quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

vida minha vida...



vida minha vida…


o que se passou aqui…

não percebi…

foi tão de repente,

o escuro… o frio…

tudo isto me inundou,

tudo muito tenebroso…

e este ar que respiro…

tenho tanto medo !


o meu corpo tremeu,

sempre já tão receoso…

dos males escondidos,

dos actos perversos,

das parvoíces lembradas,

de todas… de tantas...

memórias recalcadas…


mas afinal… o que se passou,

qual a razão de ser assim,

porque consegues tu minha vida…

ser tão malvada para mim ?


porque me castigas…

mastigas… torces-me,

apertando-me sempre…

sempre até… mais não,

calcando-me sempre…

sempre até… até mais nada,

mais nada de mim restar !


serei assim tão mesquinho,

esquisito ou feio miudinho,

rebelde, doido e tontinho,

criminoso, mau ou assassino,

mas o que sou eu afinal…


e porquê vida…

porque me tratas assim…

sou eu que te adoro…

que vivo em ti…

e que em ti sonho,

que em ti me rio…

e também choro,

eu pertenço-te…

e a ti me dou,

para sempre…

incondicionalmente !


aceita-me por favor,

e a minha ternura,

e o meu carinho,

e todo este meu amor…

e que por fim…

será… não, é …

a minha dor !


dio


20120201a0115VFX

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