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turbilhões
dormir... tarefa difícil,
assaz complicada...
de conseguir...
atingir... alcançar !
em qualquer descanso,
ou momento de sossego,
ou apenas ... na tentativa...
de assim ficar...
de querer estar...
sem razão... aparecem...
surgem muito de repente...
vindas não sei de onde...
e por razões que desconheço...
milhões de tempestades,
milhares de turbilhões...
muitos... confusos...
todos misturados...
confundidos...
eles são chorados !
pensamentos ofendidos,
carregados de emoções...
de sentimentos calcados,
escondidos... guardados,
que soltos correm... fogem,
sem algemas... sem grilhetas,
de uma vez só... libertados...
sem pedra nem cadeado,
ferrolho ou chave mestra...
sem nada que me valha...
que os segure sossegados,
sou atacado por letras soltas...
assassinas de qualquer paz,
juntas em palavras más,
metem-me medo...
quando as oiço...
quando escuto...
o que desejam !
aguardo... quieto...
sossegado... sem barulho,
sozinho... a olhar...
pode ser que não me vejam,
que passem sem reparar...
em mim... aqui parado !
aguardo pelo tempo...
este que vai passando,
suavizando esta agonia,
que teima em ficar !
aguardo só outra aurora...
preparo só um novo dia,
esse por que tanto anseio,
o da minha hora...
seja dia... ou mesmo ano...
o meu tempo de descanso,
acreditando... quase sempre,
em tudo o que de bom existe,
e em que a felicidade perdida,
que voa brava e corajosa,
pelo ar... solta... livre,
me encontre ainda vivo...
achado... ou perdido...
numa qualquer estrada...
ou num caminho...
de volta...
para mim !
é um anuncio de sono morto,
é o cansaço criado por uma vida !
gostava de ter quem amo...
ao meu lado...
mas não tenho... e a ajuda...
agora... após desperdiçada...
só a minha !
dio
20120221a0150StaCat
Palavras com amores...
Há 3 anos
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