quarta-feira, 9 de abril de 2008

pureza … que tontice !


pureza … que tontice !

vestida de pele tecida,
o seu tom avermelhado trespassa esta figura,
mesmo disfarçada não esconde a sua origem,
tudo não passa de uma tentativa frustrada !
tenta passar despercebida no meio da multidão,
figura alta e bem cuidada,
de cabelo negro comprido …
está apanhado às costas colado …
abraçado por fios de pele em cores tingidos,
que de um lado para o outro … abanando suave,
acompanha o seu andar !
tudo é estranho ao seu olhar …
todos estranham ao seu passar …
de diferentes perspectivas se analisam,
de diferentes formas se aceitam !
diferentes mesmo humanos,
não podem ser mais que animais,
de estigmas ou fobias nos bolsos,
viram costas ou reagem …
ou fingem nem sequer ver !
estranhos passados confundidos,
neste presente misturados,
impossíveis de separar,
pureza … que tontice,
isso já não existe !

Dio Dast

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