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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

objectivo prazer !


objectivo prazer !

quando te vejo ...
sinto aquele calor interior,
de um lado ou do outro,
aquele que bem conhecesses,
de trás ou de frente,
início de uma grande festa,
de cima ou de baixo,
fervilhante alegria !

começamos bem depressa,
realidade reconhecida,
não consigo evitar,
urgência retardada,
passar a mão com as chaves,
de segredos e cofres,
abrir ... descobrir ...
libertar !

boas maldades atrevidas,
exploramos e arrasamos,
esforços intensos ininterruptos,
não paramos ... não respiramos,
despidos de preconceitos,
esse ficaram no chão ... com a roupa,
e lá permanecerão !

céu ao alcance dos suspiros,
por ele atravessamos a fundo,
paraíso revisto ... nem aí paramos,
merecemos muito mais,
juntos ... ambicionamos !

sonhos pintados ...
repletos de cores vivas,
histórias intermináveis,
vidas perpétuas,
carimbadas com futuro,
além de nós permanecerão !

sementes garantidas,
plantadas em solos ricos,
em mentes libertas acarinhadas,
para sempre transmitirão,
este desejo irrecusável,
objectivo prazer !

Dio

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Precaução !


precaução !

as nuvens cobrem o céu azul,
o cinzento escuro cai pesado,
entra em todo lado,
não há excepções !
os comportamentos alteram-se,
directrizes negras carregam espíritos,
transportados agradecidos atacam em bando,
chegou a hora da troca,
quando os fracos ficam fortes,
e os fortes ficam fracos ...
quais mortalhas mortuárias,
embrulham vivos ...
para mortos !
precaução ...
olho vivo ...
da morte foge !
a vida é boa ...
... demais para desperdícios,
vive o que podes ...
enquanto podes e deixas !

Dio Dast

( luxos ? )

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

passeias alegre !


passeias alegre !

menina bonita, passeias alegre,
ignoras maldades, estás habituada,
nada te atinge, ou finges bem !
pendurada no teu sonho observas ao longe,
os fracos ... os tristes ...
sorris ...
não tens pena ?
não sentes ... nada ?
que fizeste tu para ficar assim,
como ... como consegues tu ...
alhear-te dos problemas,
contentada apenas contigo,
feliz ?
ensina-me ...
eu também quero voar despreocupado,
mas estar desperto como tu ...
és bonita com estás,
aura enorme e brilhante,
espero a tua influência,
aguardo por ti ansioso,
sonho com essa liberdade !
lembra-te ...
existe quem quer aprender,
o esforço deve ser recompensado !
tem de ser ...

Dio

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

agente interactivo !


agente interactivo !

só pela rua, descontraído esqueço-me de lembranças, más, boas, sobretudo as mais antigas !
gosto de caminhar, concentro-me em observar, sempre atentamente,
o que me rodeia ... cada movimento, cada objecto, cada pormenor, a própria natureza ... bonita como se apresenta !
sei que a cada observação, dependentemente do meu estado de espírito,
terei uma diferente percepção projectada, lida e compreendida, mentalmente !
uma boa compreensão do "eu" existente neste mundo como agente reconhecido de sentimentos, emoções e espiritualidade,
como agente emissor, receptor e influenciador em todas as formas de interacção, em tudo o que nos rodeia e com outros agentes também,
ajuda-me, mesmo que impossível de corrigir algumas falhas e/ou comportamentos, a compreende-los e conseguir assim não ser demasiado afectado pelos mesmos !
posso sempre lamentar-me apenas ...
mas onde ficaria aí a minha evolução como pessoa ...
refiro-me, claro, à tentativa de uma evolução positiva,
facilmente sentimos vontade de colocar estas análises para trás das costas, esquecer seria sempre o mais fácil ...
parvoíce seria fazê-lo exactamente como nos apetece ...
a luta começa exactamente assim,
contrariando, sempre, a vontade automática de arrumar bem as preocupações de maneira a que as esqueçamos rapidamente, onde não sejam como um empecilho na nossa organização muito particular, pessoal, íntima ... da nossa vida !
no inicio é difícil, é mesmo, mas ...
com o tempo e insistência surgem ferramentas que facilitam a colocação das questões como que em segundo plano, mas estão lá, não estão escondidas, estão sim a ser digeridas lentamente, e sem darmos por isso acabarão por ser integradas em cada pensamento, avaliação, comportamento, compreensão, forma de estar, em tudo e todo o lado !
não podemos é esquecer de avaliar o que fazemos e de que forma,
depois avaliar os pensamentos e o porquê dos mesmos,
olharmo-nos ao espelho e perguntarmo-nos o que somos, quem somos, como somos ... e depois o mais importante ...
o que queremos, o que pretendemos de nós mesmos !
a evolução deve ser uma preocupação,
não uma castração pessoal constante !
falo por mim !
obrigado Diogo !

Dio


somam-se coisas !


somam-se coisas !

olho para o lado e nada vejo !
o que estava ... não está mais,
o que é ... já era,
o que virá ... não existe ainda !
a minha paciência, infelizmente, não é ilimitada,
pelo que procuro sem parar por tudo o que quero encontrar !
não encontro tudo o que quero,
mas sei que o que quero encontrar ...
eu procuro !
procurar ... encontrar ...
encontrar ... procurar ...
... ter !
ora ... eu tenho ...

eu !
para já, é muito bom !
se tiver ... a ti ...
melhor ainda !
já é um começo de muita coisa ...
não estar sozinho !
somam-se coisas e mais coisas,
enchem-se os bolsos de inutilidades ...
quando vão para lavar ... ficam vazios novamente !
mas as calças estão !
vestem-se uma e outra vez ...
e como num ciclo viciado ...
repete-se a história novamente !
mas não paramos,
insistimos vezes sem conta,
alguma coisa, eventualmente, ficará !

tu ... estás ?
sei que existes ... já toquei,
provei ... saboreei,
e ... gostei !
bom ...
agora ...
quero mais !
muito mais !

Dio Dast

domingo, 27 de janeiro de 2008

vou contigo !


vou contigo !

vou e não vou só,
o teu sabor levo na boca,
o teu calor no corpo !
afastados mas ligados,
rio separador une duas margens,
norte e sul não existe,
só nós dois ... como um,
somos o centro das atenções !
desligados da realidade,
navegamos em barcos húmidos,
deitamo-nos e maravilhamo-nos,
resultado de vontade,
avanços em euforia !
não vamos parar,
tanto ... tanto ainda por descobrir,
por usufruir ... inventar,
insistir para progredir !
juntos amarrados somos inquebráveis,
juntos somos queridos e invejados,
juntos ... é o que somos !
alternativas sucessivas,
desmascaramos intenções,
ultrapassamos barreiras,
exploramos territórios,
egoístas ... é tudo para nós !
não há abastança possível ...
tudo estará sempre em falta ...
sede de prazer,
fome de ti !
quero tudo ...
tu ...
também ...
cada encontro ...
uma união ...

Dio

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

frágil flor !


frágil flor !

frágil flor ...
cheia de paixão,
tens tudo ...
queres dar !
beleza que ofusca,
brilhas linda ...
nunca visto,
nada igual ...
não existes !
querida por todos,
receias-te entregar,
nos laços dos sentimentos ...
e ... amar !
sentes o teu tempo,
olhas a tua vida para trás,
fazes planos para o futuro,
apressas tudo ... tanto,
tens medo de murchar !

Dio

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

delirio em mim !


delírio em mim !

o delírio ... vejo-o fora de mim,
nível volátil altera-se conjunto,
impossível de controlar,
alimenta-se em sucessivos estágios,
crescente influencia do meu comportamento !

sincronização instantânea,
fascínio e entusiasmo,
é alteradora constante,
é uma fonte inesgotável,
libertadora de mentes,
guia automático,
de pensamentos florescentes
cheio de explosões imparáveis,
repleto de sensações sucessivas,
em memória renascidas !

auge atingido,
êxtase amadurecido,
declínio previsto,
descida acentuada,
concreto objectivo,
descanso ambicionado,
do guerreiro esforçado !

rumores restaram soprados pelo vento,
cantados pelas arvores,
história eterna presente,
narrada é linda ...
jamais esquecida !

Dio

deitada ao meu lado !


deitada ao meu lado !

cúmulo de carne rija
de grande altura arredondada
elevação de elevado grau
sem tocar ou pôr a mão ...
deitada ao meu lado
observo com imaginação !

vejo a tua pele macia
num toque ... arrepiada
transformação imediata
focagem atenta localizada
sem tremores
receios ou remorsos ...
deitada ao meu lado
observo com imaginação !

mente voadora
quase toco no teu corpo
sonho o tacto arrasador
do teu corpo carente
chama ardente ...
implora ...
deitada ao meu lado
observo com imaginação !

Dio


retalhos !


retalhos !

a manta que me tapa e aquece todas as noites,
teço-a com muito suor e esforço,
num tear de madeira antiga,
perro e pesado ...
luto com retalhos tecidos noutra vida !
a sua união não é completa,
corro a tapar tantos buracos,
cozo com agulha e linha de sonhos novos,
com cores garridas de alegria e serenidade,
semeada com a esperança crescente ensinada !
um quadrado escuro maior aqui,
outro mais claro e pequeno acolá ...
carimbados com sentimentos e emoções,
observo-os ... sinto-os ... retalhos de mim !
não é grande ainda esta manta,
tenho esperança que um dia venha a ser,
sinal de muitos anos ainda pela frente,
porque ... vontade e querer ... eu tenho !
falta-me ainda tanta coisa,
os vossos pedaços preciso de acrescentar,
barras e flores interligadas,
com linhas e cores formadas,
em diferentes desenhos colocados,
nesta manta que me vai tapar !
são tantos ainda para juntar,
tantos outros ... mais ainda ... quero guardar,
sentir-vos comigo para sempre,
marca de amor e permanente lembrança,
do que pode ser um amigo !
colagem de muitas fotografias,
com data ... sem data ...
algumas com rostos desvanecidos,
flahs’s retratados de lembrança,
que eu quero a dormir comigo !

Dio

( a gratidão é bonita, não deve ser nunca reprimida, demonstro-a sempre que a sinto, faço por isso com alegria ! )


sugar e potenciar !


sugar e potenciar !

as questões que me preocupam neste momento de alegria não são o facto de me sentir no ar, a voar, contente, feliz, entusiasmado ...
nada disso !
a minha preocupação é saber que para estar no ar, mais cedo ou mais tarde vou ter de aterrar !
não falha !
isto é certo !
este momento que,
como tantos outros momentos únicos,
tento desfrutar o máximo possível,
sentir cada instante,
sugar para depois potenciar o máximo de cada sentimento e emoção ...
quando isto acontece sei que atinjo um estado de êxtase em que deixo de ser o eu que todos conhecem ...
deixo de estar ... nem para mim ...
não respiro,
os meus pensamentos baralham-se e tropeçam uns nos outros,
quero tudo,
eu sei que não me faz bem,
sinto que é como uma droga,
uso e abuso dela,
compulsivamente e indiscriminadamente ...
procuro mais !
este estado só passa quando me deito,
quando fecho os olhos e descanso,
momento chave escolhido para desligar o botão ...
simplificação básica para uma aterragem segura,
pousar ...
não cair !
pousar em segurança,
recolher as asas lentamente,
aproveitar um pouco mais o objectivo conseguido,
adormecer e sonhar !
muito mais está para vir,
muito mais para sentir,
com esperança e serenidade,
avançando paciente prossigo !
coragem ... sã !

Diospiro

( ontem foi um instante, mesmo sem falar, sei que o que sentia trespassou-me e demonstrou-se ... obrigado a quem me acompanhou, acompanha e acompanhará ! sincero agradecimento pessoal ! um vosso amigo ao dispor ! )

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

planicie sonho !


planície sonho !

as planícies suaves onde os sonhos flutuam,
pintadas de tons claros e morfologia rasa,
permitem viagens rasantes sem receios,
num mundo abstracto que muda a cada olhar !
são refúgio, esconderijos, protectores,
de mentes perturbadas sem descanso,
deste mundo cinzento feio que vivemos !
recompensa única,
paz merecida,
tranquilidade sonhada,
nesta maravilha !
leva-me contigo nessa viagem,
não me deixes sozinho ...
deixa-me ser o teu companheiro,
sinto medo e frio quando aqui fico !
também quero voar,
mas contigo ao meu lado,
rasar montes e arvores,
muito depressa passar !
vamos esquecer infelicidades e desigualdades,
tristezas, dores e frustrações,
o sonho é o único sitio,
juntos lá ...
vamos morar !

Dio

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

solidão !


solidão !

solidão ... não estou para ti,
tenho mais em que pensar,
esquece-me ... tira-me da tua ideia,
vai bater a outra porta, esta fechou-se,
com força muita ... trancas tantas !
a paz reinante é a fronteira,
tenho amigos a protegê-la,
já não te quero para companhia,
jamais juntos seremos vistos !
tantas vezes aproveitada,
ajudaste no seu tempo,
muita gente te quer ainda,
não ignores quem te procura !
és engraçada a funcionar,
sentimento completo,
conjunto e complexo,
contigo estão muitos outros !
encostados e dependentes,
quem te compra leva tudo,
o pacote completo, não negas a ninguém !
por duvidosos mares navegas,
impulsionada por potentes motores,
combustível não te falta,
espíritos ... tantos para queimar,
aqui e ali vais desenterrando,
ou entregam-se aos teus cuidados,
inocentemente abertos,
brutalmente ingénuos !
entrando lentamente,
vais devassando a mente,
quem não se apercebe vai guiado,
numa espiral negativa,
afundam-se rapidamente,
perigosa descida, de final infinito,
só escuridão se avista,
a luz ... rodopiante ... cerca a tua volta,
cada vez mais alta ... mais longe,
o som é apenas um eco,
de quem te chama ... que cá ficou !
acorda desse pesadelo,
procura ajuda e companhia,
sozinho não és ninguém,
nunca te esqueças ...
sou eu que o digo !

Dio


a escada !


a escada !

a escada que subo cuidadoso,
está apenas pousada no chão,
a mão que antes a amparava,
desapareceu, evaporou-se !
sinal positivo ou não,
a subida fica escalada,
por muito difícil que seja,
não paro, sigo atencioso !
olho para os lados,
para cima e para baixo,
constante atenção provocada,
esta subida é estreita,
foi mentalmente calculada !
nada pode falhar,
nem mão nem pé escorregar,
sei que subo sem rede,
se cair ... não sei ...
não sei onde vou parar !

Dio


saudades taxi !


saudades taxi !

tenho saudades daqueles taxistas ...
sempre a tirar o pó das suas viaturas,
a brilhar e a puxar o lustro,
com aqueles espanadores especiais,
guardados dentro de um recipiente especial !
por dentro cheiravam sempre a novo,
por fora brilhavam reluzentes,
para sempre novos,
para sempre durar,
no futuro avançar,
nunca parar !
personagens de filmes,
interpretavam o papel de motoristas,
uns melhor conseguidos que outros,
sempre com muito orgulho !
classe exclusiva,
guias de labirintos,
mapas vivos ...
por avenidas e travessas,
ruas e vielas,
escuras e escondidas,
nunca se perdiam !
salvadores de almas atrasadas,
parteiros de serviço,
quantos terão assistido ao despertar para a vida,
de nascidos perdidos,
sem tempo nem lugar,
ou almas mortas levar,
ao óbito ... entregar !
quantos não chegaram ao destino,
ficaram-se conduzidos,
hora mal escolhida para partir ...
profissionais preparados,
eles são tudo,
condutores, parteiros,
médicos legistas,
opinadores, árbitros,
jornalistas, comentadores !
padres confessores,
de paixões e dissabores,
alegrias e tristezas ...
ouvintes atentos,
psicólogos instantâneos,
fazem por agradar,
tentam ajudar !

Dio Dast


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

que fazer ?


que fazer ?

o teu cheiro ficou em mim ...
mesmo depois do banho,
realidade imaginação ou sonho,
a verdade é que estou a gostar !
aposta em vida bonita,
maravilhosos momentos,
pequenos instante duradouros,
futuro acelerado,
aguardo ansioso,
contigo ficar !

Dio

( estes versinhos tontos tendem em tomar conta deste espaço ... vou ter de chamar uma equipa de fumigação e acabar com esta infestação demoníaca, bichinhos maus que não me deixam escrever de outra forma ... eu gosto mais de prosa, ou não ? já não sei ... )


os guardiões !


os guardiões !

os guardiões de sentinela,
aguardam pacientes,

combates ferozes ...
lutas sem parar !
bastião fenomenal,
torres de admirar,
defendem a glória,
a felicidade querem conservar !

Dio

( quem são os conservadores de coisas boas ? existem ? teremos nós de os criar ? )

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

eu corro !


eu corro !

eu corro ...
que nem louco ... eu corro sem olhar !

percorro caminhos desbravados,
por outros antes de mim explorados,
percorro sem me separar,
de quem gosta de me acompanhar !

eu corro ...
por todo o lado ... eu corro sem parar !

sem mapas nem desenhos,
vou correndo confiante,
com ferramentas e engenhos,
avanço por eles errante !

eu corro ...
por aqui e por ali ... eu corro sem olhar !

encontrar lugares emocionantes,
novas gentes conhecer,
com novas formas contagiantes,
de receber, sentir e viver !

eu corro ...
por terras nunca vistas ... eu corro sem parar !

empolgante troca interessante,
de experiências e vidas,
troca de horas importantes,
em boas conversas convertidas !

eu corro ...
neste mundo ou no outro ... eu corro sem parar !

matadoras de amargura,
as aventuras e epopeias,
demonstram a minha bravura,
em desmedidas odisseias !

eu corro ...
procuro encontrar ... eu corro sem parar !

encontrar o meu lugar,
onde espirito e serenidade,
possam vir a reinar,
com muito amor e autoridade !

eu corro ...
corro e corro muito, sempre sem parar !

eu corro ...
sem tempo para olhar ...
não pode haver distracções ...
não posso ... não quero tropeçar !

Dio

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

visão hipnotizante !


visão hipnotizante !

rosto contornado pelo sol !
como uma sombra no céu azul projectada,
o perfil era suavemente recortado,
linha brilhante que me ofuscava,
era interrompida apenas pelos cabelos que ondulavam ...
apetecia-me tocar ...
mas aproximar-me ...
difícil decisão,
algo me impedia de mover ...
por vergonha ... receio ...
audácia desaparecida,
por incertezas quase certo !
visão hipnotizante,
alegrou-me o pensamento,
devolveu-me aos sonhos !
ofereceu-me o que não pedi,
eu aceitei sem agradecer ...
divina oferta superior,
fui escolhido para o momento,
sem razão consciente,
busco em mim o saber !
não foi a pessoa o importante ...
mas sim a situação,
demonstração de beleza,
sem contacto ou previsão !
situações como esta devemos esperar,
em qualquer momento podem acontecer,
surgem quando menos se espera,
abrem portas à esperança ...

Dio

" Há que tornar a ungir os cavalos guerreiros e levar a luta até ao fim; porque quem nunca descansa, quem com o coração e o sangue pensa em conseguir o impossível, esse triunfa. " - I Ching

cabisbaixos aparentemente ausentes !


cabisbaixos aparentemente ausentes !

saio de casa para as ruas movimentadas da cidade,
levo comigo o hàbito do vício vestido,
acompanha-me para todo lado !
habituado a este peso,
acordo e coloco um sorriso rasgado,
tentativa fraca de influência,
não vale nada ... ou muito pouco !
olho à volta ... o cinzento domina as ruas,
cenário triste ... angustiante,
cruzo-me com pessoas na rua,
nada parecem ver ... sentir !
cabisbaixos e aparentemente ausentes,
são como figuras perdidas, alienadas,
transparecem vidas deprimentes !
não sei que motivo as move,
que objectivos perseguem,
provavelmente apenas viver,
subsistem em modo automático,
instintivamente satisfazem necessidades !
esqueceram-se da alegria,
se calhar deixaram em casa,
usam a capa do dia a dia,
normalizada forma de estar,
de enfrentar as amarguras !
formas astutas de sobrevivência,
lutas constantes e dissimulações,
vivemos num mundo de fantasia,
onde tudo é absolutamente nada,
e nada pode ser tudo !

Dio


terça-feira, 15 de janeiro de 2008

gostava !


gostava !

gostava que o sol brilhasse ...
neste dia nublado e escuro,
mascarado de nuvens,
mascarrado de cinzento ...
mas ...
assim que penso em ti,
um sorriso contagiante invade-me o rosto ...
esqueço tudo o resto ...

Dio

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

velhice atingida !


velhice atingida !

a velhice deveria de ser um género de recompensa de uma vida árdua, de luta e evolução social natural !
um estado atingido, alcançado, onde finalmente a paz e a tranquilidade reinasse !
a colheita de uma sementeira bem cuidada ... regada e tratada com carinho e afinco durante toda uma vida activa e saudável !
tudo isto deveria de acontecer, tudo isto deveria de ser uma realidade ... mas não ...
para alguns sim, vivem de facto este sonho de fim de vida, uns merecedores absolutos ... outros nem por isso !
a realidade é dura !
a verdade custa !
eu receio a velhice ... posso dizê-lo !
alguns tipos de injustiças tocam-me profundamente na alma, dói a forma como os sinto ...
como seres resignados a viver à espera da sua vez, da chamada, da recolha da vida !
quase choro quando humildemente dedico um pouco do meu pensamento ao seu sofrimento ... e este pensamento acompanha-me em muitos momento diários ...
basta-me olhar à volta, em todo o lado eles vão, sofrendo, subsistindo às adversidades impostas por esta sociedade que alimentaram e ajudaram a criar !
que fazer ? estou farto de sofrer com eles ... inutilmente ...
mas existem situações, sentimentos, emoções que sempre vão conseguir fintar e escapar ao meu esforço na minha tentativa de controlo ...
vou ter de tentar encontrar, de uma maneira egoísta, uma forma qualquer para conseguir escapar a esta assombração, talvez voluntariando-me em alguma associação que os proteja ... ou ... não sei !
eu sei é que deveríamos todos olhar para estas realidades, não só olhar ... mas pôr acção em algum tipo de solução que lhes proporcionasse algum bem estar nesta sua preparação muito particular, muito própria, para a partida, a derradeira viagem em direcção ao desconhecido ...

Dio

( difícil pensar nisto ... mas ... eu espero chegar lá ! )

e eu ?


e eu ?

e se falasse sobre mim ?
que poderia eu dizer ?
como diria ?
como o faria ?

certamente diria muitas coisas bonitas, enumeraria qualidades acentuando-as, provavelmente cairia em exagero, assim os defeitos seriam minimizados, isto claro se eventualmente falasse neles !
pensar é muito bonito, exprimi-los é outro caso e bastante diferente !
é exactamente neste ponto que me baralho todo, é precisamente nesta tentativa de passar para uma forma qualquer que se torne compreensível para quem quiser saber, que noto, que sei, que estou ainda muito longe de atingir o desejado !
eu não leio com receio de influenciar o meu pensamento, eu não leio com receio de utilizar palavras, expressões, adjectivos, o que for que não os meus, verdadeiros, puros !
o que está escrito é meu, nunca ninguém poderá dizer que é semelhante a um autor qualquer ... que outro alguém disse que ... blá blá ...
eu quero essa diferença ... eu cultivo essa diferença ...
é a diferença !
sou o eu, meu, que está escrito pelas minhas palavras, pelas minhas letras, versos, poemas, textos, constatações, crónicas ... o que quiserem ...
mas com a garantia certa de que não existem cópias ou transformações, alterações, plágios e toda essa porcaria que para aí anda ...
eu já sou suficientemente influenciado por tudo o que me rodeia, que me dizem, que observo, por mais subtis que sejam, eu sei que ficam e que mais tarde, não sei quando, se hão de reflectir de uma forma qualquer no que escrevo, ou no que sinto, ou no que penso, ou no que falo ...
esta coisa de escrever é ainda uma forma de exercício de auto-conhecimento,
obriga-me a aprofundar e a abordar os mais diversos assuntos que diariamente me assolam, e depois ... coloco-os aqui ... assim ... escritos ...
ora bem ... nisto tudo acontecem coisas boas, assim como: abordo das mais diversas formas, dos mais diversos ângulos os meus problemas e fico a conhecer-me cada vez melhor ... ao mesmo tempo ao tentar escrever para me ajudar na sua compreensão exorcizo-os publicando sem receio o que quer que tenha saído desta cabeça por vezes louca !
bom ... depois desta conversa toda acabei por falar muito pouco de mim, mais sobre o que faço, também não tenho muito interesse nisso, por isso, desculpem-me se vos enganei ...
mas não estavam concerteza a espera de revelações extraordinárias sobre um personagem ...
não estavam pois não ?
han ...
pois ... eu não !

Dio

( vá lá ... )



versinhos básicos (1)


versinhos básicos (1)

jaqueline que estás no meio do mar ... não faças isso, olha que te vais aleijar ...

virgem no ouvido,
nascida isolada,
enfiou um palito,
para ver se gostava !

cotonetes nem ver,
queria mais sem parar,
já não se conseguia conter,
algo mais grosso quis encontrar !

dedos não serviam,
palhinhas também não,
um grande pau descascou,
a casca arrancou à mão !

grosso ela tentou,
desconhecia a abertura,
mesmo assim forçou ...
de cabeça ... ela era dura !

apontou e empurrou,
mas ele não queria entrar,
no buraco não acertou,
mas não conseguia parar !

por fim encontrou,
o pau conseguiu enfiar,
vezes sem conta espetou,
sempre alegre a brincar !

mas que coisa,
malandra maravilhada,
isto sim é outra loiça,
com um pau espetada !

desentope o ouvido,
com um pau grande e grosso,
sem um pio ou gemido,
enfia sempre até ao osso !

sem dores sentir,
continuava a esfarrapar,
mas um dia teve de pedir,
ajuda para o arrancar !

curiosa decidiu procurar,
outros buracos para o enfiar,
sabemos bem que vai encontrar,
nunca mais vai descansar !

Dio Dast

(trongamongas do caneco ... )

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

para ti ... somos nós !


para ti ... somos nós !

sozinhos aventuramo-nos em verdadeiros delírios ...
aquecemos o ar do quarto,
rapidamente inspiramos aromas ...
de amor ... de excitação ...
nos vidros da janela embaciada,
a chuva bate ... lentamente ...
canção de embalar,
ouvimo-la suave !
juntos abraçados,
o nosso calor é único ...
corpos entrelaçados,
somos apenas um ...
pensamentos conjuntos,
decisões automáticas,
desejos ...
unidos em prazer,
sem falar decidimos,
estamos ligados em espírito,
seguimos instintos ...
presente passado recente,
aproveitamos cada momento,
juntos embarcamos em viagens,
confiando um no outro,
almas gémeas encontradas,
acederemos as luzes do caminho,
que por nós será traçado ...

Dio

( sim sim, este é mesmo para ti ... )

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

marionetes confusas !


marionetes confusas !

as maravilhas maravilhosas,
das artes artísticas,
pelos olhos visualizadas,
comparativamente comparadas,
são adquiridas comprando,
com valor em dinheiro !

histórias contadas,
em becos escuros,
nos labirintos das ruas,
das cidades cinzentas,
onde a vida e morte,
espreitam a cada esquina !

dúbeis personagens,
em cordéis penduradas,
pelos seus mestres coordenadas,
agem sem remorsos,
mexem-nos escondidos,
em varandas vertiginosas !

vidas fúteis são dejectos,
do senhor lá de cima,
caga e mija cá para baixo,
sempre a vontadinha,
onde cai não interessa,
somos a sua sanita !

oramos ... rezamos ...
lamentamos ... choramos ...
...mos ... mos ... mos ...
muitos ...mos ... nesta vida,
alegrias por instantes,
tristezas consecutivas !

ai ai ai ...
resta-nos olhar,
constatar a realidade,
ela rodeia-nos e abraça-nos,
desprotege-nos de cuidados,
obriga-nos a embaraços !

Dio Dast

( sem saber somos mandados por quem parece ser e não é ! porque quem realmente é ... esse não aparece ! )

idade pesa !


idade pesa !

o seu calhambeque embaciado,
guincha e tremelica no meio do fumo que faz,
o barulho é tanto, tanto,
que para não acordar os vizinhos,
ele tira-o do quintal empurrando-o !
como único meio de transporte,
ele utiliza-o nas as suas deslocações,
serve para tudo menos para viagens grandes,
a idade pesa no material,
e no dono !
constantemente de volta da sua mecânica,
nada fica por rever todos os dias,
afinal, o tempo tem destas vantagens !
aposentado com uma reforma de sobrevivência,
prefere passar alguma fome a parar a sua máquina,
reminiscência única de uma vida árdua,
de trabalho suado e de lágrimas vertidas !
magro e pálido de olhos bem cavados,
é o primeiro a acordar todos os dias,
deita-se cedo, muito cedo,
não tem companhia humana,
e o seu brinquedo ...
em casa não pode ficar,
embora vontade não lhe falte !
resto de uma vida de luta e trabalho,
vive neste hábito diário,
pouco mais pode fazer,
de carteira vazia ... não vive do seu cotão !
pelos filhos abandonado,
emigrantes de nariz empinado,
não conhece os seus netos !
renegaram a sua origem,
espezinharam o esforço efectuado,
dos tempos difíceis ultrapassados,
das privações e infelicidades vividas,
pelos seus pais para serem criados !
mas ele tem a sua máquina,
fiel companheira de fim de vida,
esta sim ... sempre agradecida,
pronta para tudo,
faça chuva ou faça sol,
retribuirá sempre a atenção e dedicação,
sem reclamações ...
nem lamentos ...
sozinhos seguem juntos,
neste mundo que lhes é torcido,
vão-se desviando das adversidades,
vão lutando como podem,
vagarosamente avançando,
dia a dia ...
juntos ...
vão ...

Dio Dast

( tristeza profunda cada vez que vejo situações semelhantes a esta ... ira ... raiva ... )

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

seios de prazer !


seios de prazer !

os seios perfeitos,
redondos e cheios,
de mamilos lindos,
rijos e rugosos,
apontados ao céu,
pediam carícias ...
a pele lisa,
a pele suave,
as mãos colam
não se pode parar !
em sentidos diversos,
mimam e apertam,
passeiam por ti,
de forma controlada,
em toques lindos,
duradouros ...
provocam os sentidos,
despertam emoções,
o sangue aquece ...
alterações físicas surgem ...
na pele arrepiada,
as mentes viajam,
por caminhos esperados,
abertos e sem fronteiras,
destinos imaginados,
companheira desejada !
sonho e sonho,
sonho sem parar,
tenho-te em mim,
todas as noites,
companheira de aventuras,
não nos negamos a nada,
seguimos os instintos,
sem receios avançamos,
na loucura caímos,
mergulhamos ...
em profundos prazeres ...
por vezes escuros ...
nos encontramos !

Dio

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

nuvens !


nuvens !

os raios de luz trespassam as nuvens,
tons amarelados tomam o céu !
superfície suave e ondulada,
acalma-me o pensamento !
a nostalgia é acordada,
invade-me sem pedir,
divago em lembranças,
com mais ou menos saudade,
alegres e tristes,
são recordações ...
as nuvens deslocam-se lentas,
sem pressa vão passando,
sinto uma pequena brisa,
passa por mim,
abraça-me...
não é fria nem quente,
provoca-me arrepios,
sinto-a em todo lado,
e gosto ... tanto ...
memórias de uma vida,
a minha ...
bem preenchida,
carregada de histórias ...
momentos ... instantes ...
os mais importantes ficam,
bom se ficassem todos,
mas vontade não é a realidade,
e assim vou sonhando,
e lembrando ...

Dio

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

suburbitos !


suburbitos !

escanifóbético desengonçado,
mentalmente atrasado,
gritava e arfava,
esganiçado para a filha :
- desavergonhada da merda,
metes medo ao susto com esse teu ar,
amarrotada como a tua mãe,
cara de cadela vadia pontapeada,
andas por aí toda amachucada,
com mania de top model,
abanas-te convencida ...
ó seu tonto amarfanhado
idolatra excomungado,
da sociedade renunciado,
não respingues com a tua filha ...
olhando para ti assim,
débil tonto entrevado,
andas de marcha atrás engatada,
para quê ?
pergunto !
- ó idiota sarnento,
se te metesses onde eras chamado ...
seu cabrão cornudo mal tratado,
com fome foste criado,
a tua mãe nem tetas tinha era o teu pai,
vens meter o bedelho para quê?
- filho de uma fisga partida,
tens o elástico arrebentado,
figura triste apresentada,
de forma esquisita dobrada,
arrasta-te para o buraco de onde vens,
cheio da trampa que cagas,
maravilha-te de cu para o ar,
deixa o sol entrar nessa vida,
deixa a tua filha sossegada ...
- adultos parvos e adulterados,
o bagaço fala e hipnotiza,
mais que eu deviam saber,
escolher as palavras é importante,
mas esqueçam que eu existo,
quero olhar-me no espelho,
feia ou bonita não me interessa,
eu gosto de me ver assim !

Diospiro

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

vermelho brilhante !


vermelho brilhante !

triste personagem,
arrasta um pano pela estrada,
tentativa ultima de um acto desesperado,
momento vergonhoso,
ultrapassado pela vontade,
forçada tentativa perdida !
o vermelho brilhante,
muda a cor do caminho,
impressionante rio de vergonha,
este foi mais um ano,
reflexo da inconsciência,
de cada alma que partiu,
sem culpa atribuída !
luta perdida,
batalha para a estatística,
fazem esquecer a alegria,
de mais uma quadra festiva,
de reunião de família !
vidas desfeitas,
corações destroçados,
agonizantes momentos,
infelizmente não são raros,
a partida não foi escolhida,
divisão da fronteira,
de quem ficou e de quem foi,
sem brilho nos olhos,
esse ... para sempre perdido !
corpos dilacerados ...
sangue espirrado ...
cheiro nauseabundo ...
é tudo o que fica,
e esconde-se ...

Dio Dast

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

gordas pintadas !


gordas pintadas !

gordas pintadas,
anoréxicas maradas,
máscaras mentirosas,
sonhadoras enganadas !
bonecas da televisão,
imitadoras da porcaria,
mesmo sabendo,
põem a vida em perigo !
sonham um dia vir a ser,
modelos em canivetes montadas,
pela moda deformadas,
ideias tristes,
sem futuro calculado,
continuam e insistem,
afundam-se em porcarias,
naturais e sintéticas,
o final é o importante,
os meios não interessam,
a montra tem de estar igual,
nem que seja a luz de velas,
ao som do choro de tristeza,
de quem deixaram neste mundo !

Dio Dast

( temos pena ... )


flor mágica !


flor mágica !


estás em mim,
aqui ou ali ...
em todo o lado,
penso em ti ...
sonho-te em todas as horas,
sinto-te em todos os momentos !
oh flor que brilhas em meus olhos,
as tuas pétalas acariciam-me a pele,
o teu cheiro hipnotiza-me,
abraças-me com as tuas raízes,
e eu ... deixo !
estou em ti não duvides,
levito numa pequena nuvem,
por um brisa soprada,
sem obstáculos deslizo,
guiado pela vida,
vou contente,
vou confiante !
desejo-te, tanto ...
por tórridos momentos aguardo,
momentos íntimos intensos espero,
ofuscamento instantâneo rezado,
flash’s de prazer obcecado,
uns após outros ...
sem parar ...
sempre assim ...
até ao fim !

Dio



Gimme Chelas ( microfilme de Rui Reininho produzido para a 1ª edição Festival Microfilmes)