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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

os sinos !


os sinos !

ouço os sinos na tarde fria,
da igreja longe e escondida,
neste vale profundo e escuro,
cheio de sombras e magia !

as badaladas que ecoam em recantos,
escondidos descobertos por encantos,
de amores impossíveis de ilustrar,
nas histórias que circulam pelo povo !

as alegrias são tantas mas mudas,
permanecem demasiado guardadas,
são tesouros nesta arca destapada,
cheia de emoções e sentimentos !

caem as folhas já de velhas,
enrugadas e enegrecidas,
pelo tempo e com os segredos,
jazem em sossego no caminho !

os amores mesmo impossíveis,
aqui encontraram a sua paz,
são testemunhas rochas e arvores,
e o rio que corre livremente !

a leve brisa desce o vale,
espalha noticias por onde passa,
traz nos seus braços boas novas,
que o destino se rendeu !

um amor escondido deu os seus frutos,
resultado esperado e tão querido,
e a negação que cai sem força,
deu a coragem como garantida !

ouço os sinos na manhã quente,
daquela igreja longe escondida,
no vale profundo tão brilhante,
cheio de luz ... e tanto amor !

e as badaladas que agora se ouvem,
ecoam felizes em todos os ouvidos,
espalha a noticia de um casamento,
de maravilhas ... de almas lindas !

dio


081229a1930ES-Bejar279/10

álbuns de fotografia


álbuns de fotografia

revejo álbuns sossegado,
de fotografias de momentos,
partilhados ... assumidos,
demonstrado sem segredos !

são instantes recordados,
com prazer do tempo vivido,
que sentimos todos os dias,
cada vez que estamos sozinhos !

lembranças simples de emoções,
gravadas dentro de cada um,
tão profundas como tantas acções,
decididas em comum ... unidos !

é boa esta vida em conjunto ...
enfrentamos sem qualquer medo,
o futuro próximo que é incerto,
tomando sempre rumos sinceros !

tudo se passa num frenesim,
num tempo que passa sem olhar,
não repara a dor que tenho em mim,
sempre tão pesada a relembrar !

e com o olhar bem levantado,
perscruto pelo horizonte,
o tal caminho a ser tomado,
por ambos sem qualquer medo !

dio

081226a1100CRib278/09

é minha ... esta defesa !


é minha ... esta defesa !

o gigante horrível hibernado,
no seu sono acordado,
visita-me em cada sonho,
quando adormeço com receio !

quer a minha alma de pecado,
que protejo como consigo,
é um grande chamariz,
é um isco irresistível !

e eu brado alto a minha companheira,
que fina e esguia é tão brilhante,
é como um relâmpago no ataque,
será sempre a minha melhor defesa !

empunho-a louco directa ao céu,
esta arma que é já tão antiga,
para levantar a capa invisível,
que esconde o monstro alerta !

mostro força e coragem,
mesmo que não a sinta,
devo tudo por quase nada,
antiga vida amarrotada !

cada porta ... cada esquina,
que por este silvo são dobradas,
ficam limpas dos demónios,
por que estavam tomadas !

passo as portas devagar,
espreito calmo e sereno,
para dentro de cada sala,
sempre com grandes reservas !

esta arma que conservo junto a mim,
para sempre minha amiga tão fiel,
que mesmo velha e romba ou ferrugenta,
estará sempre pronta para me defender !

é minha ...
é amiga ...

dio

090117a1530Belem286/07

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

espírito achado


espírito achado

deste chão que piso quando caminho,
este em que deixo as minhas marcas,
ouço um murmurinho ... tão baixinho,
em cada passada ... cada vez que o piso,
de outros que talvez por aqui já passaram !

caminho devagar evitando os barulhos,
estou curioso com todos estes sons,
soam a antigos ... quero ouvir ...
podem ser vozes que reclamam,
nunca antes terem sido ouvidas !

eu deito-me nele ... neste chão,
para o sentir ... mesmo frio,
relaxo todos os meus sentidos,
para o escutar ... compreender,
o que estas vozes têm para dizer !

podem ser talvez relatos ...
de grandes lutas e guerras longas ...
infelizes romances escondidos,
ou apenas histórias de lendas lindas,
ou horríveis acontecimentos !

mas alheado aqui deitado no chão,
olho o céu tão limpo e brilhante,
que sem qualquer nuvem apela à paz ...
descontraio-me ... deixo-me levar,
como se flutuasse ... num voo baixinho !

e o murmurinho que julguei ouvir ...
parece ter desaparecido ... deixei de ouvir,
foi substituído por outros ...
quem sabe porventura mais reais ...
serão concerteza verdadeiros !

as folhas que roçam umas nas outras,
nos galhos e troncos de tantas arvores,
estas que me rodeiam neste espaço,
eu quase sinto o seu abraço ...
que me aconchega e delicia !

ouço a sua voz trazida pelo vento,
passa por mim e ecoa em meu redor,
nestas ervas altas que me envolvem,
que suavemente me acarinham,
com movimentos cordenados ... são ligeiras !

sem querer ... sem pensar,
sem qualquer esforço ... saio de mim,
reencontro o meu espírito,
que julgado já perdido,
vagueava triste e sozinho !

ouvir ... escutar ...
compreender ... aceitar ...
para encontrar o que preciso,
talvez seja uma paz ...
e talvez a mereça !

diospiro

090113a1030CRiv284/05

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

a cruzada modernaça !


a cruzada modernaça !

são as anas de tantos nomes,
mais a patrícia ... a mariana,
a cláudia e a andreia !

e o ricardo e o machado,
o filipe ... o eduardo e o carlos,
e ainda o bruno e o diogo !

com o peito inchado de valentia,
que é a nossa arma tão corajosa,
é a bravura por demais reconhecida !

naquela centena dos estrangeiros,
de conquistadores conquistados,
numa terra de longe perdida,
eles pernoitaram durante dias,
para desbravar o que os rodeava !

pelas grandes serras das gigantes pedras,
com fronteiras de quilómetros sem fim à vista,
perderam-se contentes nos salpicos verdes,
que lhes oxigena o coração valente !

nem o frio manto branco que as cobria,
as conseguiu proteger destes soldados,
que com coragem tanto atacaram,
sem qualquer medo ou ressentimento !

bem calçados com laminas cortantes,
atropelaram os nativos que se juntavam aos molhos,
estes que se julgavam senhores da montada,
que os elevaria a esse cume altivo !

quais guerreiros sem qualquer medo,
desceram rápido as ladeiras íngremes,
a olhar a paisagem pelo meio das nuvens,
ultrapassaram as sombras que os perseguiam !

esta é a massa do nosso sangue,
que corre grossa e que nos obriga,
à conquista dos desafios impostos,
e que todos aceitamos com alegria !

e os risos são gargalhadas,
e as tristezas são alegrias !

não esquecemos ... trouxemos retratos,
tão bonitos ... foram bem pintados,
foi um conto ... agora é uma história ...
que já passou ... mas ficou guardada !


diospiro

( um momento de descontracção ... sff ! )

atenção que é um rascunho ...... not yet finished !


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aura


aura

o olhar transmite tudo
verbalizamos os pensamentos
aventuramo-nos feito uns loucos !

a fantasia é criada
alimentada e cobrada
por desejos intermináveis !

recebes a flutuar
na tua boca a minha língua
trocamos carinhos como queremos !

criamos um mundo aparte
desligamo-nos de tudo
transformamo-nos em só um !

somos loucos,
somos lindos,
somos a inveja,
somos o ciúme !

deste mundo de vida por vezes feia,
que se transforma quando estamos juntos,
numa tal beleza tão extraordinária ...
mesmo descrita não conta o segredo,
que recheia cada instante ...
que é cada momento único !

observamos serenamente,
esta grande aura que nos rodeia,
está preenchida de felicidade ...
é enorme ... é tão brilhante !

dio

090106a1000CRib280/01



Gimme Chelas ( microfilme de Rui Reininho produzido para a 1ª edição Festival Microfilmes)