sexta-feira, 30 de novembro de 2007

giro, a vida ?


giro, a vida ?

giro ?
giro é o bacalhau que nasce nas arvores !
giro é a banana cor de laranja !
giro são as girafas pigmeus !
não a vida que vida que vivemos !
somos pedras ... imóveis, insensíveis ... vemos o mundo de uma realidade mentirosa através de uma lente desfocada ... acreditamos piamente em falsidades prégadas ...
como macacos fechados numa jaula sem grades ou quaisquer limites, agimos de forma condicionada, sempre ... vivemos adormecidos e fingimos sonhar ... encontramo-nos enclausurados num corpo sem qualquer vontade própria ... a busca da espiritualidade é constante, uns buscam a espiritualidade na religião, outros em bens materiais, outros na luxúria ... a espiritualidade de que falo não é mais que a busca incessante de uma sensação de plenitude, felicidade, preenchimento sensitivo e emocional, um encontro com um auto-conhecimento muito pessoal, muito intimo ... quem se conhece bem ? que nome chamas àqueles sentimentos que por vezes te assolam ... e porque o fazem ... como acontecem ... como se curam ? mas será que queremos mesmo saber ? será melhor mantermo-nos nesta ignorância completa, vivermos como paus mandados, sem questionar tudo e todos, sem questionar a nossa própria existência, o que fazemos aqui, para quê ?
isto é estranho, isto é difícil ... mas suportável ...
atenção que isto não passa de uma análise intencionalmente crua e dura ...
custa-me dizer isto, mas é preciso estarmos descontentes ...
fechamo-nos automaticamente, depois pedimos para nos libertarem ...
a masmorra que construímos para viver é frágil, necessitamos sempre que alguém tire a primeira pedra para tudo se desmoronar, para podermos sairmos dela e libertarmo-nos, fugir do castelo, saltar as muralhas que nos rodeiam, não nos vamos iludir, a nossa masmorra é apenas uma de milhões ...
construímos para poder destruir !
é verdade !
isto é a vida ...

Dio Dast

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