quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

pobres almas !


pobre almas !

nos cafés ... sempre,
pobres almas perdidas,
em fundos profundos de copos e garrafas,
não interessa a cor,
chegam contentes,
ávidos, desejosos,
sabem que ao vê-lo,
segue o seguinte !
gestos repetidos,
levantamentos sucessivos,
veneno engolido ...
corpos secos que grunhem e vomitam,
através de palavras tontas,
vazias e sem sentido,
falam entorpecidos !
vidas propositadamente entornadas,
escondem a falta de coragem de enfrentar a verdade ...
que sentir ?
que fazer ?
nada posso ...
só fugir,
chorar e rogar,
por eles rezar,
perdão pedir,
pois não sabem o que fazem,
não se sabem perdidos !
pelo liquido de um deus antigo são levados,
seguem confiantes um caminho sem fim desconhecido,
e o seu guia ...
sempre seco ...
pede mais,
muito mais !


Dio

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