vida minha vida…
o que se passou aqui…
não percebi…
foi tão de repente,
o escuro… o frio…
tudo isto me inundou,
tudo muito tenebroso…
e este ar que respiro…
tenho tanto medo !
o meu corpo tremeu,
sempre já tão receoso…
dos males escondidos,
dos actos perversos,
das parvoíces lembradas,
de todas… de tantas...
memórias recalcadas…
mas afinal… o que se passou,
qual a razão de ser assim,
porque consegues tu minha vida…
ser tão malvada para mim ?
porque me castigas…
mastigas… torces-me,
apertando-me sempre…
sempre até… mais não,
calcando-me sempre…
sempre até… até mais nada,
mais nada de mim restar !
serei assim tão mesquinho,
esquisito ou feio miudinho,
rebelde, doido e tontinho,
criminoso, mau ou assassino,
mas o que sou eu afinal…
e porquê vida…
porque me tratas assim…
sou eu que te adoro…
que vivo em ti…
e que em ti sonho,
que em ti me rio…
e também choro,
eu pertenço-te…
e a ti me dou,
para sempre…
incondicionalmente !
aceita-me por favor,
e a minha ternura,
e o meu carinho,
e todo este meu amor…
e que por fim…
será… não, é …
a minha dor !
dio
20120201a0115VFX
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