sexta-feira, 23 de maio de 2008

o superior ?


o superior ?

é incansável o poder desconhecido,
ele está sempre onde é preciso,
mesmo não o invocando !
mesmo invisível … sinto a sua presença,
é grande e sinto a sua ajuda,
ele segura-me … dá-me a mão !
eu não sei se acredito nele,
nada lhe peço portanto,
será ele assim tão bondoso,
ou terei eu outro destino !
porventura será o dele … não o meu !
sei que o seu relógio está coordenado,
está alinhado com o meu andamento,
as minhas horas são as dele,
os segundos são ... apenas momentos !
são tudo histórias que eu faço,
neste livro vivo improvisado,
por vezes … sinto-me … não …
eu sei … eu sou o seu palhaço !
apenas um boneco de carne viva,
que em cambalhotas sucessivas,
vai saltando por cima de armadilhas disfarçadas !
surgem do nada à minha frente,
e eu pulo e salto … desvio-me como consigo,
assim ele me permita,
assim seja o seu desejo !
peço a mim e peço a ti,
e ainda mais peço a todos sem receio,
falo e abro-me com vontade,
tenho de estar protegido,
com todos tenho de contar !
por vezes só preciso de companhia,
raramente de ouvidos,
tantas de um ombro amigo,
onde sei que posso chorar !
neste caminho duro de curvas apertadas,
que faço com cuidado e devagar,
em cada curva faço um amigo,
alguns nada pedem em troca,
a estes eu retribuo com o que posso dar !
nisto eu acredito, a minha gratidão é grande,
dentro de mim sinto uma infinita vontade de agradecer,
a quem sei e conheço faço-o bem, mas como fazer a ele,
este poder em que não sei se acredito ?

obrigado por tudo … obrigado por nada …
obrigado a ti que lês e que eu não conheço,
podes nem saber … mas eu sei,
talvez sejas tu o meu próximo amigo !

dio

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