segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

paredes vazias ...



paredes vazias...


eu… olho,

eu observo…

sou activamente atento,

sou assim sempre…

sou desde que me conheço !


tenho medos e…

para não tê-los…

deles faço objectos…

represento-os…

identifico-os…

só e apenas…

como eu quero !


sou para ti…

assim para mim,

para tudo…

para todos,

até para o céu…

para o chão,

a noite… o dia,

e mais ainda sou…

para as paredes…

sem nada…

vazias…


essas paredes,

que me assustam…


essas para onde eu olho…

mais atento ainda...


vejo-as com respeito,

com muita coragem,

e mais medo ainda...


e eu enfrento-as…

no chão encolhido !


com muito medo….

receio-lhes o vazio !


ou tão simplesmente que…

desapareçam de repente !


que as deixe de ver,

ou que não as entenda !


que fujam de mim…

sem um sinal… ou aviso !


uma evidência que seja,

de uma forma qualquer...


tanto me faz,

tanto me fez,

eu quero é saber…

onde estão,

onde vão,

minhas paredes…

vazias… sim…

são tão minhas...

por favor... digam-me…

onde estão vocês ?


dio


20120206a0110StaCat

!! respeitem o autor (>diop@2012<) !!

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