quarta-feira, 9 de abril de 2008

todos uns bastardos !


todos uns bastardos !

tantos pássaros de asas abertas,
desenham no céu figuras aceleradas,
dejectam pelas suas rectro fendas,
armas biológicas em grandes cagadas !

nas ruas tocam alto os alarmes,
de mais um ataque deliberado,
todos fogem em cardumes,
para debaixo de tecto levantado !

mesmo depois de passarem,
restam perigos em todo lado,
no chão ou nos telhados a abanarem,
prontos a atingir o mais descuidado !

os passeios são caminho minado,
desviamo-nos em curvas curtas,
mas sempre com passo acautelado,
damos saltos como acrobatas !

chão sujo e porco já não nos espanta,
estamos todos mais do que habituados,
toda esta merda junta parece que nos encanta,
estamos todos nesta enorme fossa entrincheirados !

nem uma escada ou corda nos enviam,
nada que nos tire deste buraco,
mesmo salvos mas sujos não nos queriam,
na entrada do seu barraco !

podem ser todos grandes e poderosos,
mas no fundo todos uns bastardos,
metem tudo para dentro dos bolsos,
são cães raivosos açaimados !

riem-se dos coitados sofredores,
que lutam para sair dos buracos,
chegam mesmo a ser abusadores,
dos direitos humanos aclamados !

para quê tanta maldade,
tanta tristeza criada,
esta é a nossa actualidade,
por coisas menos importantes abafada !

as grandes potencias reconhecidas são obra prima do atropelo dos mais fracos que foram pisados !

Dio Dast



Sem comentários:

Enviar um comentário