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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

carne presa !


carne presa !

carne segura …
por pele sedosa !

suavemente exala a sua dor,
demonstra insatisfação,
deseja ser amachucada,
mas não consegue …
não permite !

são tantas as emoções,
mais outros tantos sentimentos,
são só problemas …
com ou sem soluções …
são buscas permanentes,
carregadas de vontades …
perdições !

misturadas e baralhadas,
reduzidas e aumentadas,
não decidem … só proíbem,
não dão paz … nem espaço,
para a tranquilidade …
num qualquer dia …
um qualquer …
finalmente poder reinar !

carne apertada …
presa em pensamentos,
que não despegam,
estão seguros …
amarrados … fixados,
por vontade própria,
sem liberdade !

mandam … desmandam,
fazem o que querem !

a carne … maravilhosa,
essa sofre cada instante,
por não ter o que podia,
por querer o que não tem,
por viver assim sozinha !

esse ferrolho bem fixado,
prisão livre de curta rédea,
muito pouco permissiva,
auto-prisão … eterno inferno,
para sempre será …
até à libertação

carne suave …
deixa-te provar !

dio

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

profetas esperados


profetas esperados

barbitúricos … salvadores,
os profetas maravilhosos …
disfarçados de pétalas gordas,
prometem belezas nunca vistas !

têm folhas lindas … penduradas,
atraem todos os que têm problemas,
dão a provar o sabor da salvação,
degustados … usados …
jamais esquecidos !

alegrias de pular e gritar,
esquecimento de mágoas …
e de todos os desalentos,
é ajuda intima para suportar …
suportar … o que não queremos !

vãs promessas impossíveis,
cobrem os espinhos afiados,
perigosamente preparados,
para ferrar quem deixa de acreditar !

afundam todo o desalento,
escondem todo o perigo,
mais nada … só apenas …
eles continuam lá …
acumulam força para despontar !

se calhar de vez …
ou talvez nunca …
mas eu sei que …
este circo …
este não pára,
continuará sempre a rolar !

dio

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

feliz ... feláz ... feliz !


feliz ... feláz ... feliz !

feliz ...
feláz ...
estás ... ou não estás,
acontece ... adormece,
não és ... o que o és !

harmonia ... alegria,
acontece com magia,
por vezes mal agradecida,
é assim a vida vivida !

és um traste de merda,
não dizes o que vales,
embora queiras o que dizes,
não fazes o que queres !

deixas e proíbes,
só fazes o que podes,
falas ... queres e dizes,
mas só fazes o que te deixam !

mas fazes com prazer,
mas não segues o desejo,
e só fazes o que te dizem,
este é o teu desígnio de vida !

será que vives para isto,
e o isto está para ti,
mas o ti ... não sabe quem és,
e o é ... não está contigo !

sofrer ... lamber,
tudo é tão superficial,
nada agarras ... tudo escapa ...
tens a certeza que sentes ?

procuro ... no fundo,
e perdido ... muito à toa,
vou descobrindo no mundo,
que na merda navego !

são palavras,
reais ou irreais,
emotivas de certeza,
profundas e sentidas,
neste fraco coração !

és o que és ...
embora não o quisesses ser,
fizeste o que fizeste,
e pagas agora ... a sofrer !

feláz ...
feliz ...
não olhes para trás !


dio

terça-feira, 5 de agosto de 2008

franqueza


franqueza

como humano … triste,
espiritualmente despido,
sigo ínfimos caminhos injustos,
encobertos por nuvens escuras,
que parecem querer-me vergar !

mas não … não quero voltar,
gosto tanto de aqui estar,
em novos sonhos descobrir …
saber como recomeçar !

a franqueza que desejo,
aquela de que tanto falo,
sei que é ela a verdadeira chave …
a que abre o cofre da realidade !

honestamente … falo em antigos segredos,
e liberto fantasmas amargurados !

honestamente … destapo os meus poços sem fim,
abro gavetas … mesmo que não tenham fundo !

honestamente … desenterro as minhas caixas,
antes escondidas de todos … até de mim !

enfrentar e aceitar esta dura vida que se apresenta,
não é fácil … dá muita luta !

busco por qualquer chave …
direita ou ferrugenta mesmo que esteja retorcida,
aceito e guardo-as bem guardadas,
porque … se não servem agora para abrir este cofre,
podem servir amanhã para qualquer porta!

liberdade … sem limites …
eu quero … eu anseio,
é loucura … pura e dura !

mas … sempre adequada a cada instante …
para poder enfrentar cada dia,
como gosto … de peito feito,
olho vivo e um sorriso no rosto !

dio

chaves


chaves

chaves … o que são chaves ?

são chaves … são chavões,
tanto as palavras como os palavrões,
são tantas as letras juntas …
que por tantas vezes somadas,
ficam todas baralhadas,
e não se parecem com nada !

não as ouças … deixa-as ir …
o teu sentido vão infectar,
elas entram sem ferir …
e lá dentro … de repente,
estragam tudo o que conseguir !

sem dares por isso … de repente,
pensamentos tontos … de chorar,
ou sonhos lindos … de pasmar,
eles são tão fáceis de acreditar,
enganam todos … mesmo a ti !

atenção … mantém guarda,
fica atento a esse reboliço,
duvida sempre … sem desatino,
pensa bem no que vais fazer !

o que é fácil custa caro …
este é o meu conselho,
se não acreditas vai em frente,
mas vais por tua conta e risco,
não te esqueças que avisei !

dio

o nosso mundo


o nosso mundo

com a descoberta das reais vontades,
são amaciadas as divergências,
adaptam-se realidades,
nascem as oportunidades !

o interesse comum é objectivo primário !

libertamos o desejo desenfreado,
em momentos de loucura desmascaramo-nos,
espezinhamos os receios recalcados,
recebemos o prazer com alegria !

a provocação dominou o inicio,
pelo meio ficou o medo escondido,
por uma ou outra mascara tapado,
conseguiu não ser reconhecido !

agora recriamos fantasias,
conscientes disfarces apetecidos,
estagiamos em diferentes planos,
com movimentos amadurecidos !

são delírios complexos,
dispostos em posições elaboradas,
conseguidos com muita vontade,
por ambos sonhados … ambicionados !

nada nem ninguém é questionado,
talvez só o resultado desta loucura …
provável desígnio superior …
aspiração a uma paixão obscura !

o propósito nada importa …
inspiramos esta magia intuitivamente,
e enfeitiçados somos levados …
carregados por tempo intenso !

os lençóis de prazer … abraçam-nos,
aconchega-nos o ambiente criado,
atingimos o nosso próprio céu …
o paraíso do prazer … da maravilha !

vivemos num mundo tão diferente …
é incomparável este desvario liberto,
extasiados … marcamos momentos,
escrevemos a nossa própria história !

é loucura …
é paixão …
apetecida …
merecida !

dio

vida jogada … nunca ao acaso !


vida jogada … nunca ao acaso !

neste jogo à muito tempo iniciado,
não existe lugar para a sorte,
este é um tabuleiro de apostas …
de resultados feitos e combinados !

para cada jogada … cada aposta,
novas linhas serão traçadas,
para os novos objectivos …
novos resultados a considerar !

não são mais do que leituras,
percepções ou sinais mostrados,
que directos e indirectos,
terão de ser digeridos,
calculados … medidos,
para a adivinha fundamental !

as decisões pessoais são mentirosas,
baseiam-se em questões colectivas,
criadas de fundo em cada individuo,
pela sociedade que limita …
que prende … que proíbe !

cada peça será sempre um mistério …
um possível destino malfadado …
marcado por ninguém …
em nenhures encontrado !

é um jogo sem limites,
de diferentes peças descasadas,
que como camaleões dissimulados,
às diversas casas adaptam-se,
e que fingindo ser o que não são,
acabam a chorar escondidos !

cada realidade será sempre transmitida,
para diferentes olhos e filtros conseguidos,
de diferentes formas será aceite e compreendida,
com as desilusões e os conhecimentos adquiridos !

é tudo tão feio quando queremos,
escondemo-nos por detrás de uma cortina,
que filtra e transforma o que desejamos,
naquilo que queremos ver !

avançamos sem receios,
imaginamos um futuro,
damos passos em sentidos únicos,
mesmo avisados …
que pode não haver retrocesso !

não passam de surpresas …
queridas e desesperadas …
é a vida tal como a fazemos …
umas vezes melhor …
outras … nem por isso !

dio



Gimme Chelas ( microfilme de Rui Reininho produzido para a 1ª edição Festival Microfilmes)