beira rio - tejo lindo
as gaivotas que pairam no ar,
seguras pelo vento que sopra,
neste dia cinzento e frio,
escurecido pelas nuvens de chuva !
os putos encharcados que brincam,
com os pequenos barcos no rio,
que treinam com prazer e afinco,
uma arte já tão antiga !
turistas de maquinas em punho,
roubam as imagens que passam,
instantes que não se repetem,
momentos reais para recordar !
as poças que preenchem o chão,
são lagos de nascentes do céu,
os seus rios são as gotas de água,
da chuva que teima em não parar !
olho à minha volta este movimento,
esforço-me por não me esquecer,
destas imagens que tento descrever,
é a minha visão que quero partilhar !
é assim mais uma tarde de inverno,
que passei a admirar este rio,
que me presenteia tanto por vezes,
com um absoluto prazer de navegar !
rio verde e azul chamado tejo,
a tua água de origem não é nossa,
nasces em terras tão longe de lisboa,
mas foi lisboa que escolheste para fim !
vem temperar este mar tão salgado,
carregado de ondas e tão bravo,
traz a tua doçura e calmaria,
faz dele um nosso bem tão amado !
é tanta a tinta que corre por ti,
diariamente por escritas diversas,
em poemas ou romances de amor,
és objecto e sujeito nas histórias !
grande tejo que corres livremente,
banha-nos com a tua sabedoria,
saúda-nos com a tua passagem,
alegra-nos com a tua alegria !
diospiro
090208a1600Belem294/04
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