local livre ..... local de fuga ..... com respeito ..... com desrespeito ..... com admiração ..... divagação ..... viagens ..... tantos sentimentos ..... tantas emoções ..... tantas libertinagens soltas ..... tantas vezes perigosas !
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Brejenjas – o cego passou-se I
Brejenjas – o cego passou-se I
passava ao lado da tasca
com a bengala pendurada
quando ouviu a marosca
em conversa abafada !
é cego mas não é surdo
e de parvo não tem nada
conhece bem o Eduardo
e a sua conversa afiada !
entendeu logo … de imediato
e à porta duvidou se queria ficar
escutar … ouvir e pintar o retrato
do que se iria passar !
cedo o cego sábio decidiu
começou a andar devagar
na direcção oposta acudiu
a sua alma que grita por paz !
está farto desta estranha jogada
e das histórias que apanha no ar
agradece não sentir a cara
deste alvo que planeiam achincalhar !
mas fica muito triste por tudo
sente-se muito enfraquecido
sozinho … vai abandonado
caminha pelo passeio ferido !
mas quem são eles para isto
tanta asneira vomitada
começa a sentir-se antí-cristo
nesta aldeia revoltada !
lembra-se de vingança
pensa logo em ripostar
não lhes dar importância
tudo e todos arrasar !
começa a engendrar na mente
ri-se para dentro o malvado
de tudo troça acutilante
chega a ficar alucinado !
as lágrimas caem-lhe dos olhos
já não suporta mais nada
os seus cabelos grisalhos
são sinais de vida marcada !
mas ao deixar cair a bengala
desperta com o seu som
os seus sentidos arregala
sente tudo noutro tom !
por fim vai puder descansar
dormir um sono calmo e justo
na sua cama a noite passar
recarregar a paz em absoluto !
perdeu-se por uns momentos
deixou-se levar pela maldade
os humanos são agoirentos
são levados pela agressividade !
dio dast
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