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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

o resultado da vida


o resultado da vida

o anjo que nos protege a todos
foi adormecido ou hipnotizado,
provavelmente influenciado
pela conversa demoníaca de
estranhas personagens que
desconhecemos desta nossa
vida estúpida e por vezes irreal,
simplesmente deixou-se levar
com doces cantigas de embalar !

desprotegidos como nunca
julgámos estar, estamos cada
vez mais à mercê de tudo o
que de mal nos pode afligir e
desorientar !

protegidos nunca fomos ...
desprotegidos sempre estivemos,
mas fizemos sempre pela vida,
constantemente da melhor
maneira que soubemos,
uns melhor ... outros pior !

muitas vezes penso no que
levamos desta vida sofrida ...
a conclusão é invariavelmente
a mesma, quer leve muitas ...
ou poucas situações por que já
passei em consideração, o
resultado incógnito é cada vez
mais fiável, é um constante
resultado por mais fórmulas
ou equações que utilize para
a sua obtenção !

porra de vida torta,
que se desaproveitada
enquanto vivos, de nada
servirá depois de mortos !

dio

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

brejenjas - cáti e marcolito


brejenjas – cáti e marcolito

cruel … cruel é o cheiro da cáti,
que imposto empesta o ar,
da sua esquina movimentada,
que ocupa tão atarefada !

marcolito … o seu chulito,
que por nada fica atrás,
expõe alegre o seu trambolho,
que acha linda … a sua cara !

nauseabundo patcholi,
de suores acumulados,
da sovaqueira e outros lados,
que prefiro não pronunciar !

cáti utiliza muitos toalhetes,
sempre para se refrescar,
ou limpar restos do serviço,
que acabou de efectuar !

dobra-os bem dobradinhos,
e volta-os a guardar,
na caixita tão bonita,
para os voltar a utilizar !

cáti é uma fera a trabalhar,
despacha dois de cada vez,
com a sua boca desdentada,
diz que foi assim que deus a fez !

e o padre que é homem de fé,
tentou uma vez dissuadi-la,
daquela triste vida que levava,
mas foi levado na sua cantiga !

só o jaricas não foi à cáti,
mas esse prefere outro lado,
foi o marcolito que o trabalhou,
enfiou-lhe um pau pelo … coitado !

as carteiras têm de ficar em casa,
e levar o dinheiro certo no bolso,
para tomar cafezito no mercado,
passam pela esquina … é perigoso !

mas são um casalinho extraordinário,
duas aves raras desviadas da rota,
poisaram perdidos em brejenjas,
pobres coitados na bancarrota !

embora pobrezinhos e desterrados,
nesta terra foram bem recebidos,
que de malucos está bem servida,
e por todos são compreendidos !

este é o vale da tontura assumida,
semeado por muitas terras do nunca,
habitadas por estranhos indivíduos,
é uma combinação única de loucura !

diospiro

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

a minha vida


a minha vida

olho de passagem …
não perco tempo …
acelero o passo !

distancio-me e alheio-me,
da forma que consigo,
tento não me ausentar !

assusto-me sozinho,
com pensamentos só meus,
são maldades imaginadas !

uma luxúria podre e porca,
uma imundice generalizada,
uma real orgia desconcertada !

a actual putrefacção social é real,
o desrespeito moral está instituído,
o dia virá … da perdição total da humanidade !

são minhas tantas as histórias,
imaginadas num tempo perdido,
em sonhos e limbos que não irreais,
em comas diversas num ciclo repetido !

umas e mais outras seguidas,
que sem descanso efectuam visitas,
a esta mente já tão perturbada,
à minha vida enquanto adormecida !

descambam sentidos sem emoção,
quais conquistas sem quaisquer medos,
é o mergulho sem respirar numa solidão,
essa que eu vivo … quando adormeço !

o vencedor tantas vezes vencido,
em lutas renhidas sem sentido,
é combatente de coragem assumida,
de pé sempre … mesmo que ferido !

que quererão de mim estes sonhos,
porque que me visitam estes espíritos,
será que me querem levar a alma,
essa nunca … jamais será vendida !

venha tudo … venham todos,
pesem o meu corpo presente,
poderá um dia valer a pena …
qualquer saudade … qualquer vintém !

e as invejas e ciúmes que enclausurei,
em tantas covas feitas pelos meus pés,
estão tapadas sem fechos nem cadeados,
porque confio na força que lhes ganhei !

gritem e vomitem palavras feias,
invadam os meus sonhos quando quiserem,
a confiança que é minha eu conquistei,
nunca comprei nem nunca me foi oferecida !

venham lutar comigo até ao fim,
sem piedade ou quaisquer remorsos,
desejo derrubar esse vosso altar,
enfeitado com ossos cobardes !

cairão todos como tontos,
morrerão todos em vão,
sem glória …
sem honra !

esta será sempre a minha vida,
lutarei por ela com tudo o que tiver !

diospiro

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

consumíveis ( 2007 )


consumíveis

quem encontrou,
levou ... se gostou ?
... se não gostou, deita fora !
... se gostou mete no bolso !
paga na caixa !

leva, mexe, prova ...
prova outra vez ...
só mais uma vez ...
se ainda não sabes ...
prova mais uma vez !

mete na prateleira,
se tens fome, vai buscar,
prova, lambe, come,
mas não comas tudo ...
podes querer outra vez !

diminui o sabor,
tantas vezes usado,
tantas vezes abusado,
comido, lambido e mexido ...
fartaste-te e enfartaste ...
deita fora ...
vai buscar um novo !

dio

( os bons tons da antiguidade 071024b1135 )

090209a1640CRib295/05

beira rio - tejo lindo


beira rio - tejo lindo

as gaivotas que pairam no ar,
seguras pelo vento que sopra,
neste dia cinzento e frio,
escurecido pelas nuvens de chuva !

os putos encharcados que brincam,
com os pequenos barcos no rio,
que treinam com prazer e afinco,
uma arte já tão antiga !

turistas de maquinas em punho,
roubam as imagens que passam,
instantes que não se repetem,
momentos reais para recordar !

as poças que preenchem o chão,
são lagos de nascentes do céu,
os seus rios são as gotas de água,
da chuva que teima em não parar !

olho à minha volta este movimento,
esforço-me por não me esquecer,
destas imagens que tento descrever,
é a minha visão que quero partilhar !

é assim mais uma tarde de inverno,
que passei a admirar este rio,
que me presenteia tanto por vezes,
com um absoluto prazer de navegar !

rio verde e azul chamado tejo,
a tua água de origem não é nossa,
nasces em terras tão longe de lisboa,
mas foi lisboa que escolheste para fim !

vem temperar este mar tão salgado,
carregado de ondas e tão bravo,
traz a tua doçura e calmaria,
faz dele um nosso bem tão amado !

é tanta a tinta que corre por ti,
diariamente por escritas diversas,
em poemas ou romances de amor,
és objecto e sujeito nas histórias !

grande tejo que corres livremente,
banha-nos com a tua sabedoria,
saúda-nos com a tua passagem,
alegra-nos com a tua alegria !

diospiro

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

fases estúpidas


fases estúpidas

( atenção !!! texto in confidencial para destinatário in definido )

imaginados ...
fetiches individuais delirantes,
ou eventual sonho conjunto,
uniões carregadas de sentimentos,
por vezes super-vitaminados,
por vezes ultra-intensificados,
ou sujeitos e movidos por paixões,
que são tão lindas ...
são tão maravilhosas !

fecundados ...
o inicio de uma multiplicação desenfreada,
de células num útero qualquer apertadas,
por vezes enganado ou sem intenção !
este crescimento ainda inconsciente ... morto,
é talvez a primeira etapa de uma trajectória,
que desconhecida aguarda este ser nascer,
para a realidade da dura vida que o espera,
fora da protecção em que se desenvolve !

nascimento ...
o real momento da verdade ...
para o nascido ...
e mais para os pais,
para estes talvez o fim de longas semanas,
carregadas de angústia e ansiedade,
sobre questões da naturalidade e normalidade,
contra as imagens electrónicas e químicas,
de sucessivas visitas clínicas,
onde acompanharam de longe este ser,
o desenvolvimento da sua concepção ...
... parece uma novela !

crescimento ...
esta realidade !
aqui sim ...
aqui é onde tudo acontece ...
aqui se assiste verdadeiramente ao nascimento,
toda a parte importante dos acontecimentos ...
os reveladores ou não de sentimentos e emoções !
aqui se permite a cada individuo proceder a diversos nascimentos,
muitos despertares ... realizações ... mais tristes conclusões,
e durante toda essa sua vida de correcções ...
talvez em busca do caminho que desconhece,
ignora se este existe ... ou prefere nem pensar ...
que esse caminho pode nem sequer existir !

dio

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

cidade de lisboa


cidade de lisboa

vida vida ... linda e boa,
não passas despercebida a ninguém,
vida vida ... quente querida,
és tão linda e és tão boa !

vem comigo passear,
pelos parques desta lisboa,
por vezes nunca adormecida,
tão massajada pelas pessoas !

de longe ou de perto,
do norte ou do sul,
fazem desta lisboa linda,
a minha cidade capital !

ruas antigas de história,
plenas de monumentos,
o teu perfil é escultural,
maravilhas os meus olhos !

permites o sol brilhar,
por entre cada recanto,
que te marca e define,
desenhada no momento !

mostras livre cada encanto,
resplandescente lugar adorado,
exige o teu respeito cada dia,
e a cada alma que por ti passa !

vem ... vem comigo passear,
nesta cidade que é tão linda,
traz o respeito que lhe mereces,
acompanha-me neste sonho !

ela existe ... ela é real ... e linda,
como tu e eu ... juntos abraçados,
caminhamos unidos e contentes,
nesta cidade que adoramos !

é linda esta antiga cidade nova,
é esta a lisboa em que vivemos,
que por vezes de olhos vendados,
por ela passamos ... e não a vemos !

dio

( pois e ... sim ! as riminhas fáceis atacam por vezes, e eu ... deixo ! deixo mas só porque gosto do tema ... o objecto/sujeito encontra-se lá ... certo ? )

090203b2127Telh292/02



Gimme Chelas ( microfilme de Rui Reininho produzido para a 1ª edição Festival Microfilmes)