local livre ..... local de fuga ..... com respeito ..... com desrespeito ..... com admiração ..... divagação ..... viagens ..... tantos sentimentos ..... tantas emoções ..... tantas libertinagens soltas ..... tantas vezes perigosas !
quinta-feira, 23 de julho de 2009
meu mar
meu mar
rápidos são os rios que percorrem
estes vales sinuosos que a vida
insistiu em desenhar ...
furiosos, despejam tudo o que têm
de bom e de mau neste mar tão
profundo que só a mim pertence ...
é azul ... talvez verde, cristalino ...
não sei, mas talvez não, mas é tão
grande que se funde com o azul do céu
quando olhamos perdidos o horizonte
longínquo ...
por vezes calmo, por vezes agitado,
este mar que é tão meu, que eu sei ...
está a envelhecer !
ele que absorve e purifica todos os
dejectos e lixos para ele lançados,
pois ... das velhas montanhas da
memória onde nascem não existe paz,
nem sei se alguma vez existiu ...
passam por muitas terras cheias de
gentes animais, já deram de beber a
plantas gordas de pretas raízes secas
que os envenenaram, e esses restos ...
vêm submersos, escondidos, mesmo
até a flutuar ... à vista de todos, e é
nele que vão desaguar !
e este mar ... que louco e só enfrenta
estas ameaças, trata de as filtrar, lavar,
até já não existir qualquer perigo ...
ameaça ... veneno ...
revolto, envolve com as suas vagas
gigantes qualquer risco que ameace
a consistência como corpo presente
da vida de que faz parte ...
por fim calmo ... assim será sempre o
espelho dos reflexos desejados, o
resultado final de um trabalho sem
descanso, talvez o derradeiro momento
de paz, que conquistada ... é merecida !
dio
090716a1130VFX
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