Brejenjas – o cego passou-se I
passava ao lado da tasca
com a bengala pendurada
quando ouviu a marosca
em conversa abafada !
é cego mas não é surdo
e de parvo não tem nada
conhece bem o Eduardo
e a sua conversa afiada !
entendeu logo … de imediato
e à porta duvidou se queria ficar
escutar … ouvir e pintar o retrato
do que se iria passar !
cedo o cego sábio decidiu
começou a andar devagar
na direcção oposta acudiu
a sua alma que grita por paz !
está farto desta estranha jogada
e das histórias que apanha no ar
agradece não sentir a cara
deste alvo que planeiam achincalhar !
mas fica muito triste por tudo
sente-se muito enfraquecido
sozinho … vai abandonado
caminha pelo passeio ferido !
mas quem são eles para isto
tanta asneira vomitada
começa a sentir-se antí-cristo
nesta aldeia revoltada !
lembra-se de vingança
pensa logo em ripostar
não lhes dar importância
tudo e todos arrasar !
começa a engendrar na mente
ri-se para dentro o malvado
de tudo troça acutilante
chega a ficar alucinado !
as lágrimas caem-lhe dos olhos
já não suporta mais nada
os seus cabelos grisalhos
são sinais de vida marcada !
mas ao deixar cair a bengala
desperta com o seu som
os seus sentidos arregala
sente tudo noutro tom !
por fim vai puder descansar
dormir um sono calmo e justo
na sua cama a noite passar
recarregar a paz em absoluto !
perdeu-se por uns momentos
deixou-se levar pela maldade
os humanos são agoirentos
são levados pela agressividade !
dio dast
Palavras com amores...
Há 3 anos
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