sexta-feira, 5 de setembro de 2008

magia perdida


magia perdida

os deuses despidos e destapados,
aos montes tombados por cima uns dos outros,
mostravam a magia que já não tinham,
ressonando entre mamas penduradas,
que de nada já serviam !

desacreditados e zombados,
tentavam em vão esquecer …
o que foram … o que fizeram !

a merda de vida que deram,
a seguidores surdos e cegos,
que caminham por entre vales cavados,
que não são mais que rastos de mijas,
das majestades bêbadas bajuladas !

retorcidos caminhos traçados,
por quem se julga dono de vidas,
fazem tremer os seus adoradores,
com trovoadas de gases atómicos,
de sucessivas ressacas seguidas !

marialvas cabrões filhos da mãe,
envergonham o monte onde vivem,
é um olimpo poeirento e cagádo …
é um decadente retrato definhante,
onde se arrastam e se dissolvem,
estes seres outrora tão grandes !

nem vacas … nem porcos celestiais,
conseguem desviar a sua atenção …
nem burros … nem sequer jumentos banais,
conseguem levanta-los do chão …
lamentam-se e arrastam-se simplesmente,
em terras encharcadas e putrefactas,
engasgados com a merda que fazem !

corpos enormes … de seres nojentos,
mentes pérfidas de pensamentos repugnantes,
que no seu mundo nauseabundo retidos,
fechados e sem vontade de progredir,
limitam-se a suspirar pelo tempo perdido,
e desacreditados por eles e por todos,
poderão desaparecer para sempre !

nesta carne celestial perfurada,
que se consegue ver à transparência,
vê-se as suas horríveis entranhas,
vê-se o seu sexo que abate com gravidade,
com tristeza e sofrimento auto-infligidos,
que em cenas masoquistas adquirem,
e traçam o seu caminho desviante !

diospiro

Sem comentários:

Enviar um comentário