

domingo, 18 de maio de 2008

o triste regresso


o triste regresso

o combatente de regresso
está ferido e amargurado
percorre a sua terra destruída
neste mundo está sozinho … desolado !
mudo atravessa a paisagem
segue cabisbaixo o seu caminho
em tropeções vai balançando
sem pensar … nada … anda perdido !
a sua mente está perturbada
está confuso … baralhado
estranha habilidade para sobreviver
onde pereceram os seus mais amados !
chora soluçando e a culpa afoga
tem dificuldade em aceitar
que como ele existem outros tantos
que entes queridos também perderam !
ai querida amada onde estás
espero que tenhas conseguido fugir
com o nosso filho amado ao colo
e o meu irmão arrastado contigo !
raio de fado desgraçado
murmura enquanto respira
sente uma ansiedade tremenda
com a solidão que se avizinha !
fiz de tudo quanto podia
para vos proteger deste final
sobrevivi e estou aqui
sozinho … é esta a minha sina !
gostava de conseguir desistir
de subir as escadas para ir ter contigo
vamos estar juntos todas as noites
nem que seja em sonhos e pensamentos !

dio

sexta-feira, 16 de maio de 2008

o vento destino


o vento destino

a chuva cai sem parar
descem sem alvo aparente
puras … disformes
empurradas pelo vento !

as faíscas da fogueira
sobem pelo meio destas lágrimas
nem os deuses as apagam
há sempre alguma que passa !

o vento despreocupado
contempla todos por igual
serve a chuva e a fogueira
serve ambas sem receios !

ninguém manda
ninguém pode
ninguém faz
todos fogem !

do vento ou da chuva
ou do vento que traz a brasa
leva o fogo e leva a água
mesmo o frio ele afasta !

não te vás … fica aqui
manda o vento parar
comigo estarás protegida
corre para o meu abraço !

confia em mim
acalma-te … sossega
tenho luz … não estou perdido
mesmo não sabendo o caminho
sei que algures … chegaremos !

com paz seguiremos
enfrentemos o destino
seja ele qual for
temos coragem
nada de medos !

os sonhos elevam a alma
e a alma dá-nos alento
somos sol … talvez lua
ou as estrelas no firmamento
não … não tenho dúvidas
faremos o nosso destino !

dio

quarta-feira, 14 de maio de 2008

colaboração dependente – a molécula espiritual !


colaboração dependente – a molécula espiritual !

o emaranhado molecular que faz parte de tudo, inclusive de nós, na nossa curta passagem por este mundo, tal como o conhecemos, serve por si só de exemplo do quão prisioneiros somos desta nossa componente física na nossa existência enquanto seres vivos !
até mesmo agora por exemplo, este pensamento surge de uma estranhíssima colaboração dependente entre uma parte não material e outra material !
tudo o que aqui está exposto foi produzido por um órgão, material, formado por moléculas incontáveis, e que sem o qual a nossa espiritualidade seria impossível !
… a nossa componente espiritual !
… a nossa componente física !
podemos divagar tanto quanto quisermos sobre qualquer assunto, ou sobre qualquer coisa que eu tenha já escrito aqui até agora, mas qualquer que seja a reflexão que se faça, virá sempre de encontro a esta minha conclusão !

… cada individuo vive consigo numa colaboração dependente !
todos somos dependentes, mesmo que não o queiramos ser …
o nosso espírito não existiria nunca sem a nossa máquina de sonhos, que também pode ser de pesadelos !

partimos logo mal desde o inicio e o risco é grande, sendo esta parte espiritual carregada de vontades e desejos super-aditivos !
quando mal direccionadas podem levar a grandes estragos … e atenção que estou a falar apenas da nossa espiritualidade e consequentemente de tudo o que não seja material !
todos sabemos disto, só que infelizmente, por vezes, não nos lembramos !

ora bem, muitas vezes … mesmo muitas, dizemos que andamos a bater mal da molécula !
verdade … absolutamente verdade !
visto assim, esta expressão ganha toda a força, o que a torna mais divertida ainda !

seja quem for o nosso original fabricante, gostaria de obter o seu contacto, tenho uma série de defeitos que lhe gostaria de reclamar !
como não tenho, utilizo tudo o que me rodeia para os conseguir contornar e de alguma forma tentar melhorar a minha passagem minorando-os como consigo, eu sei que não os vou poder eliminar, e o meu esforço tem sido mais que muito !
tentar melhorar a qualidade de vida utilizando ferramentas que não afectam ninguém a nossa volta é o caminho !

é difícil,

ninguém me disse que seria fácil,
e o mais importante de tudo …
fui eu que escolhi !

diospiro

terça-feira, 13 de maio de 2008

o que é ?


o que é ?

é água quente nascente
que o corpo expele
é reacção de esforço
em pequenos pingos na pele !

a carne está contraída
e à dor insensível
é uma abstracção total
neste ambiente inesquecível !

é execução de intuição
e com másculos movimentos
somos personagens atraídas
improvisamos os argumentos !

são treinos sucessivos
que exploram capacidades
são o apuro da excelência
é libertação de ansiedades !

o nosso peso desaparece
ficamos suspensos no ar
extasiamo-nos flutuando
somos pássaros a voar !

posicionamo-nos aleatoriamente
influenciamos a gravidade
pressionamos tudo e todos
somos rebelia de liberdade !

alvo de inveja e ciúmes
com desdém cobiçados
progredimos no caminho
todos deixamos admirados !

explosões e estrondos
foguetes surdos
fogo de artificio
altos sons mudos !

ninguém pode parar esta força
e é impossível de armazenar
gastamos tudo o que podemos
e ninguém nos pode condenar !

dio

( já estava com saudades de umas rimas básicas sobre assuntos sérios ! )

segunda-feira, 12 de maio de 2008

julgar ?


julgar ?

não são só as pétalas das flores que as tornam bonitas …
muitas outras características fazem delas exemplos vivos dotados de uma extraordinária beleza e alvo de admiração …

porque havemos nós;
género de espécie transformada sem regras;
auto-mutantes de reprodução extinguível …
denominarmo-nos como detentores de sabedoria somada,
sujeitos de beleza extrema e capacidades extraordinárias,
julgar seja o que for ?
se nós próprios; e contra mim falo;
decidimos ir contra a natureza !
torneámos uma lei empírica pelo qual todo o resto do mundo natural se rege,
facilitamos e ajudamos os mais fracos,
transformámo-los em animais dependentes desta sociedade assumidamente protectora,
invertendo basicamente o sentido da lei do mais forte !
qual será o nosso destino ?
agora que somos os nossos próprios predadores,
que defesas teremos para nos combater ?

matar os mais fortes ?

ao que tudo indica é este o caminho que falta,
substimar quem consegue …
consagrar os oprimidos …
fracos ao poder,
abaixo os campeões !

esta visão não me sai da cabeça,
rio-me com lágrimas de choro,
disfarço o meu poder,
refreio o meu desejo !

dio

é apenas um sonho recorrente !
estúpido quanto baste para lhe dar este cuidado !

domingo, 11 de maio de 2008

na mão de ninguém !


na mão de ninguém !

pedras trabalhadas
com altas marteladas
são potentes pancadas
e marcadores semi-eternos
de vidas acabadas !

encontros perdidos
em terra enterrados
restos de percursos
sem valores marcados
bem sofridos e suados !

memória em letras escrita
muitos caminhos esquecidos
tantos interesses perdoados
será sossego merecido
é a paz eterna reclamada !

na mão de ninguém
não valem o que custaram
não é o peso que interessa
ou mais-valia atingida
agora nada são
só pó e cinzas restaram !

fantasmas prometidos
assombrações amaldiçoadas
apenas sombras desgastadas
sem calor nem sangue
jazem quietos no seu buraco !

o escuro da noite no chão
o frio do ar é indiferente
nula amargura pessoal
já nada é o que era !

o tempo continua o seu caminho,
indiferente a cada indivíduo,
nada o pára … nada o faz recuar,
é independente … vai sozinho,
pode ser exemplo a ser seguido,
pode ser tudo … para acabar em nada !

dio

sexta-feira, 9 de maio de 2008

o que é ?


o que é ?

depois de quase uma completa semana esquisito,
eis que surge novamente o dio com tudo o que lhe pertence !
estas situações estranhas são, felizmente, poucas e curtas !
a razão desconhecida que provoca toda esta situação está já colocada na pasta de análise e não vou ocupar o meu tempo precioso, nem sofrer com uma objectiva preocupação extrema sobre este assunto, ou então não faria mais nada que não análises sucessivas !
isto da mente limpa,
de agir em conformidade com regras impostas;
com muitas das quais nem sequer concordo;
de pensar e apenas depois agir,
de fazer auto-inventários de fim de dia,
de tirar inventários dos outros,

de viver comigo e com tudo o que isso acarreta,
de resistir constantemente a pressões internas,
mais importante ainda … as externas;
estas ultimas chegam mesmo a ser demoníacas …
bom … levar para a frente tudo isto,
é difícil mas possível,
assim tenho constatado !

o que eu gostava mesmo …
mas mesmo muito … era …
de puder não afectar quem me rodeia !

mas não devo pensar assim,
devo sempre ser como sou,
demonstrar o que sinto e como me sinto,
assim sei que serei sempre verdadeiro,
sem medos … ou quaisquer receios !

esta vida é linda,
repleta de desafios,
objectivos a traçar,
metas a cumprir !

diospiro

quinta-feira, 8 de maio de 2008

sinto-o reflorescer !


sinto-o reflorescer !

hoje acordei com o sol a brilhar,
virei-me para ele …
é quente …
aceitei a sua luz,
guardei-a em mim !

este calor é bom prenúncio,
é porta para a liberdade !

quente e saudável …
alimenta-me em sossego,
ilumina a minha alma,
é o adubo do meu espírito …
sinto-o reflorescer !

saio da minha penunbra fria,
só um pouco de cada vez,
devagar espreita um novo dia,
um segundo de cada vez !

dia a dia o tempo vai passando,
noite a noite os sonhos renovando,
ansiando apenas liberdade,
coloco análises em segundo plano !

de cabeça erguida penso no passado,
sem retornos ou retrocessos …
nada mais são do que memórias,
que intermitentemente assolam …
esta mente … agora … protegida !

entro e saio da escuridão,
são segundos em cada hora,
mas a mente está atenta,
acordada … desperta,
reconheço erros repetidos,
e não os posso esquecer !

para sempre será sombra,
sempre escura em perseguição,
só à noite ela desaparece,
perigo … está pronta a atacar,
indefinida pela noite e sem limites,
ela está em todo o lado !

diospiro

terça-feira, 6 de maio de 2008

como somos nós !


como somos nós !

a tua pele suave,
puxa as minhas mãos …
os meus dedos,
colam-se em ti,
tocam-te e percorrem-te,
sinto-te vibrar …
sinto o teu calor !

o teu cheiro …
aspira-me para ti …
é uma força invisível,
magnetismo imponente,
é irresistível tentação,
somos dois corpos apenas …
carentes … sedentos !

de nariz encostado a ti,
eu mordo-te lentamente …
deixando pequenos pedaços entre os dentes …
que lambo … que provo …
que molho com a língua encharcada!

o contacto aumenta,
agarramo-nos com força,
as sensações multiplicam-se,
nesta união explosiva,
os nossos corpos fundem-se num só,
pele e carne … sentimentos e emoções,
tudo é cola que nos junta,
fervida em acções obscenas !

a luz apaga-se,
o barulho desaparece …
o universo somos nós,
o escuro e as estrelas,
planetas e satélites,
somos lua e terra juntos,
embalados por raios cósmicos,
e neles … adormecemos !

dio

segunda-feira, 5 de maio de 2008

confio na minha pontaria !


confio na minha pontaria !

a magia não me serve,
não acredito nem um bocadinho!

questiono a fé em que acreditei,
reforço o poder da palavra de quem me ajudou,
refaço ideias e pensamentos !

continuo a rezar a ninguém em frente a mim ao espelho,
não conto com ajudas gratuitas ou oferecidas,
luto comigo por mim neste caminho,
abro os olhos com a ajuda dos meus dedos,
receio que se queiram fechar sem eu querer,
vou atento … sigo assim !

tenho uma alma a quem confesso,
não é só uma … são duas …
pois eu também conto,
só numa acredito,
só uma me faz sentido !

histórias imaginadas,
que se perdem no tempo …
filmes feitos à medida,
elaborados ao segundo …
esperança é um motivo,
não receio finais felizes …
quero tanto tanta coisa,
faço tudo por nada …
aponto a mira no resultado,
confio na minha pontaria !

dio

sábado, 3 de maio de 2008

são fios de água que correm pela janela !


são fios de água que correm pela janela !

este emaranhado desordenado ...
fios de água que escorrem pela janela ...
encontram sempre caminhos novos ...
fazem lembrar ... os teus cabelos !

soltos ... livres ...
voam ao sabor do vento,
abanam com o teu andar,
sem padrão marcado,
sem dono brincam sozinhos !

cada fragmento ... cada marca,
como recordações ...
não são mais do que memórias perdidas,
produto de anos de vida,
estas ... impossíveis de voltar !

como rede invisível,
linhas de um radar,
perscrutam ao teu redor ...
e tocam-se ... e rodopiam ...
são graciosos identificadores,
de assinatura muito própria ...
indelével marca registada,
acompanham para além do fim !

longas histórias compridas,
bem guardadas lentamente se afastam,
devagar vão sendo cortadas,
sendo postas de fora ...
mortas ... sem vida !

dio



Gimme Chelas ( microfilme de Rui Reininho produzido para a 1ª edição Festival Microfilmes)