quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

cabisbaixos aparentemente ausentes !


cabisbaixos aparentemente ausentes !

saio de casa para as ruas movimentadas da cidade,
levo comigo o hàbito do vício vestido,
acompanha-me para todo lado !
habituado a este peso,
acordo e coloco um sorriso rasgado,
tentativa fraca de influência,
não vale nada ... ou muito pouco !
olho à volta ... o cinzento domina as ruas,
cenário triste ... angustiante,
cruzo-me com pessoas na rua,
nada parecem ver ... sentir !
cabisbaixos e aparentemente ausentes,
são como figuras perdidas, alienadas,
transparecem vidas deprimentes !
não sei que motivo as move,
que objectivos perseguem,
provavelmente apenas viver,
subsistem em modo automático,
instintivamente satisfazem necessidades !
esqueceram-se da alegria,
se calhar deixaram em casa,
usam a capa do dia a dia,
normalizada forma de estar,
de enfrentar as amarguras !
formas astutas de sobrevivência,
lutas constantes e dissimulações,
vivemos num mundo de fantasia,
onde tudo é absolutamente nada,
e nada pode ser tudo !

Dio


Sem comentários:

Enviar um comentário