quarta-feira, 26 de março de 2008

brejenjas - o bêbado, o cego e o armando !


brejenjas - o bêbado, o cego e o armando !

caiu mal saiu da tasca
o louco anafado
tal era a borrasca
do bêbado amarfanhado !

tropeçado no estranho
que era portador de bengala
revirava os olhos
enquanto se levantava !

ai a minha carola
gritou para o alto
desta aldeola
feita em basalto !

dói-me tanto os cornos
gritou para o armando
agarrado aos adornos
enquanto se foi abeirando !

quem é este indagou
que me fez tropeçar
nunca o vi por aqui
pergunta ainda a balançar !

no mato sei que não se perde
da terra colhe o que semeia
pois enquanto assim abanar
não se afunda na areia !

ai bêbado estragado
tão longe da realidade
a tua cura passa ao lado
mas sei que não tens maldade !

não sabes que vejo preto
preto é a minha cor
não sei o alfabeto
desconheço o amor !

não me importo
não tens de saber tudo
andas sempre toldado
falas muito … não és mudo !

imagino-te feio e sisudo
e muito mais que não digo
desconfiado sobretudo
mesmo assim meu amigo !

o armando coitado
dono do minimercado
respondeu ao bêbado baixinho
é o cego … teu vizinho !

Dio Dast


( … pois … é giro brincar com as rimas ! sério ! )


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