quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

o eu meu !


o eu meu !

caminho lento … fixado no chão …
sem desvios alguns a carruagem vai !
os passageiros entram conhecendo a demora,
viagem sem fim de início incerto,
começa onde entram,
finda onde a vontade vence !
seguro-me com força ao banco que escolhi,
é escorregadio … polido por tantos que por lá passaram …
e não ficaram … cada curva … cada tormento !
avanço vagaroso, progressão arrastada,
resisto ao atalho … enganador !
rapidez do querer, impaciência avisada,
resguardo a posição conquistada,
com os dedos fundidos no banco … não despego !
a facilidade passeia ao lado, pavoneia-se vaidosa,
atrai para o descuido, é difícil resistir !
resultados positivos esperados,
provas e confirmações constantes,
destinos previamente traçados,
nesta vida de esperança … sonhada !
entro ao acordar, saio ao adormecer,
sem temores, com nervos de aço,
resisto firme … carruagem baloiçante …
consciente sempre … desperto e preparado …
para enfrentar o que quero conhecer,
sem medos … o futuro incerto …
estar preparado para combater !
passado arrastado permanentemente,
enfiado no bolso … apertado …
sei que estás aí … contra-vontade …
não te vou tapar … nem sequer esconder …
mas nem pensar em libertar-te !
sossega … agora pertences a outra realidade,
memória apenas … nada de saudade !
admite a derrota … não te rendes ?
já reinaste … chegou a minha vez,
dominar-me com gosto,
vencer o teu tormento !
tu és frio … mas eu não !
vingarei no destino … no meu caminho, dito, traçado !
que venha … com força … estou preparado,
saiam da frente … vou passar !
muito … muito eu,
o eu meu !

Dio

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