brejenjas - o bêbado, o cego e o armando !
caiu mal saiu da tasca
o louco anafado
tal era a borrasca
do bêbado amarfanhado !
tropeçado no estranho
que era portador de bengala
revirava os olhos
enquanto se levantava !
ai a minha carola
gritou para o alto
desta aldeola
feita em basalto !
dói-me tanto os cornos
gritou para o armando
agarrado aos adornos
enquanto se foi abeirando !
quem é este indagou
que me fez tropeçar
nunca o vi por aqui
pergunta ainda a balançar !
no mato sei que não se perde
da terra colhe o que semeia
pois enquanto assim abanar
não se afunda na areia !
ai bêbado estragado
tão longe da realidade
a tua cura passa ao lado
mas sei que não tens maldade !
não sabes que vejo preto
preto é a minha cor
não sei o alfabeto
desconheço o amor !
não me importo
não tens de saber tudo
andas sempre toldado
falas muito … não és mudo !
imagino-te feio e sisudo
e muito mais que não digo
desconfiado sobretudo
mesmo assim meu amigo !
o armando coitado
dono do minimercado
respondeu ao bêbado baixinho
é o cego … teu vizinho !
Dio Dast
( … pois … é giro brincar com as rimas ! sério ! )
Palavras com amores...
Há 3 anos
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