quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

retalhos !


retalhos !

a manta que me tapa e aquece todas as noites,
teço-a com muito suor e esforço,
num tear de madeira antiga,
perro e pesado ...
luto com retalhos tecidos noutra vida !
a sua união não é completa,
corro a tapar tantos buracos,
cozo com agulha e linha de sonhos novos,
com cores garridas de alegria e serenidade,
semeada com a esperança crescente ensinada !
um quadrado escuro maior aqui,
outro mais claro e pequeno acolá ...
carimbados com sentimentos e emoções,
observo-os ... sinto-os ... retalhos de mim !
não é grande ainda esta manta,
tenho esperança que um dia venha a ser,
sinal de muitos anos ainda pela frente,
porque ... vontade e querer ... eu tenho !
falta-me ainda tanta coisa,
os vossos pedaços preciso de acrescentar,
barras e flores interligadas,
com linhas e cores formadas,
em diferentes desenhos colocados,
nesta manta que me vai tapar !
são tantos ainda para juntar,
tantos outros ... mais ainda ... quero guardar,
sentir-vos comigo para sempre,
marca de amor e permanente lembrança,
do que pode ser um amigo !
colagem de muitas fotografias,
com data ... sem data ...
algumas com rostos desvanecidos,
flahs’s retratados de lembrança,
que eu quero a dormir comigo !

Dio

( a gratidão é bonita, não deve ser nunca reprimida, demonstro-a sempre que a sinto, faço por isso com alegria ! )


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