sexta-feira, 11 de abril de 2008

a minha liberdade ?


a minha liberdade ?

as solas dos meus pés estão frias e colam-se ao chão a cada passo …

nesta caminhada … miro o longínquo horizonte brilhante … é bonito e atractivo, mas não deixa de ser apenas um dos motivos que me atraiu neste projecto sem fim que empreendo !
a busca de um eu diferente, a busca de uma compreensão positiva sobre este mundo feio, a busca de uma espiritualidade desconhecida … a verdadeira liberdade … a consequente felicidade !

engraçado é como nos julgamos tantas vezes livres … todos …
mas depois de uma verdadeira e atenta observação, reparamos que qualquer que tenha sido a nossa opção, terá sido decidida sobre valores antigos, valores que nos são transmitidos pela vivência, não apenas nossa, mas sim a de todos que nos rodeiam, mesmo com quem não convivemos, perduram e lentamente evoluem conforme a sociedade !

apesar de aparentemente estes valores se apresentarem como dinâmicos, as alterações e evoluções são lentas demais para muitos indivíduos … aqui é onde eu me encaixo !
assim, onde está a nossa liberdade se qualquer que sejam as decisões, estas estarão sempre condicionadas por modos antigos, modelos de vida, ambições progressivas … por vezes doentias … regressivas até !

este meu desejo de libertação já vem de longe …
eu não quero obrigar ninguém a mudar comigo ou por mim, isso está completamente fora desta questão !
mas se eu aceito cada personagem desta telenovela real, tal como é …
será assim tão difícil aceitarem-me como eu sou ?
aceitarem-me com as minhas muito próprias questões, dúvidas, certezas, desejos …
aceitarem-me com os meus sentimentos, com as minhas fragilidades, com as minhas emoções …

não quero mudar nenhum modus vivendis pessoal ou generalizado, pretendo somente e apenas o meu !
considero-me apto para me adaptar a qualquer realidade, mas não para me alterar em favor de alguém ou de alguns !
evoluo tal como consigo, na minha velocidade personalizada persigo os objectivos que considero essenciais para a minha progressão em vida !

vou como posso … como consigo !
sei muito bem do que não preciso e do que não quero !
esforço-me com uma máxima bem presente em mente - se digo, faço !

é óbvio que gostava que fossem todos iguais a mim …
hum … e quem sou eu para desejo tal !

diospiro

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